sam | hero

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— Não, por favor! - Eu berrava, com medo do que poderia acontecer em seguinte.

[...]

Você é tão indefesa, eu tenho tanta pena de você. - O demônio disse, rindo, passando a ponta da faca em meu rosto, e depois a cravando no canto da cadeira.
O que você quer de mim? - Eu falo, assustada.
Eu estava lá, a pelo menos, uns 2 dias. Sentada, amarrada em uma cadeira. Meus pulsos latejavam de dor devido a corda amarrada neles. Minha blusa não era mais a mesma: estava toda rasgada e cheia de sangue. Eles me torturavam, me questionavam, e eu não sabia o porque. Durante esses dois dias, eu só pensava em uma coisa: que Sam viesse me salvar.

(...)

— Ei, posso te ajudar? - Eu falo, entrando na biblioteca do Bunker e avistando Sam, sentado, lendo livros e pesquisando sobre o bando de vampiros que estávamos caçando.
Eu sempre o amei, e soube disso desde a 1ª vez que o viu. Aquele jeito calmo, quieto e sorridente me atraía, e eu não conseguia me controlar.
— Mas é claro! - Sam respondeu, um pouco animado.
— Então, o que você descobriu até agora? - Sento ao lado dele.
— Bom, eles são nômades, vivem andando em vários lugares, então fica muito mais difícil a localiza...
— Ah, que droga! - Eu falo, pois deixo o livro que eu segurava cair no chão. Me abaixo para pegar o mesmo no chão, e me deparo com Sam.
— Pode deixar, eu pego. - Ele fala.
Nós nos encaramos, e eu começo a ficar nervosa. Essa era a hora, eu não podia deixar passar. Eu o beijo.
— Ah, me desculpa, eu... - Eu falo e, antes de eu terminar a falar, ele me puxa para outro beijo.

(...)

— Acorda! - Eu abro os olhos na hora, assustada, devido ao tapa. Aparentemente eu tinha desmaiado.
— O que... Sam?
— Não, eu. - O demônio me observa e mostra seus enormes olhos negros.
— Sam e Dean virão me salvar, e eu quero ver o que você vai fazer, seu idiota. - Eu falo, tentando me distrair para esquecer a dor que sentia pelo corpo inteiro.
— Olha, até quem fim ela entendeu! - O demônio disse.

Agora as coisas começaram a fazer sentido. Eles tinham me sequestrado para atrair os Winchester até lá, mais especificamente Sam. Uma, duas, infinitas lágrimas molhavam meu rosto. Naquele exato momento, eu queria que eles me esquecessem, para não irem até onde eu estava. Mas já era tarde.
Ouço gritos, provavelmente dos demônios mortos, que estavam vigiando o lugar onde estávamos. Até que a porta se abre, e finalmente eu consigo ver a claridade, depois de 2 dias.
A primeira coisa que eu vejo é Sam, armado, olhando para mim. Ele me observa, e uma lágrima cai. Eu não sabia muito bem como estava fisicamente, mas também sabia que não era muito bem. Ele me observa com pena e tristeza ao mesmo tempo, com um olhar perdido, sem saber como reagir.

— Sam! Eu sabia que se eu sequestrasse sua namoradinha você viria correndo atrás dela. - Ele diz, colocando uma faca no meu pescoço.
— O que você quer. - Ele diz, friamente, segurando a arma.
— Largue a arma. AGORA! - O demônio grita, me deixando assustada. - E você, quieta. - Ele se refere a mim.
— Por que... Por que você está fazendo isso? E por que... ela? - Ele diz, e olha para mim, com um olhar triste.
— Por que? Você ainda pergunta? Vocês Winchester acham que podem sair por aí matando qualquer criatura, demônio ou algo do tipo, e isso... Isso é extremamente... ridículo! - Ele diz, e ri ironicamente. - Então, eu pensei: por que não colocar um fim nisso tudo? Aí... - Ele se aproxima de mim e passa a mão pelo meu rosto. - Por que não sequestrar a queridinha deles para atraí-los?

Ele tira a faca do meu pescoço, e então Sam vê uma oportunidade de atacá-lo. Ele pega a faca da Ruby, e parte pra cima do demônio, que o joga na parede.

— O seu problema Sam, é que você mata todo tipo de monstros, mas também é um! Você é um monstro! - O demônio berra, e ri por ver Sam preso a parede.
— Toda mulher que você se relaciona... Morre. Então, por que não adiantar o processo, em? - Ele diz.
Ele pega a faca que estava no bolso, e crava em meu peito.

A dor é insuportável, e as lembranças passam por minha memória em um piscar de olhos. Escuto Sam gritando, e vejo o demônio cair morto no chão. Dean havia encontrado Sam e matado o demônio.

— Ei, ei... Por favor, fica comigo. - Sam disse, correndo em sua direção, desamarrando as cordas e me deitando no chão. Ele põe a mão no lugar da facada, pressionando para eu não perder tanto sangue. 
— Não... - Eu afasto a mão dele. - Não faça isso.
— Calma, tudo vai ficar bem, ok? - Ele fala, chorando.
— Sam... - Eu disse com dificuldade. - Você não é um monstro. Você é meu herói. - Eu sorrio. - E eu quero que você se lembre disso, todos os dias. Você fez com que eu tivesse os melhores momentos da minha vida, e eu te am...

Era tarde. Tudo ficou preto para mim e eu não conseguia mais escutar nenhuma palavra.

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