Capítulo 72

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Nos dias que se seguiram Lauren somente acompanhou o processo das duas famílias e enquanto estava no fórum, Camila ficava no estúdio. Após os dias de trabalho, as duas resolveram ir para Jaú. Camila ligou para a mãe e avisou da chegada delas, mas disse que ficariam num hotel em Bauru, uma cidade vizinha. Assim que chegaram e se acomodaram, ligaram para Sinuhe avisando que estavam indo vê-la. Alejandro e Zayn estavam no sítio, assim ficou mais fácil a visita delas.

- Oi mãe! Que saudade!
- Fizeram boa viagem meninas? – Sinu perguntou enquanto abraçava Camila.
- Graças a Deus! – Lauren respondeu também a abraçando.
- Entrem, fiz um lanchinho para vocês.
- Nós almoçamos na estrada, não precisava se incomodar dona Sinu.
- Nada de dona, Lauren, e conhecendo Camila, sei que ela está com fome.
- Comida de mãe a gente não recusa. – riu.
- Sabia! – Sinu falou achando graça.
- Cadê Sofia?

Camila mal perguntou e a menina veio correndo, tinha os cabelos molhados.

- Tia! – pulou no colo de Camila. – Você fez surpresa! Eu adorei. – a abraçou.
- Gostou? Pois eu estava morrendo de saudade! – beijou a bochecha dela.
- Tia Lauren, você que veio dirigindo?
- Foi sim, por quê?
- Ah, por isso chegaram rápido do Rio, minha tia Camila dirige muito devagar. – revirou os olhos fazendo todos rirem.
- Mas nós não viemos do Rio mocinha, estávamos em São Paulo. E sua tia é lenta mesmo.
- Deixa de ser chata! – Camila deu um tapinha no braço de Lauren.
- Você voltou pra lá tia? – perguntou a Camila.
- Não meu amor, Lauren tinha um compromisso e eu vim com ela. – colocou a menina no chão. – Aproveitei e me encontrei com Justin no estúdio.

Perrie apareceu na sala e as cumprimentou.

- Achei que nunca mais apareceria aqui.
- Meu Deus! Quanto tempo! – Camila foi abraçá-la. – Sabe que não venho mais por conta...
- Eu sei e te entendo.
- O pai está pro sítio?
- Sim, volta depois de amanhã.

Camila fez uma cara de desânimo, sabia que com a presença dele não poderia ver a mãe e a sobrinha.

- Venham, vamos comer que a broa ta quentinha.

Perrie aproveitou a oportunidade para agradecer Camila por tudo que vinha fazendo por Sofia.

- Sem sua ajuda acho que ela não estaria tendo essa base educacional.
- Sofia é inteligente, dedicada e muito esperta. Merece estar numa boa escola, além do mais é minha sobrinha e eu faria qualquer coisa por ela.
- Voltou do Rio contando as novidades, o quarto novo.
- Isso foi coisa de Lauren, eu mesma me surpreendi.
- Obrigada. – olhou para Lauren.
- Quem tem que agradecer sou eu. Sofia encantou nossa casa quando foi pra lá. A considero como sobrinha também e pode ter certeza que se depender de nós o futuro dela estará garantido. – pegou a mão de Camila. – Ela é uma menina especial.

Camila ficou toda orgulhosa com as palavras de Lauren e percebeu que a mãe já não estranhava tanto a intimidade das duas.

- Fico muito, mas muito contente de saber que estão bem. – Perrie falou. – Camila sabe que eu nunca fui a favor das atitudes de Zayn e do pai dele. Não importa as diferenças, o importante é a família unida e eles estão se esquecendo disso.
- Deixa pra lá Perrie, uma hora as coisas se acertam.
- Zayn é contra, Camila, mas quando a filha dele chega com presentes ele bem que se faz de bobo. Ele sabe que a escola dela quem paga é Camila, que os cursos que Sofia faz também é Camila quem paga, pra isso ele aceita?

Perrie estava certa e por isso ninguém soube o que responder.

- No fundo ele sabe que isso é o melhor para a filha. – Camila sorriu.
- E agora nós estamos casadas. – Lauren sorriu mostrando a aliança.

Sinuhe quase engasgou com o café.

- É, casamos. – Camila constatou.
- Como é isso? – Sinu perguntou.
- Casamos com um juiz, ou melhor, juíza de paz.
- Isso muda alguma coisa?
- Não mãe, o que muda é que usamos aliança na mão esquerda. – Camila brincou.

Sinuhe ainda olhou meio desconfiada, mas não quis comentar nada, afinal estava se acostumando com a relação das duas.



Aproveitaram os dias da ausência de Alejandro e Zayn para passearem pela cidade, compraram roupas para Sofia e algumas coisas pra casa. Camila não quis ficar direto, com medo de o pai chegar de repente. Então todo dia à noite elas voltavam para o hotel em Bauru. Naquele dia estava na expectativa do pai chegar e por isso havia se despedido antecipadamente da mãe e da sobrinha.

