Onde elas estão?

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Christiano**

Christian me deixou na rua e ainda por cima não atendia minhas ligações. Eu poderia ir para a casa de Karla, mas eu precisava falar com Christian ainda. Eu queria preparar uma surpresa para as meninas, mas precisava do apoio dele, e ele simplesmente estava me ignorando.

Decidi ir para o centro e comprar alguma coisa para dar de presente para Karla. Eu vou pedi-la em namoro e quero dar um presente bastante especial.

Assim que estacionei a moto tentei ligar novamente para meu irmão. Nada! Sai andando pelas ruas sem ter ideia do que comprar, olhava as vitrines e nada me vinha na cabeça. Apesar de tudo, ainda conheço pouco dos gostos de Karla. Eu estava olhando alguns urso de pelúcia quando ouço uma voz familiar me chamando:

- Christiano?

Olhei para trás e lá estava a dona da voz familiar.

- Não acredito! É você mesmo?

- Samanta!

Eu não estava acreditando. Samanta estava ali bem na minha frente. Depois de quatro anos eu estava vendo minha ex namorada. Muitas coisas do passado vieram a minha cabeça. Eu já havia pensado na possibilidade de encontrá-la assim que eu voltasse, não por que eu iria atrás dela ou porque eu queria vê-la, mas sim porque isso seria inevitável estando morando na mesma cidade e tendo os mesmos amigos. Tive medo de vê-la outra vez e não saber como reagir, não saber o que aconteceria. Meu passado ficou para trás, não sinto mais nada por ela, mas eu tinha medo do amor voltar a tona assim que a visse. O que tínhamos no passado  era mesmo muito forte, a ponto de eu desejar me casar com Samanta, porém eu era jovem e meu futuro, meus estudos vinham em primeiro lugar. Ela não aceitou minha decisão, ela não concordou com minha viagem, por isso a separação foi inevitável. Eu nunca pedi que mantivéssemos uma relação a distância, até porque eu não queria aquilo. Ambos saímos magoados, mas tivemos muito tempo para esquecer e perdoar.

Ela ainda continua linda, está com um ar mais maduro e mais encorpada, parece mais mulher. Mas senti apenas um carinho muito grande por ela, nada com que eu precisasse me preocupar, não sei se porque esqueci ela totalmente, ou se porque agora estou gostando de Karla, mas o fato é que ela não me afetou tanto quanto eu imaginava.

- Nossa!! Quanto tempo. Você não mudou nada. Quando voltou? - ela perguntou me dando um forte abraço.

Ela continuava a mesma de sempre. Animada, sempre empolgada e muito feliz.

- Faz algumas semanas. Como você está?

- Ah, eu estou bem!!! Vamos tomar um sorvete e conversar um pouco?

Que mal havia em tomar um sorvete com ela? Eu tinha tempo e estava pra rua. Vamos ver o que se passou com ela durante todos esses anos.

- Vamos! Estou mesmo sem ter o que fazer - será que é uma boa hora para falar de minha namorada? Seja lá qual for o assunto que ela queira falar, acho bom deixar bem claro que eu já estou comprometido. - Mas antes preciso comprar um presente para minha namorada.

Ela não pareceu chocada e nem enciumada, pelo contrário, ficou muito feliz.

- Poxa, que legal! Precisa de ajuda?

- Na verdade sim! Estou pensando em comprar um bichinho de pelúcia. O que você sugere? - perguntei. Eu conhecia os gostos de Samanta, mas não era pra ela que eu estava comprando um presente, mas talvez ela pudesse ajudar.

- Vem, vamos ver o que tem aqui.

Entramos dentro da loja e andamos por vários corredores. Até que eu vi um coração vermelho de braços abertos, com um bordado escrito Eu Te Amo, era ótimo para dormir abraçados. Ela se lembraria de mim todas as noites e poderia abraça-lo quando eu não estive junto com ela.

Assume que me Ama Where stories live. Discover now