"Como assim ele vai ficar no meu sofá?" foi assim que a noite deixou de ser tranquila para o gato, e o problema dos humanos começou a atingi lo. Não se passou nem uma hora que ele a deixou em casa e já estava de volta, ela não quis perguntar, sabia que a culpa era dela, mas nunca imaginou que a coisa chegaria tão longe, ela estava arrumando o sofá pra ele dormir quando alguém resolveu quebrar o silencio...
- Ela não me mandou sair.
- Não precisa explicar.
- É serio, eu sai por que precisava falar com você.
- Eu sei o que você tem pra dizer, só não sei se quero ouvir.
- Você não quer saber o que esta acontecendo?
- Eu li a carta, desculpa... foi mais forte que eu, estava preocupada com você.
- Eu sei que você leu, eu deixei la pra isso.
- Como?
- Eu escrevi a carta pra você ler.
- Por que você fez isso?
- Não queria me afastar de você, achei que seria mais fácil se você tomasse essa iniciativa.
- Não faz sentido isso.
- Você é psicóloga, deveria analisar mais as coisas.
- Só analiso quando estou imparcial, eu faço parte dessa analise.
- Eu não queria te magoar.
- Você não magoou, tudo que você falou foi verdade, eu precisava ver isso.
- Nada ali é verdade, eu preciso de você, preciso da minha melhor amiga.
- Ju estamos magoando muita gente...
- Estamos nos magoando demais por que estamos pensando nos outros.
- Estava na hora de fazer isso.
- O que aconteceu...
- Tanta coisa, você é meu melhor amigo, mas precisamos conhecer outras pessoas, sair e ir a lugares diferentes... as vezes parece que estou em um relacionamento sério com você, só que sem a parte do romance.
- Então não é tão ruim.
- É ótimo!
- O que vamos fazer Anna Julia?
- Tudo, menos cantar los hermanos.
- Isso é só no seu aniversario... seu gato esta rosnando pra mim.
- Acho que ele esta ronronando.
- Isso é claramente um rosnado.
- Você esta no sofá dele.
- Que gato possessivo.
- Eu estou pensando em uma solução...
- E não doeu?
- Um pouco!
- Ah...
- Podemos tentar seguir nossas vidas separados, sem nos separar.
- Como vamos fazer isso?
- Vamos marcar um encontro por mês, e o máximo de duas mensagens por dia e uma ligação por semana pra começar.
- Essa é sua idéia?
- Nesse espaço de tempo podemos rever os amigos do passado e nos reconectar com eles, sair com gente nova e cuidar de nossos relacionamentos?
- Você tem um relacionamento pra cuidar?
- Não, estamos nos conhecendo e ele me chama de amiga.
- Por que você saiu da casa dele daquele jeito.
- Senti sua falta e fiquei assustada.
- Você pode me chamar quando quiser.
- Eu sei, mas preciso aprender a enfrentar as coisas.
- Chega de fugir!
- Retroceder nunca!
- Render se jamais!
- Você é ridículo.
- Seu gato esta me assustando.
- Ele é bonzinho, só quer um colinho pra dormir.
Vamos deixar bem claro que a idéia do colinho foi péssima (Catnip estava rosnando sim e o Júlio levou uma arranhada no nariz) e a idéia do tempo até que foi boa, mas não era exatamente o que ele queria, mas nem tudo que se quer é o que se precisa.
- Você quer jogar um pouco?
- Acabou de ler meus pensamentos!
Não era isso que ele estava pensando.
- Podemos pedir uma pizza
- E fazer milk shakes.
- Esquece o milk shake, eu tenho cerveja na geladeira!
DF����� l
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Um romance clichê
RomanceComo construir um romance clichê: (quase ok) Um Cara bonitão que é desejo de todas as garotas. (quase ok) Uma garota bonita, delicada e meiga que todos querem. (quase ok) Uma ex namorada vingativa (quase ok) Um ex namorado perverso e maquiavélico...