Capítulo 24

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- ok Caio, dessa vez você não vai ganhar!

- Você disse isso das ultimas 5 vezes.

- Agora é sério!

- Você disse isso tambem.

- Eu sei o que eu disse!

- Então joga.

- Eu estou jogando.

- Igual á uma menininha.

- Menininhas sabem jogar muito cara...

- Para de ser mané e joga!

- Caio eu não sei por que sou seu amigo.

- Por que se eu não fosse você teria que falar da Anna com a Anna.

- Esquece ela.

- É complicado...

- Não é não, você já fez isso uma vez na faculdade.

- Mas naquela época você não me ligava pra dizer que o namorado dela é um babaca.

- E ele é!

- Eu sei cara, eu vi no facebook.

- Você tem ele no facebook?

- Eu tenho, eu conheci ele na festa de despedida da Anna.

- Isso não é motivo?

- Mas vigiar ele pra você é!

- O que tem no facebook dele.

- A Anna...

- Ele marca ela em tudo! Já reparei nisso.

- Ele diz bom dia pro face.

- Que sem noção...

- E ele leva ela em todos os lugares.

- Eu sei...

- E diz o tempo todo que ama ela.

- E ela responde?

- Claro que responde.

- O que ela responde?

- Você quer saber disso?

- Eu quero!

- Então tem que jogar sério.

- Fala logo Caio!

- Se você ganhar eu falo!

- Se você não falar eu ligo pra Carla e aviso que você não dormiu aqui hoje!

- Você não faria isso, sabe que era importante comparecer á despedida de solteira da Márcia.

- Ela vai casar com o Charles, ela vai continuar solteira!

- Eu sei, mas ela foi meu primeiro amor.

- A sua namorada vai saber.

- Você esta violando as regras do universo masculino!

- O que ela responde?

- Por que você não olha?

- Ele me bloqueou faz um tempo já...

- Babacão esse cara.

- Conta logo!

- Ela responde com carinhas felizes!

- Você enrolou tudo isso pra isso?

- Isso é importante cara!

- São só carinhas.

- Isso mesmo! Só carinhas...

- Caio, são carinhas de felicidade.

- Você não entende... Cara o cachorro tá puxando o rabo do gato.

- Eles estão brincando.

- O gato não parece muito feliz.

- Ele adora isso.

- Você é o único advogado que não sabe ler expressões faciais que eu conheço.

Enquanto isso no universo das caixas...

- Anna quando você vai terminar a mudança?

- Eu não sei.

- Já tem um mês que você mudou pra cá.

- Eu sempre demoro pra me organizar.

- Espero que isso não seja um sinal de que quer voltar.

- Eu estou feliz aqui.

- Que bom!

- Vamos jantar?

- O que tem pra jantar?

- Pizza!

- Você não cozinha nunca?

- Eu fiz miojo ontem.

- Isso não é alimento saudável

- Eu sei que não, mas ainda estou me adaptando.

- Você ainda não se adaptou?

- Nem achei todas as minhas panelas ainda.

- Você não abriu todas as caixas?

- Só as necessárias.

- Quais?

- Livros, roupas, sapatos, coisas do banheiro e alimentos práticos e não perecíveis.

- Quando nos casarmos as coisas serão diferentes.

- Diferentes como?

- Vamos fazer o jantar juntos e tomando uma taça de vinho todos os dias.

- Nossa, divertido isso... Mas é meio cedo pra essas coisas.

- Jantar e vinho?

- Casar!

- Você não pensa no futuro.

- Não em um tão distante.

- Não precisa ser tão distante assim.

- E nem tão próximo.

- Mas podemos pensar nesse futuro?

- Podemos pensar o que quiser, mas não precisa dizer o pensamento em voz alta.

- Ok, vou esperar por você!

Marcos achava que uma das frases mais românticas era dizer pra alguém que poderia esperar por ela, mas não pra Anna! Ela achava isso assustador e sufocante, se sentia obrigada a voltar por não querer magoa lo, mesmo que ela não fosse embora, ela ainda não sabia se queria ficar.


Um romance clichêWhere stories live. Discover now