RAIVA*

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CATHERINE

Na solidão do meu quarto, eu podia estar sozinha pensado no meu possível amanhã, fechei meus olhos tentando esquecer os seus azuis penetrantes que me faziam tremer apenas em lembrar, toquei meu lábio delicadamente imaginando tudo que aconteceu a algumas noites atrás, imaginando o primeiro toque de um homem sobre mim. Eu tinha lido em livros a descrição de um beijo, as linhas escritas tinham acontecido para mim pela primeira vez com intensidade e calor. Para minha sorte, Remy não tinha me perturbado mais e apenas Baltazar me verificava, todas as minhas tarefas eram feitas rapidamente, eu só queria está em meu quarto longe dele e da maldita vergonha que eu sentia.

Uma batida soou na porta me fazendo acelerar o coração e suar frio, para minha sorte era apenas uma das funcionárias o que no fundo eu agradeci.

-Senhora, você precisa de mais alguma coisa? O vestido e sapatos couberam?

-Perfeitamente Beth, eu não preciso de nada mais. -Apertei minhas mãos juntas tremendo no meu lugar, eu vestia algo luxuoso e de grande porte, hoje seria o dia que algumas visitas viriam para o jantar e de acordo com Remy, eu deveria estar impecável.

-Ok senhora, já pode descer o senhor Remy a espera na porta do quarto dele. -Assenti saindo pela porta e me arrastando praticamente, eu não queria falar com ele, muito menos o encarar. Minha cabeça permanecia baixa quando de longe eu o vi, foi como sentir o meu rosto queimar.

-Mais que demora, nem mesmo para se arrumar rapidamente como pedi você pode me obedecer. -Permaneci calada caminhado lado a lado com ele, eu nem mesmo conseguia me pronunciar.

-Lembre-se, bico calado. Não fale nada. -Assenti chegando ao final da escada, quando o mesmo me parou segurando em meu braço, engoli seco quando o encarei. Era como sentir tudo queimar de uma única vez.

-Mais o que diabos você tem?

-Na... Nada. Não fiz nada. -Sussurrei tentando baixar meu olhar no qual ele não deixou, quando segurou meu rosto de encontro ao seu.

-Estou estranhando sua falta de comunicação, é sempre tão atrevida para mim, desobediente e por pouco não me matou já. Me estranha esse seu lado calmo, ele cheira a algo desconhecido pra mim e eu não gosto.

-Me deixe. Não tenho nada!

-Estou de olho cadela. Lembre-se do seu precioso colar, ele está comigo ainda, um erro hoje e te jogo junto com ele no fogo.

-Você não teria coragem disso.

-Experimenta pra ver. -Ele me forçou a segurar no seu braço e naquele momento o mordomo abria a porta. Dois homens em idades distintas adentravam na mansão enquanto a grandes passos nos aproximávamos deles.

-Que bom que chegaram.

-É um grande prazer Remy. -O homem mais velho segurou a mão de Remy mais seus olhos estavam fixamente em mim.

-Está tudo bem Juan?-Remy largou sua mão atravessando e ficando a minha frente, ele praticamente os impedia de olhar para mim. Seu tom estava mais sério do que o normal mais sua grosseria continuava a mesma.

-Sua esposa?

-Sim, minha esposa algum problema?

-Não, me desculpe. Fui um grosso perdão, ela só me lembra uma pessoa, mais eu não sei muito bem quem. Tive uma leve impressão.

-Enganos acontecem, está tudo bem. Bom deixe-me apresentá-los. Essa é minha esposa Catherine e esses são Juan e Santiago Escobar, alguns dos meus sócios, são tio e sobrinho. -Apertei a mão dos dois, recebendo um aperto firme do que seria Santiago, ele me olhou profundamente até mais uma vez, Remy me puxar para trás.

MARIDO & MULHERWhere stories live. Discover now