Epílogo

40 10 10
                                    

Ysabella**

— Está pronta? — enfiei a cabeça pra dentro do grande quarto onde minha melhor amiga e cunhada estava deslumbrante em seu vestido de noiva. Era a noiva mais linda que eu já havia visto na vida, ou melhor, ela era a primeira noiva que eu via pessoalmente.

— Estou! — ela respondeu com um enorme sorriso no rosto e os olhos brilhando de felicidade.

Era pra ter sido uma passada rápida, mas eu precisava dizer mais uma vez o quanto eu estava feliz por ela, era como se eu tivesse acompanhado sua história com Christiano desde a infância. Entrei rapidamente para dentro do quarto, fechei a porta e a abracei.

— Você está linda! Estou muito orgulhosa e feliz por você. — falei abraçando minha amiga.

— Obrigada amiga. Espero que em breve eu possa ter ver assim, vestida de noiva para se casar com seu príncipe.

Sorri para ela. Apesar de negar diariamente um pedido de casamento de Christian, eu sentia uma pequena inveja dela. Estávamos tão bem daquele jeito eu achava impossível melhorar.

— Quem sabe daqui uns anos. — falei para desviar o assunto.

Beijei seu rosto e saí do quarto enquanto seu pai entrava para buscá-la.

A cerimônia do casamento começou com a entrada dos padrinhos e eu não conseguia parar de sorrir com tudo o que estava acontecendo. Esses últimos três meses foram uma tremenda correria. Nunca pensei que seríamos capazes de organizar um casamento em tão pouco tempo, mas com sorte e com a ajuda de todos, tudo deu certo. O casamento acontecia na fazenda dos sogros e foram convidados poucas pessoas, apenas nossos familiares e alguns amigos mais próximos, mas tudo estava magnífico, tudo muito bem organizado e maravilhoso.

Ao nosso lado, estavam Mia e Yago. Christian e eu éramos padrinhos do noivo e eles eram padrinhos da Karla. Quem olhava de longe não imaginava a tensão que se passava entre os dois. Eram ótimos atores, se passando pelos padrinhos mais unidos que se podiam imaginar. Mas eu sei que na nossa primeira e última viagem em família, as coisas não deram muito certo para eles. Yago bancou o idiota e deixou minha cunhada na mão, mas não tinha outro jeito, Karla não tinha ninguém mais para chamar e implorou que Yago aceitasse.

Em nossa viagem Yago se deu tão bem com os meninos que eu fiquei me perguntando se eles sabiam do que tinha rolado entre Mia e ele. Quando Karla falou para Mia que meu irmão seria padrinho junto com ela, ela não se importou, apenas sorriu e disse que estava anciosa por esse momento.  Tomara que ela não se engane com ele novamente!

Christiano se posicionou no seu lugar. Ele era o cunhado mais lindo que alguém poderia ter. Em dias normais ele já andava impecavelmente belo, mas hoje, vestido de noivo, ele estava um verdadeiro Deus. Que não seja pecado admirar tanto assim o cunhado, mas que a verdade seja dita, Karla tinha uma baita sorte. Mas eu não tinha com o que me preocupar, ao meu lado estava o irmão do noivo e esse sim é meu por inteiro e está tão lindo quanto o irmão.

A música começou a tocar e alguns segundos depois Karla apareceu segurando no braço do seu pai. Linda! A felicidade dela estava estampada em seu rosto pois essa era uma história melhor do que conto de fadas. Ela caminhou lentamente e eu me controlei para não chorar de emoção, eu estava mais emotiva do que as próprias mãe dos noivos.

A cada palavra dita pelo padre, eu repetia internamente, num ensaio inconsciente do meu próprio casamento. Na minha cabeça, éramos Christian e eu ali naquele altar improvisado. Balancei minha cabeça para afastar meus pensamentos, se eu estava sonhando tanto, imagina o que se passava na cabeça de Christian.

Após o casamento, os recém casados saíram fazendo a frente para o enorme jardim da fazenda. Karla anunciou que iria jogar o buquê e as mulheres logo correram eufóricas para tentar pegá-lo, e eu era uma delas.

— É um... É dois... É três.... E... Já! —ela contava e ameaçava jogar.

