Fairy Tale *Larry Stylinson*

Dois

-Mãe, estou saindo! - Louis disse alto o suficiente para sua mãe ouvir, porém não ouve resposta fazendo com ele voltasse e fizesse caminho até a cozinha.

-A senhora sabe como nos treinar, mãe! - Louis ouviu a voz de Charlotte dentro da cozinha.

-Hipnose é uma coisa difícil, Charlotte. Além que o faro e audição aguçada vocês podem treinar sozinhos, eu treinei Daisy e Phoebe para terem esses poderes junto com o outro, porém vocês podem aprender isso. Eu não posso ensinar a todos, entendam isso. Senão todos terão as mesmas habilidades. É a habilidade de vocês que lhes diferenciam. Serão muitas habilidades, eu sei que todos dominando todos parece ser melhor, mas nós somos um time, cada um tem sua função. - A mãe respondeu a garota que suspirou concordando.

-Mãe, eu vou sair. - Louis resolveu entrar na cozinha, vendo sua mãe comendo salada de frutas e Charlotte com um cupcake nas mãos.

-Onde você vai? - A mãe perguntou enquanto Louis olhava Charlotte.

-Ah, eu vou na biblioteca, eu vou ver algum livro para mim. Talvez eu leia por lá mesmo então não me espere para voltar cedo. - O Tomlinson comunicou vendo sua mãe concordar.

-Volte antes das oito, está perigoso andar por ai sozinho, se necessário ande invisível. - Johannah falou enquanto seu filho concordava.

-Eu irei tomar cuidado... Lottie, será que você me leva? - O irmão olhou a menina comendo seu cupcake que negou rapidamente.

-Não vou ser seu cavalinho, Tomlinson.  - A garota resmungou enquanto tinha sua boca cheia da massa do bolo.

-Urgh, tá. Mãe, eu vou pegar o seu carro.

-Você não vai andando por que? - Jay encarou o filho que fez uma feição cansada.

-Eu estou cansado, mãe. - Louis choramingou vendo as duas mulheres revirar os olhos.

-Vai logo antes que eu não deixe. A chave está na mesa. - A mais velha respondeu ganhando um sorriso animado do filho que correu até ela, deixando um beijo em sua bochecha e um beijo na testa da irmã.

***

-Me desculpe! - Louis disse junto com a pessoa caída ao seu lado.

-Não, eu que sou muito atrapalhado. Merda. Me desculpa mesmo. - A outra voz resmungou baixo fazendo Louis olhar para o lado.

-Não... Eu começo a olhar os livros e não olho quem está do meu lado, desculpe. - Louis murmurou baixo não querendo aumentar o tom de voz para aquele garoto maior que ele e obviamente, um vampiro.

Não que Louis tivesse medo de vampiros, nada disso, ele era forte o suficiente para lidar com um vampiro, afinal, ele é metade vampiro, porém nunca experimentou sangue, diferente de sua mãe que certas vezes teve que tomar sangue durante a gravidez. Ele, por sorte, não cresceu tão rápido, foi uma gestação normal, o que fez seu pai e sua mãe ficarem preocupados já que ele é uma parte vampiro e não era possível. Quando Louis cresceu ele foi diagnosticado sendo humano também, a maioria de seu corpo era humano. Ele pode ser veloz, ler mentes, hipnotizar, porém isso é questão de aprendizagem e a sua mãe nunca o ensinou isso, como ela diz, cada um tem sua habilidade e isso faz deles um time perfeito.

-Eu te machuquei? - O garoto de cabelos cumpridos falou enquanto olhava o corpo do menor a procura de algum machucado. Ele sabe que tem um, só não quer parecer um louco ao sair cheirando o corpo do menino até encontrar.

-Eu só... Ralei meu cotovelo e está um pouco machucado. - Louis lamentou virando o braço até que conseguisse ver seu machucado que tinha indícios de sangue. Louis de amaldiçoou mentalmente por ter tanto azar, cair e se machucar, perto de um vampiro. Ele considerou aquilo muito bom para ele.

