MUITO AMOR*

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ANASTÁCIA

Por anos eu não o imaginava mais e sua lembrança nem existia. Com dor, eu esqueci o rosto do homem que me deu vida e fingi que ele jamais existiu um dia pra mim. Eu não guardava mais ódio, eu tinha então encontrado minha filha, mais eu não poderia abraçar, quem me provocou minha maior infelicidade, eu era humana e não perfeita. Vi Minha menina abraçá-lo e com os olhos em lágrimas ele fazer o mesmo.

-Anastácia, minha filha. -Engoli o nó em minha garganta vendo Catherine se aproximar, seu rosto estava feliz, mais pela primeira vez para ela, o meu não.

-Ele gostaria de falar com você mãe...

-Não querida. A casa é sua e você recebe quem quiser, mais pra mim não, por favor. Não me julgue filha, eu sei o que passei e não quero isso, não quero nenhum contato com esse senhor, que ele possa ser feliz eu não lhe desejo o mau, mais que isso aconteça longe de mim filha, é meu único pedido.

-Me perdoe filha, eu errei, errei e pago a anos por esse erro. Se minha neta me deu uma chance, porque você não pode me dar minha filha? -O fintei diretamente junto a minha filha, nada dava pra apagar vinte anos.

-Não sou Catherine senhor, não sou. Foram os vinte anos mais preciosos da minha vida, eu os perdi por sua culpa, um abraço apertado e lágrimas não apagam o que eu perdi! Não apagam. Não me importo de está pecando, eu nunca vou perdoá-lo, nem a você e nem a Damião. Não sou perfeita.

-Mamãe..-Segurei o rosto de minha filha nas mãos com um sorriso, seus olhos estavam preocupados mais eu sabia bem que tudo passaria.

-Está tudo bem amor, tudo bem. Vou sair com Juan agora, me ligue qual for o problema e eu estarei aqui, tudo bem?

-Tudo bem mamãe.

-Amo você meu amor.

-Eu também te amo. -Nos abraçamos com força bem felizes, eu não estava mais preocupada e sabia bem que quando voltasse, ela estaria lá. Sai para fora tendo as certezas de minhas escolhas, eu não poderia perdoar meu pai, era minha escolha, meu coração. Ninguém nasce perfeito nem se torna, e esse sempre seria o caminho que eu iria tomar.

REMY

A vida tinha me dado uma segunda chance e eu a tinha agarrado com força. Não dava pra negar que por anos eu fui um bandido, criado para as piores coisas por Rubens, o homem que por muito pouco, quase não desgraçou toda minha vida. Nós estávamos livres dele e pela última vez como prometi a minha esposa, eu usaria meus antigos métodos para uma boa causa, seria a última vez.
Caminhei até entrar no café onde nosso encontro tinha sido marcado, seria minha última vez ao lado de Daniele.

-Demorou. -Ela me fintou com o rosto ainda roxo da surra, eu precisava tomar cuidado ao zangar Catherine agora.

-Ainda está toda marcada, horrível.

-Culpa do animal que você tem em casa.

-Olha a língua, marquei esse encontro mais não vou permitir que ofenda minha mulher Daniele, você procurou.

-Olha, não estou ligando, aliás, acha mesmo que o juiz dará a guarda do menino a você? Por favor! O caso já está ganho e se veio aqui para tentar me subornar de alguma forma, perdeu, Renan vale uma fortuna. -O sorriso estampado em seu rosto também estava no meu, eu conhecia seus truques e artimanhas, ela só não sabia os meus. Joguei o pacote em sua frente a deixando surpresa.

-Dinheiro?

-Não, um presentinho que eu mandei pro juiz hoje, ele já deve está recebendo agora mesmo, esse eu trouxe pra você. -Suas mãos foram para o envelope com rapidez, seria meu último crime nessa vida, valeria a pena claro.

MARIDO & MULHEROnde histórias criam vida. Descubra agora