Quando ela jogou aquele buquê veio exatamente em minha direção, como se ela tivesse mirado o lugar onde eu estava e jogado diretamente para mim.

Peguei o buquê e me senti nos ares, era Christian me pegando no colo e me rodopiando.

— Agora não tem como escapar meu amor. — ele falou me colocando no chão e nos beijamos.

Eu não sei porque ele insistia tanto nessa história de casamento sendo que ele se mudaria para o meu apartamento nos dias seguintes. Não era um casamento de verdade, mas é como se fosse.

Depois que Christiano se mudou para sua nova casa, Christian não quis mais ficar sozinho naquele apartamento tão grande. A ideia dele era encontrar outro menor e realmente encontrou um no mesmo prédio que o meu, mas depois que ele vendeu o apartamento dele e estava tudo certo pra ele fazer a mudança, deu um problema nos papéis do aluguel e ele acabou ficando sem apartamento nenhum. Aí surgiu a brilhante ideia dele ficar comigo até achar outro lugar para se mudar. Mas, uma vez morando juntos, quero ver quem é que vai ficar longe depois.

Mesmo ainda não morando juntos oficialmente, Christian já não saía de casa. Dormíamos juntos, acordavamos, íamos para a faculdade,  a tarde eu ia para a loja e ele para o estágio e a noite, nos encontrávamos no meu apartamento, fazíamos um revezamento na janta e às vezes comiamos só bobageira, depois dormíamos e começava tudo de novo.

Está tão bom assim que se melhorar, estraga!

A festa com a participação dos noivos foi até às dez horas, depois os pombinhos saíram para a sua viagem de lua de mel, em nada mais e nada menos que na belíssima Itália.

Algumas horas depois, os amigos começaram a ir embora e ficaram apenas nossos familiares, estávamos cansados pelos preparativos e realização do casamento, mas todos estavam num clima de missão cumprida! Enfim, tudo deu certo!

Não demoramos muito e cada um foi para o seu canto, os pais de Karla dormiram no quarto de Christiano, meus pais dormiram no quarto de visitas, Yago dormiu na casa da piscina, Mia em seu próprio quarto e Christian e eu fomos para seu quarto. Eu até achei que Mia e Yago iam fazer as pazes e dormir juntos, mas não rolou. Esse pensamento me fazia rir, pois mesmo se rolasse, acho que o pai dela não aceitaria sem eles assumir um namoro.

Assim que entramos no quarto eu me joguei na cama. Eu estava acabada! Christian se aproximou e fui surpreendida pelo toque de suas mãos quentes em meus pés. Ele estava tirando minhas sandálias e massageando meus pés.

— Ah como isso é bom! — eu falei sentindo o alívio e a pressão de seus dedos.

— Eu poderia fazer isso todos os dias da minha vida. — disse enquanto levava minha perna aos seus lábios.

Fechei os olhos e absorvi cada detalhe de sua fala. Por que não?

— Sim, eu aceito! — respondi.

No mesmo instante ele se jogou em cima de mim e começou a me beijar. Eu correspondia na mesma intensidade. Apesar do cansaço, havia energia para uma noite de amor.

— Eu te amo Ysabella. — ele falava sem parar de me beijar.

— Também te amo. — respondi tentando respirar com aquele ataque de beijos.

Ele parou o beijo e me olhou sorrindo.

— Você é a mulher da minha vida. Eu não consigo mais viver sem você. — ele falou emocionado e eu já sabia onde aquela conversa iria acabar, não importava quantas vezes eu negasse.

— Não quero que viva sem mim, assim como eu não quero viver sem ti. — Falei para acalmar sua ansiedade e o puxei para um beijo mais calmo e demorado — Vamos tomar um banho meu amor? — convidei para aliviar o cansaço do corpo e ele aceitou.

Tomamos um banho e eu vesti apenas uma camiseta sua para dormir. Nos amamos apaixonadamente e quando eu já estava pegando no sono, eu ouvi sua voz me perguntando longe:

— Casa comigo meu amor?

— Sim! — com um sorriso no rosto eu me lembro de ter respondido sua pergunta antes de dormir em seus braços.

***FIM***

Assume que me Ama Where stories live. Discover now