Uma surpresa atrás da outra

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Ysabella**

Nossa...O dia de ontem foi uma loucura! Eu tenho tanta coisa pra falar com a Karla. Se eu mostrar pra ela o Deus grego que eu vi ontem, talvez ela reconheça e possa me apresentar. A esperança é a última que morre.

Depois daquela cena esquisita e maravilhosa no corredor, eu fui pra loja. Eu atendia todos os clientes na maior educação. Meu dia foi um sucesso e eu ganharia comissão por vendas, então eu acho que minha comissão vai ser boa, porque eu estou vendendo muito bem. Minhas colegas de trabalho estão admiradas comigo. Em três dias de serviço eu tinha vendido mais do que as quatro. Eu não tinha culpa, eu disse que eu tinha o poder do convencimento.

Quando acabou meu expediente, fui pra casa. Eu havia combinado com o dono da loja pra eles fazerem a entrega dos meus móveis depois das cinco. Então pouco minutos depois que eu cheguei no apartamento, chegou toda a minha mudança. Eu já havia trazido todas as minhas malas do hotel e fechado minha conta. Se meus móveis não tivesse chegado eu teria que dormir no chão.

Eu tive que pagar uma boa gorjeta para os entregadores, pois eles ficaram até as dez horas da noite montando todos os meus móveis, do quarto, da sala e da cozinha. Eu não tinha nada pra preencher os móveis. Teria que fazer outra compra para a cozinha, comprar panelas, bacias, copos, pratos, talheres, toalhas de mesa, pano de prato, enfim...Tudo! Mas isso eu me preocuparia depois.  Após os meus entregadores irem embora eu pedi um lanche para  jantar, e essa seria minha janta por alguns dias, até eu ter condições de cozinhar no apartamento. Com toda essa correria,  já da pra imaginar a hora que eu fui dormir.

Hoje, sexta feira seria mais um dia daqueles, eu estava um bagaço, eu estava completamente em outro mundo. Eu estava de olhos abertos, mas sonhando com o rapaz do corredor. Eu já havia até me esquecido de tudo o que eu ainda precisava comprar e havia esquecido também de todos os problemas familiares. O que era bom, pois uma mente desocupada é uma oficina para o mal.

Na hora do intervalo eu corri para a lanchonete, hoje a Karla estaria lá. Quando eu cheguei ela já estava sentada em uma das mesas.

-Oi. - cumprimentei dando um beijo e um abraço nela. - Como foi a prova? Conseguiu terminar o trabalho?

-Oi. Que bom te ver. Terminei graças a Deus, e na prova eu acho que fui bem. Depois de sacrificar minha semana inteira, acho que valeu a pena.

Rimos juntas.

Ela me perguntou o que eu estava achando da faculdade, da turma, da mudança. E eu resumidamente, falei da correria que foi minha semana.

-Caramba, que sorte a sua heim! -Ela falou quando eu parei de falar.

-Sorte maior foi encontrar um Deus grego ontem no corredor. - Falei pra ela sobre o episódio do dia anterior.

-Quem será? Quero que me mostre ele. É muito comum ter rapazes bonitos por aqui, porém os mais bonitos, são os mais problemáticos.

-Verdade, isso é assim em todos os lugares. Falei me lembrando do meu ex-namorado. Fazia dias que eu não pensava nele.

-O pior cara desse lugar é o Christian, espero que você não chegue a conhecer ele. -Ela falou com raiva.

-O que ele te fez afinal? Já é a segunda vez que você fala dele. -Perguntei curiosa.

-Ele é um idiota. Ele e os irmãos dele. A irmã dele era minha melhor amiga, nos conhecíamos desde criança. Eu ia na casa dela, ela na minha, coisa de garotas. Depois de grandes a gente saía juntas, contávamos nossos segredos, enfim, éramos como irmãs.

-Sei, e daí?

- Até que um dia ela achou uma página do meu caderno em que eu me declarava para o irmão dela. Ela não sabia qual dos dois era. Mas mesmo assim ela ficou morrendo de ciúmes, não sei se de mim, ou deles, ou dos dois. Ela me disse um monte de desaforos e que jamais iria aceitar meu namoro com nenhum dos irmãos dela. Me disse pra sumir e ficar longe deles.

Assume que me Ama Where stories live. Discover now