sam | bloom later

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ei gente, tudo bem?
achei esse capítulo quase pronto nos meus rascunhos e resolvi postar, mesmo depois de anos kkk
agora na quarentena, eu vou entrar de férias no início de junho, então como vou ter um tempo livre, estava pensando em voltar a postar!
espero que possamos voltar para o ritmo normal o mais rápido possível, eu já não aguento mais 😩
a música na mídia inspirou o capítulo, então sintam-se à vontade para ouvir.
enfim, espero que gostem!

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DOIS ANOS ATRÁS
POR SAM WINCHESTER
Olho para ela, deitada na nossa cama, com as mãos entre as coxas e os cabelos soltos jogados sobre o travesseiro. Olho para ela, mais uma vez, não com o objetivo de acorda-lá no meio da noite chuvosa, e sim de lembrar do seu rosto para sempre, já que essa seria a última vez que eu a veria. Lágrimas começam a quererem ser formadas nos meus olhos, mas eu luto contra elas: qualquer suspiro ou som poderia acorda-lá, e eu não queria isso em nenhuma circunstância.
Meu pai está desaparecido a semanas, e eu só fui descobrir isso quando meu irmão mais velho, Dean, veio até a minha faculdade me contar, durante meu horário livre de aulas. É claro que ela não estava comigo, pois se estivesse seria pior, como ela lidaria com a situação do meu irmão me pedindo para ir embora da faculdade e largar tudo para trás?
Dean conversou comigo e eu percebi que nosso pai estava realmente em perigo, e que ele não conseguiria o encontrar sozinho. Nós combinamos de nos encontrar no dia seguinte, às 23:00, para que eu pudesse largar tudo e não olhar para trás: a faculdade, meus amigos e, principalmente, (S/n).
Ser um caçador faz com que você coloque todos a sua volta em risco, e eu não quero colocar a vida da (S/n) no meio disso. É como se fossemos bombas que podem explodir a qualquer momento, afetando qualquer um que mantém alguma relação, e eu não quero isso, eu simplesmente não quero vê-la sofrer.
Sam? – Ela fala, manhosa, pois tinha acabado de acordar. Fico intacto, parado aonde estou: na porta do nosso alojamento da faculdade, sem olhar para trás. – O que... – Ela levanta e fica sem palavras. O que dizer sobre o seu namorado estar parado em frente à porta, com uma mochila em mãos e nenhuma carta na bancada, dizendo o porquê? – Sam, o que é isso? – Seu tom fica firme, e ela se levanta da cama. Tento conter novamente as lágrimas, mas dessa vez não consigo.
— Me desculpe, (S/n). – Me viro de leve e a encaro, com lágrimas nos olhos. Ela continuava parada, intacta, como eu estava a segundos atrás, me olhando de cima a baixo.
— O que é isso? O que você está fazendo? – Ela aponta para a mochila.
— Eu preciso ir... embora. – Falo. Ela solta o ar preso dentro de si, como se estivesse segurando-o de nervoso, e leva as mãos na boca. – Não, não faz isso... – Vou até ela, mas (S/n) se afasta de mim, indo pra trás.
— Não. – Ela diz, firme. – O que foi que eu fiz, Sam? – Uma lágrima cai sobre o rosto delicado dela, uma lágrima injusta, mas que ao mesmo tempo era necessária para sua própria sobrevivência.
— Você não fez nada, você é simplesmente perfeita. – Eu falo, tentando chegar perto aos poucos. – Mas eu preciso... Eu preciso ir embora.
— Porquê? Se tudo está perfeito e se eu sou perfeita, porque você precisa ir? Aonde você vai, Sam? – Ela continuava a chorar, me olhando com um olhar completamente incrédulo. Sento na cama e apoio meus cotovelos nos meus joelhos, passando as mãos pelo meu cabelo. Isso não era pra estar acontecendo.
— Eu não sei! – Eu grito, fazendo com que ela se assustasse. – Eu não sei, eu só... preciso sair, sair dessa farsa!
— Isso daqui é uma farsa? – Ela fala, um pouco mais alto. – Nosso amor é uma farsa? – Eu seguro as lágrimas mas é completamente inevitável, porque é justo nesses momentos que as melhores lembranças repassam em nossa mente.
— Claro que não, (S/n), é que... Eu estou te colocando em perigo, você não pode ficar mais comigo. – Falo, sem olhar para ela.
— Que palhaçada é essa? – Ela fala, sentando no chão, na minha frente. – Em? Você é apenas um estudante de direito em Stanford, com um futuro promissor e...
— Não, eu não sou! – Eu falo, encarando-a. – Eu nunca vou ser assim, (S/n), isso não está no meu sangue. – Eu me levanto e vou até minha mochila, pegando-a. Isso estava rendendo demais, porque ela foi acordar justo agora? Olho para a porta e sinto falta de coragem para abri-la, pois ao mesmo tempo que eu sabia que essa vida nunca foi e nunca será para mim, eu queria continuar nessa pequena ilusão e com (S/n). Eu a amava mais do que tudo, e ver ela sendo largada era a coisa que eu mais temia.
— É isso que você quer? Você está tentando fazer com que eu te odeie? – Ela chega perto de mim. – Todas as nossas memórias e lembranças, jogadas na lixeira desse jeito? –Ela hesita. – Aonde você vai?
— Eu não posso dizer. – Me viro, encontrando uma (S/n) quebrada, sem sentido e com o olhar perdido. – Eu estou fazendo isso pra te proteger.
— Mentira! Para de mentir! – Ela grita, me assustando. – Me proteger do que? Porque é tão difícil dizer?
— Porque eu não posso! – Eu grito, assustando-a mais uma vez. – Você não entende, eu.. Eu te amo! – Sinto uma pontada de dor, ao vê-lá sofrendo desse jeito. Maldito passado, porque eu?
— Essa vai ser a última vez que eu irei te ver, eu te amo. – Ela fala, entre soluços. Passo meu polegar em sua bochecha, limpando suas lágrimas, e me atrevo a lhe dar um beijo, que durou poucos segundos.
— Eu sinto muito. – Eu falo, e logo escuto o som do Impala do lado de fora. Abro a porta e sinto (S/n) tentar me alcançar com o braço, mas eu sou mais rápido, correndo na chuva com a mochila em mãos, até que eu olho para trás e a vejo, completamente molhada na chuva, chorando. Fico parado e a encarando, guardando seus traços, já que aquela seria a última vez que a veria em minha vida.

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