PROTEGENDO VOCÊ*

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JÚLIO

Acordar tinha finalmente acontecido para mim, por muito pouco eu pensei ter perdido minha vida e principalmente a única coisa que importava para mim, minha doce Catherine, eu não me importava com o dinheiro, eu só a queria bem. Rubens a tinha feito mulher de seu filho, a tinha feito uma Falcão mesmo contra sua vontade e agora, ela estava sobre os encantos de seu filho. Era seu primeiro amor e eu não poderia culpá-la, mais eu estaria ao seu lado quando o que eu sabia que aconteceria finalmente desmoronasse. Tempo era tudo que eu precisava para nós tirar da prisão em que estávamos.

-Lorenzo, a que horas o médico entra aqui?

-As três próxima visita, mais a enfermeira vêm antes para dar sua comida. -Lorenzo era o único que sabia que eu tinha voltado com a voz, por mais que me doesse, eu não poderia contar a minha menina sobre isso, quanto menos ela soubesse, maior seria suas chances de não se machucar.

-Será que consegue? É meio arriscado não acha?

-Me ofende que pense assim, sou um homem de mão bem leve e você sabe disso, vou tentar com o dele, não podemos ser pegos, vou cortar o GPS do caminho e pronto é torcer que haja bastante bateria no celular.

-Eu vou dar o dinheiro que Rubens tanto quer, mais eu sei que seu desejo de vingança não é apenas por essa miséria que não significará nada em sua conta. Ele tem raiva por Sasha, por mim, e pelo caminho que tomei antes que ele me matasse, é apenas raiva por sempre ter fracassado.

-Você sabe, Catherine e o filho dele, viu o jeito dela o que pretende fazer?

-Quando ela conversa seus olhos brilham ao falar dele, ela me contou que o miserável dormiu com ela, mais não a tratou mau. Lembro-me dele pequeno ainda, era uma boa criança já que Sasha sempre fez de tudo por ele, mesmo no meio em que vivíamos e contra os princípios de Rubens.

-Ter um pai como Rubens não deve ter sido fácil.

-E não foi, nem para aquele menino, muito menos para Sasha que lutou bravamente por seu filho. Mais agora ele a tem ao lado, precisa decidir se quer minha filha ou não. -Seriam decisões e tomar as erradas não eram uma escolha.

CATHERINE

Caminhei para a cozinha para meus afazeres, eu não tinha visto ninguém e depois da noite passada eu duvidava que iria ver Remy tão cedo. Uma nova realidade fazia parte de nós agora, mais se ele estivesse pensando que trataria nosso bebê como um estranho ou problema, ele estaria bastante enganado. Essa pequena vida tinha chegado como uma luz era a grande esperança que pedi a Deus.

-Bom dia Beth? -Entrei na cozinha a vendo na pia.

-Bom dia senhora, quer tomar café agora? Quer que eu prepare algum lanche especial?

-Não estou com fome mais obrigada, você sabe onde está meu avental? Vou começar a limpar, quero ir ver meu pai cedo hoje.

-Não precisa mais limpar aqui senhora.

-Então posso limpar lá fora o pátio.

-A senhora não entendeu, recebi ordens para não deixá-la fazer as tarefas, está liberada para fazer outras coisas que não incluam esforços físicos. -Eu não estava entendendo nada daquilo, Remy sempre tinha feito questão de que eu trabalhasse.

-Isso só pode ser coisa de Baltazar não é?

-Não, o senhor Remy falou ontem com todos os empregados. -Meu queixo quase caiu no chão com suas palavras, não dava para acreditar que aquela atitude tinha sido sua, não mesmo.

MARIDO & MULHERWhere stories live. Discover now