Um romance clichê

Capítulo 23

A pessoa que disse que as mudanças são coisas boas não conhece a Anna, o numero de caixas desorganizadas por cor, local de uso e tamanho era muito maior do que os espaços do apertamento novo (apertamento por que o que se consegue com o dinheiro que ela tinha não pode ser chamado de apartamento).

- Márcia o que tem nessa caixa que esta do seu lado?

- Tem livros!

- E na da esquerda?

- Mais livros!

- Charles vê o que tem nessa caixa que esta na sua frente.

- Tem livros... e cadernos!

- Marcos o que tem nessa caixa que esta na sua mão?

- Tem livros?

- Tem certeza?

- Deixa eu ver...

- Tenho certeza!

- Por acaso você trouxe algo alem dos seus livros?

- Eu estou procurando a caixa que tem comida!

- Se acostume Marcos, as prioridades da minha amada cunhada são diferentes!

- Desde que eu seja uma delas. Né meu amor?

- Aeeee achei os biscoitos!

- Acho que ela não te ouviu!

- Alguém quer?

- Minha Amora se você esta com tanta fome podemos sair pra comer alguma coisa.

- Por que você esta me chamando assim?

- Achei que você ia gostar do apelido.

- Não!

- Charles melhor deixar eles arrumarem a casa...

- Márcia, você quer tomar um café?

- Adoro café!

Demora uma vida para conhecer alguém e menos de cinco minutos para detestar algumas coisas.

- O apelido era fofo!

- Era esquisito!

- Eu estou tentando ser mais romântico.

- Do jeito que estava antes já era bom.

- Eu não acredito que vamos brigar no nosso primeiro dia no nosso apartamento.

- No meu apartamento.

- Assim fica difícil!

- Mas é meu, quem paga o aluguel sou eu, quem mora nele sou eu e quem vai pagar as contas vai ser eu tambem.

- Tudo bem, eu vou te dar um tempo pra se adaptar, entendi que você não quer ter pressa, mas eu vou esperar o tempo que for preciso!

- Tempo pra que?

- Pra você ser mais carinhosa, menos arisca e pensar em mim como pensa no Júlio.

- Como um amigo?

- Como alguém com quem dividir um lar.

- Eu não morava com o Júlio.

- Mas ele passava o tempo todo no seu apartamento.