-Aqui seu livro e me desculpe mais uma vez. - O maior continuou, entregando o livro que havia caído no chão, surpreendendo Louis já que ele não pareceu se abalar com o pouco de sangue saindo de seu pequeno machucado.

-Não é preciso pedir desculpas. - Tomlinson deu um sorriso amigável recebendo um belo sorriso de volta e imediatamente Louis percebeu de que grupo de vampiro ele fazia parte, vampiros sedutores. Claro que ele não deixou de se parabenizar novamente por ter pouca sorte. Ele estava perto de um vampiro, coisa que sua mãe não gosta, tirando seu pai, com um machucado, o vampiro mais bonito que ele já viu e correndo o risco de ser morto antes de chegar em casa.

-Eu sou o Harry, prazer. - O vampiro estendeu a mão para o garoto que apertou gentilmente.

-Sou o Louis... E esse aqui é... seu livro. - O garoto entregou o livro que estava em suas mãos que ele pegou pensando que era seu.

-Obrigado, eu passei um tempo aqui procurando por ele. - Harry suspirou falsamente.

-Imagino, isso aqui é enorme.

-Ahm... Quer tomar um café? Chá? - O garoto de pele pálida perguntou vendo que o outro estava apreensivo. Ele não queria que Louis ficasse assim perto dele.

-Ah, claro, por que não? - Tomlinson deu um sorriso antes de ver o maior se virar e caminhar para fora daquele corredor.

***

-Eu preciso ir, Harry. Já está tarde é perigoso eu andar sozinho por ai, minha mãe me mata. - Louis comentou enquanto fechava seu livro e olhava o copo ainda cheio do garoto sentado na poltrona de uma forma relaxada, porém atento a ele.

-Claro, eu te levo ao seu carro? - Harry perguntou vendo se era seguro ele fazer aquilo, Louis não confiava nele o suficiente para estarem sozinhos.

-Certo, vamos. - Louis se levantou, já com a chave do carro na mão. Ele não estava necessariamente com medo e sim apreensivo já que ele sempre foi treinado para proteger suas irmãs e ele não queria entrar em uma briga com um vampiro e matá-lo. Harry acompanhou o garoto moreno até seu carro para ver se ele estaria seguro e é claro que ele seguiria Louis até em casa. Nenhuma segurança é rejeitada.

-Sabe, Louis... Eu sei que você está apreensivo com isso de... Eu ser um vampiro, eu sei que você sabe que eu sou um vampiro por que...

-Porque é óbvio. - Louis interrompeu o cacheado que o olhou confuso.

-O que?

-Sabe, eu conheço um vampiro de longe... Você é bem óbvio, Harry... Pele pálida, usa esse tipo de roupa toda elegante, é elegante e eu me pergunto quantos anos você tem porque você... É tão bonito logo de frente... E chamar para tomar um chá e não tomar o chá, é muito óbvio. - Louis sorriu atrevido vendo que o outro se surpreendia.

-Certo, eu só quero que saiba que eu não quero tomar seu sangue, okay? Eu sou diferente... E eu não irei dizer minha idade. E se eu tomasse aquele chá, eu iria jogar tudo fora. - Harry reclamou fazendo careta e recebendo uma risada do garoto.

-Tudo bem, eu achei incrível isso sinceramente, você parece não se abalar com o sangue. - Louis falou fascinado e dessa vez o mais velho deu um sorriso ladino.

-Anos de prática, caro Louis. - O vampiro respondeu com um sorriso convencido.

-Certo, senhor sou-vampiro-e-não-tomo-sangue-humano. - Louis caçoou vendo o outro revirar o olhos.

-Vá para casa, Louis. Está ficando tarde. - Harry falou apontando para o carro e recebendo uma concordância do menor.

-Até mais, Harry. - Louis disse antes de entrar no carro e ligar o motor.

-Até breve, Louis. - Harry respondeu antes de sumir em um vulto veloz para apenas ir para trás de uma árvore e acompanhar Louis até a casa dele, garantindo sua segurança.