Mandar o Júlio tomar banho foi o melhor que ela pode fazer, ela precisava colocar a mente no lugar e ia ser difícil com ele ali fazendo perguntas... chegou a hora de uma conversa séria com ela mesma, e teria que ser logo por que o Júlio era pratico demais pra tomar um banho de mais de 15 minutos...
- Por que ele tem que fazer isso justo agora?
- O Júlio tá frágil, é hora de atacar!
- Não vou fazer isso, ele é meu amigo.
- Que vai passar dois dias só com você, na sua casa, do seu lado...
- Maldita hora em que eu aceitei isso!
- Bendita hora!!!!
- É o Júlio, não é um cara diferente, é só o Júlio!
- O único que não vai embora e que você não foge...
- Com ele é diferente!
- Por que ele é diferente.
- Ele é igual a todos, ele piscou pra Soraya.
- Pelo visto ele mudou de idéia.
- Já foi a hora dele, agora somos amigos e ele só esta fazendo isso por que esta confuso.
- Ajude ele a arrumar essa confusão e fique com ele.
- Eu não amo o Júlio!
- Não?
- Não desse jeito.
- De que jeito então?
- Do jeito que tem que ser.
- Você poderia tentar...
- Eu poderia...
O monologo acaba aqui, por que antes que ela pudesse se contestar o Júlio saiu do chuveiro com a toalha enrolada na cintura e mesmo já tendo visto ele sem camisa um milhão de vezes, dessa vez foi meio desnorteador, não ajudava o fato de ele fazer boxe e ter braços bonitos (nada impressionante, lembre se que o Júlio é um cara comum) além de uma tatuagem muito linda que ele fez antes de conhece la, no ombro esquerdo era como uma manga de camiseta, começava no ombro e terminava antes da camiseta terminar, eram varias imagens juntas, parecia uma festa e mostrava um Júlio menos maduro, tinha uma ancora, uma caveira colorida cheia de enfeites (tipo aquelas caveiras mexicanas) e algumas tribais, elas não davam espaço para novas e mesmo assim não ficavam velhas, sim ela poderia tentar!
- Por que você esta olhando pra minha tatuagem desse jeito?
- Estou pensando em fazer uma!
- Você é muito volúvel pra fazer uma tatuagem.
- Pode ser algo pequeno.
- Você vai se arrepender.
- Tudo bem pai!
Tantos apelidos no mundo, tantos nomes carinhosos, tantos momentos imperfeitos e ela escolhe bem esse pra chamar ele de pai...
- Vou me trocar criança, pare de ser tarada e jogue minha mochila pra cá!
- Convencido.
- Se você decidir fazer uma tatuagem eu vou com você!
- Eu sei que vai.
Não faz mal nenhum tentar, ela não precisava de coragem pra fazer um tatuagem e sim de coragem pra dizer pro Júlio que talvez ele tivesse piscado pra garota errada.
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Um romance clichê
RomanceComo construir um romance clichê: (quase ok) Um Cara bonitão que é desejo de todas as garotas. (quase ok) Uma garota bonita, delicada e meiga que todos querem. (quase ok) Uma ex namorada vingativa (quase ok) Um ex namorado perverso e maquiavélico...