Um

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-Louis, onde você está? Hey! Volte aqui! Você sabe que não pode usar poderes para fugir das suas tarefas de casa! Oh, mãe! - Charlotte gritou alto porém foi calada assim que a mão de seu irmão surgiu entre a parede, indo em direção a boca da menina e a fez ficar quieta.

-Fica quietinha e depois eu posso até te levar escondida para sair se a mãe não deixar. - Louis sorriu travesso enquanto ia em direção a pia com algumas vasilhas.

-Só porque você ficou com o poder de atravessar paredes, não se ache. - A loira resmungou enquanto sentava-se na cadeira que ficava envolta da mesa.

-Mas você é veloz, você pode fugir. Eu só não sou acostumado a correr, você sabe, a mãe não ensinou nós a controlar certos poderes de vampiro senão tornaríamos um deles. Eu prefiro assim. - O mais velho respondeu dando uma risada enquanto a menina negava.

-Não vou fugir da mãe, você sabe que poder do controle do ar faz com que ela seja mais rápida que eu. Você pode atravessar tudo e ela não consegue te pegar. - Lottie lamentou vendo o garoto concordar.

-Pelo menos ela só tem esse poder, imagina se tivesse mais? Tem o dom de compartilhar, mas é quase inofensivo... Nah, lembra daquela vez que uma vampira tentou atacar nós quatro? Eu, você, a Fizzy e ela quando a vampira pulou de uma árvore na nossa frente? Ela compartilhou a dor dela nas experiências que a vampira caiu na hora. - O moreno riu.

-Como será? As experiencias? - A menina perguntou com certo receio porque ela sabe que pode ser doloroso.

-Eu não sei, quando eu tinha quinze anos eu pedi para a mamãe compartilhar comigo a coisa menos dolorosa que ela teve naquele inferno e ela me deu uma dor de uma agulha, foi horrível, eu não sei o que tinha naquilo, mas eu senti uma dor horrível no meu corpo todo. Mamãe chorou e pediu desculpas por ter feito aquilo, mas tudo bem porque fui eu quem pedi... Eu agradeço por não ter que fazer nem as experiencias de hoje em dia que são menos dolorosas. Agradeço por ter saído naturalmente poderoso. - O Tomlinson sorriu orgulhoso e ouviu a risada da irmã. Logo, a terceira Tomlinson entrou na cozinha e sentou-se do lado da irmã.

-Tem gente na porta. - Felicite disse assim que a companhia tocou.

-Você não pode ir atender, por favor? - Lottie falou com certo tom de irritação vendo que logo depois a irmã revirou os olhos para ela.

Um segundo depois, um vento forte bateu e um vulto entrou na cozinha fazendo os irmãos ficarem em pé, a mão de Fizzy brilhava em certos raios, Charlotte a essa hora já tinha fechado o quarto das irmãs que estavam dormindo e voltado com um dos aparelhos de choque que sua mãe guardava para emergência. Louis não se via por lugar nenhum porém Fizzy e Charlotte sabiam que ele estava ali. Antes que toda a bagunça de poeira pudesse sumir, um raio atravessou a mesa, indo em direção a qualquer pessoa que estivesse ali.

-Fizzy! - A voz dolorida de um homem soou pela cozinha e logo a extensão de eletricidade da mão da menina morena sumiu rapidamente, voltando para sua mão.

-Pai! O senhor não pode entrar assim! - Charlotte correu rapidamente até o pai que estava com sua mão na barriga e curvado para frente.

-Tudo bem, eu mereci... Não deveria ter entrado assim, ainda mais com esses ataques recentes de vampiros. Só que vocês demoraram para atender e eu fiquei nervoso. - O mais velho disse sentando-se na cadeira enquanto sua filha passava a mão nas costas dele em forma de carinho.

-Por que? Estamos seguros aqui e nós sabemos nos cuidar, o senhor mesmo quando éramos pequenos nos ensinou a nos esconder no abrigo lá nos fundos. - Louis sentou-se na cadeira a frente do pai que já estava melhor.

-Não, é só que... Aconteceu algumas coisas e eu preciso falar com sua mãe. É urgente. - Mark lembrou-se do que faria e levantou-se rapidamente da cadeira.

Fairy Tale *Larry Stylinson*Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt