dean | cigarettes n' rain

5.3K 275 87
                                    

ALERTA!
esse capítulo é bem filha da putagem e NÃO tem a intenção de terminar em um final feliz! Eu viajei nele, não liguem e era pra ele ter ficado melhor.
ele tem linguagem explícita ( tem em outros capítulos também mas nesse daqui ela foi usada mais vezes ) e uso de drogas ( não sei se alguém se incomoda com isso, sei lá )
FONTE – narração por fora.
FONTE – pensamento do Dean.

POR DEAN WINCHESTER
Sabe quando você aposta tudo em uma coisa, e ela simplesmente não te dá o retorno esperado? Então, é isso que eu estou vivendo agora. Minhas buscas para descobrir como retirar essa maldita marca do meu braço não me dão o que eu quero, o que eu preciso, e eu estou começando a enlouquecer em relação a isso em todos os sentidos: estado e físico. Quanto mais o tempo passa, mais eu sinto uma vontade enorme de matar, matar qualquer coisa que apareça na minha frente, sem dó ou piedade. E isso me deixa louco, porque eu não aguentaria me olhar no espelho se eu machucasse o meu irmão. Ou (S/n). Principalmente (S/n). Eu a amo como jamais amei alguém na minha vida inteira, e eu perderia a cabeça se eu a machucasse.

Volto os meus pensamentos para o livro que estava a minha frente, sobre a "Marca de Caim". Estava sozinho em meu quarto, pois Sam e (S/n) decidiram esfriar a cabeça um pouco parando com a pesquisa e assistindo um pouco de TV. O problema é que a pesquisa não rende sem o Sam e ela, eu não sou tão bom quanto eles com os livros.
Me levanto do chão, fecho o livro e o coloco em cima da minha cama, me preparando para descer as escadas devagar.
Sam e (S/n) estavam rindo, provavelmente devido ao filme, e eu fico esperando a hora certa de chamá-los e atrapalhar a diversão deles, como sempre. Até que eu começo a escutar melhor o que eles estavam dizendo.

— Olha esse bebê, que lindo! – (S/n) fala, em um tom emotivo.
— Uou, desde quando você gosta de bebês? – Sam a olha.
— Desde sempre, você é quem não sabe nada sobre mim. – Ela dá de ombros. Sam se aproxima mais dela.
— Você gosta de crianças? Isso é novo.
— Sam, o meu sonho é ser mãe. A minha vida inteira, eu sempre amei crianças, elas são... Tão cheias de esperança, inocência, cheias de... vida. – Ela olha para o chão, desviando o olhar.

Confesso que, além de Sam, eu nunca soube disso, e olha que eu e (S/n) já estamos juntos a um bom tempo. Sinto uma pontada de raiva: eu nunca poderia dar um filho a ela, não nessa vida de caça, sem contar também com a marca no meu braço. E se eu enlouquecesse e matasse ela durante a gravidez? E se eu matasse meu próprio filho?

— Um dia você vai ser mãe, (S/n). Eu tenho certeza. – Ele coloca uma mão no ombro dela. Ela ri, irônica.
— Claro que não, Sam, nem dá mais. Nessa vida... – Ela dá um longo suspiro. – Eu não teria condições de criar uma criança, não enquanto eu mato vampiros, demônios e qualquer outra coisa demoníaca. Simplesmente não dá. – Sam agora é quem desvia o olhar, culpado por ter insistido no assunto. – Mas tanto faz, eu já me acostumei com essa ideia mesmo. – Ela abre um sorriso fraco e passa a mão nos cabelos do irmão mais novo, que estava ao seu lado.

Eu não poderia dar um filho a (S/n), mas eu tenho certeza de que eu poderia liberta-la de tudo isso. Penso em conversar com ela sobre isso, mas sinto uma pontada de dor: talvez eu nunca mais a veria, a mulher que eu amo escaparia pelos meus dedos, e com a minha permissão. "Egoísta" – Foi a palavra que passou pela minha mente logo após eu pensar nisso. Até que, após um tempo, ajo por impulso:

(S/n), posso falar com você? Em particular. – Falo, saindo de trás da parede que me cobria e me revelando para os dois no sofá. Logo de cara, Sam se afasta de (S/n), provavelmente achando que o motivo da conversa seria a aproximação. Quem dera.
Claro. – Ela dá um sorriso calmo.

imagines • supernatural Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu