Batidas do Coração*

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REMY

Semanas Depois...

Há dias evitava vê-la e me afastava cada vez mais, mesmo com todos os problemas a maldita vontade de invadir seu quarto a noite era muito maior, para meu azar o desejo continuava muito pior, os sonhos quentes sobre minha cama tinham ela como delírio principal, eu estava Fodido até o pescoço se meus temores viessem a acontecer, mais nem mesmo assim eu conseguia frear meus outros pensamentos. Me apoiei na mesa do escritório vendo o celular tocar, era meu pai, para meu azar de novo.

*Fala.

*Bom dia pra você também, deveria está mais contente Júlio acordou.

*Mais não abriu a boca o que da na mesma.

*Ele vai se recuperar o médico garantiu, além do mais, a filha está o ajudando muito por isso o progresso. Falta muito pouco.

*Ainda bem. -Falei cansado, o fim parecia muito mais longe do que ele falava.

*Vamos lá não é tão ruim, você tem essa joia na sua cama que eu sei, é um guloso filho da puta mesmo não é? Use o quanto quiser, quando eu a devolver para Júlio, estará um completo caco. -Aquilo não tinha soado bom em meus ouvidos, pior, tinha sido estranho demais.

*Eu preciso desligar, nos falamos.

* Está tudo bem?

*Sim porque não estaria? Até. - O desliguei o jogando sobre minha mesa, eu estava de saco cheio da mesma história. Levantei e fui em direção a porta, eles já deveriam ter chegado há muito tempo.

-Ivan, onde está Baltazar já chegou?

-Não senhor.

-Ok obrigado. -Ele assentiu se dirigindo para seu posto novamente. Voltei para a sala e fechei a porta com força, eu precisava me acalmar Porra. Não ligaria para Baltazar ele sabia muito bem que era hora de voltar.

CATHERINE

-Você parece bem apesar de tudo.

-Eu estou, desculpe não ter vindo como disse antes, mais Remy só me deixa vir quando quer. -Ver meu pai tinha me dado ainda mais esperança, eu sabia que logo esse martírio iria acabar só não sabia que caminho eu voltaria a seguir. Antônio estava junto a mim, ele era médico e nossa conversa não daria nas vistas de ninguém.

-Se você me deixasse eu poderia ajudá-la.

-Por favor, eu confiei em você, me prometeu que não faria nada.

-E não vou, mais é duro ver isso e não poder fazer nada. Esse cara é um monstro. -Apertei o corpo o ouvindo dizer aquilo, já se fazia semanas desde que tudo tinha acontecido e que meus olhos tinham se encontrado com os dele, porém eu sabia que no fundo existia uma luz dentro dele.

-Sabe, no começo foi tudo que imaginei, mais eu sei que ele tem coração. É difícil mais há um coração em Remy, o problema é aquele pai dele as maldades que ele faz e que o faz carregar como se fossem sua responsabilidade, eu nunca vive isso Antônio, e é duro quando eu consigo enxergar tudo a minha volta.

-Você gosta dele? -O encarei olhando depois para meu pai que dormia tranquilo a minha frente, não era apenas gostar, eu o amava, eu o amava mesmo doendo tanto.

-Gosto, eu gosto dele Antônio, eu sinto que existe algo bom apesar das suas palavras e das suas ações, eu sei. -Sussurrei engolindo minhas lágrimas.

MARIDO & MULHEROnde histórias criam vida. Descubra agora