Após tomarem banho, a empresária olhava da sacada do hotel para a cidade, seu olhar parecia perdido.

- Que foi meu anjo? – Lauren chegou por trás abraçando-a.
- Pensando aqui... podíamos ir embora amanhã.
- Por quê?
- Meu pai chega cedo em casa amanhã e provavelmente só vai embora no fim de semana, que no caso nós já iríamos mesmo. Não faz sentido ficar aqui.

Lauren pensou no que falar, repousou o queixo na cabeça dela e respirou fundo.

- Nós vamos falar com seu pai. – falou calmamente.
- O que? – Camila se virou. – Não vamos não!
- Por que não? O que vamos perder? Seu pai já não te aceita, o máximo que pode acontecer é ele nos mandar embora.
- Posso perder Sofia! Zayn sempre fica do lado de meu pai e se ele não me deixar mais vê-la?
- Acha mesmo que Perrie vai permitir uma coisa dessas? Ela está do seu lado, do nosso lado. Sabe o quão bem você faz a filha dela. E cá entre nós, seu irmão é um frouxo, ele faz tudo que a esposa manda, não vai ser agora que vai bancar o machão. Ainda mais sabendo que Sofia gosta de você e que nós a ajudamos. Ele é idiota, mas não é burro.
- Não tenho coragem para enfrentar isso. – Camila escondeu o rosto no peito de Lauren.
- E quem disse que está sozinha? Junta a minha coragem com a sua que dá alguma coisa. – riu. – Estarei do seu lado pro que der e vier. – segurou o rosto dela. – Como era mesmo aquele lance do na alegria e na tristeza, na saúde e na doença? – fez Camila sorrir. – Neste caso é na coragem ou no medo. Seu pai é um homem bravo, confesso que ele me desperta certo receio, mas eu dou conta. – falou firmando a voz.

Camila olhou para ela e sorriu.

- Você é única na minha vida. – beijou-lhe os lábios.
- Espero mesmo, porque duas de mim você não aguenta. – sorriram. – Sou muito chata.

Camila sorriu e puxou a morena pela mão, voltando as duas para o quarto.

- Vem aqui minha chatinha, que eu adoro quando pega no meu pé e me irrita. – sorriu franzindo o nariz.
- Ah é? Que novidade é essa!? – Lauren sentou na beirada da cama fazendo Camila sentar também e envolver as pernas em sua cintura. – Que mais você gosta que eu faço? – começou a tirar a roupa dela. – Gosta disso? – beijou e mordeu o pescoço. – E disso? – mordeu o queixo e depois o lábio inferior. – Que mais você gosta? – percorria o corpo dela com as mãos. – Hum? – mordia o lóbulo da orelha.
- Gosto quando me toca aqui... – Camila pegou a mão de Lauren e enfiou dentro de sua calcinha. – Assim... – começou a esfregar os dedos dela fazendo Lauren se acender toda. – E gosto quando me beija assim. – capturou os lábios da morena num beijo cheio de más intenções.

Lauren esfregava o clitóris da mais nova no ritmo do beijo que ficava cada vez mais ardente. Parou um momento e a olhou nos olhos.

- Você é gostosa demais! – girou o corpo e colocou Camila deitada, abriu as pernas dela e devorou seu sexo como gostava.

Fizeram amor noite a fora e dormiram quando o dia começou a clarear. Acordaram por conta do calor.

- Amor, você não ligou o ar? – Lauren falou ainda com a voz sonolenta e tateando a mão procurando o controle do ar condicionado até achá-lo e ligar.

Camila se espreguiçou e abraçou o corpo nu da morena.

- Não estou sentindo calor, você está? – repousou a cabeça no colo dela.
- Muito, mas agora vai melhorar.

Camila puxou a coberta já sentindo o vento gelado do ar e dormiram novamente.

Já passava da uma da tarde quando Camila acordou, porque sentiu fome. Olhou no relógio e se assustou com a hora. Lauren dormia profundamente então não quis acordá-la. Ligou a TV bem baixinho e depois ligou para a recepção e pediu comida no quarto. Estava chovendo muito e ela não se animou a sair do hotel. Lauren se remexeu e procurou o colo da empresária, deitou a cabeça em seu ventre e esta lhe alisou os cabelos. Um tempo depois um funcionário bateu na porta trazendo o almoço das duas. Camila tentou se levantar sem acordar Lauren, mas não teve jeito.

- Aonde você vai? – a morena perguntou com os olhos ainda fechados.
- Só vou pegar nosso almoço querida, um minuto. – abriu a porta e puxou o carrinho para dentro, agradeceu à senhora e fechou a porta.

Quando olhou para a cama Lauren estava estirada de bruços, abraçada a dois travesseiros e com a coberta por cima. Camila deitou em cima dela, afastou seus cabelos e beijou a nuca.

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