Part 5

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Como estava a espera tudo mudou por aqui. O reino cresceu muito desde a minha saída mas eu sinto que as pessoas não se sentem tão felizes como antes. Parece que andam todos pensativos e a agir por instinto. Já não gostei disso. Eles estão presos a uma conduta de comportamento imposta pelo rei. As pessoas deviam ser livres, felizes e alegres. Se lhes permitissem ser quem são com certeza elas iam gostar muito mais de aqui viver. A paisagem também mudou. As árvores que outrora sercavam o reino hoje já não existem, flores pelas ruas só existem na florista e mesmo assim são poucas. No meio de tudo só existe uma coisa que se mantém intacta ao longo de todos estes anos, o castelo.

O portão é o mesmo de sempre, as paredes as mesmas e a cortesia do castelo está a mesma. Nos corredores existem tochas apagadas que um dia já iluminaram estes corredores dando-lhes beleza. Parece que tudo está morto neste sitio.

- Majestade, trouxemos-lhe a princesa Helena. Encontramo-la não muito longe daqui com um grupo de fora da lei.

- Quanto tempo Helena. Tantos homens atrás de ti nestes quatro anos e só te conseguimos trazer agora. É de facto impressionante. Pensei que tivesses encontrado a morte nos primeiros tempos afinal uma mulher sozinha na rua não consegue resistir durante muito tempo mas parece que gostas de ser uma excepção. Um grupo de fora da lei... O que fazias lá ? Afagavas os desejos carnais daqueles que não podem ir satisfazê-los a outros locais?

Ao contrario do que aconteceu com o reino, o rei não mudou absolutamente nada. Continua o mesmo homem arrogante e estúpido de sempre. Como é óbvio ninguém admite que o rei é assim mas não duvido que as pessoas não pensem isso acerca do mesmo.

- Majestade eu entendo que não saiba disto afinal é um mesquinho que nunca saiu uma única vez do castelo nem para dar assistência aos seus súbditos. Mas existem diversas formas de se sobreviver na rua sem precisar de desonrar o nosso corpo. Mas só uma pergunta porque é que prostituição é remetido aquelas que o futuro não lhes foi agradável sendo que dentro na corte existe mais do que fora?

Ninguém está a espera que alguém faça frente ao rei mas como também não faço parte deste reino mesmo não estou preocupada com isso.

- Devias ter muito cuidado com as acusações que fazes a corte. agora estas aqui mas é apenas eu querer que vais parar nas masmorras. Não te deve ser muito assustador afinal os cobardes dos teus amigos estão lá então não serias a única cobarde de lá.

Eu admito, eu vi vermelho naquela hora e a única coisa que me passava pela cabeça era matar aquele homem que estava a minha frente com as minhas próprias mãos mas infelizmente tive que me controlar, não podia arriscar tudo agora que já aqui estou tão perto.

- Que quereis de mim?

- Preciso que me faças um pequeno serviço.

- Não trabalho de graça majestade.

- fazes o trabalho e passaras a fazer parte do reino novamente.

- E porque iria eu querer voltar a fazer parte deste reino ?

- É pegar ou largar Helena. Não tenho tempo para estar com joguinhos.

- o que é que eu tenho de fazer ?

- Vais matar o reino vizinho e entregar-me a coroa nas minhas mãos.

Aquilo que ele me está a pedir é quase impossível e também e quase morte certa. Das duas formas ele sai a ganhar se eu o fizer ou se eu morrer. eu vou até ao reino vizinho depois lá vejo o que faço.

- Eu faço. Agradecia que deixassem o meu colega vir comigo.

- Tragam o rapaz.

Acho que foi a cena mais engraçada que já vi em toda a minha vida. O Jake não tinha atacado nem um guarda. isto e quase um milagre. só achei estranho até ele estar do meu lado, ai percebi que ele estava preso por grossas correntes que impediam qualquer ataque que o Jake tentasse.

- Podem soltá-lo.

- Majestade não era mais seguro ele ficar preso até que eles saiam da sala do trono ?

Meio ofendido o Jake revirou os olhos e ficou a murmurar coisas contra os guardas que o seguravam. Já o homem pelo qual eu senti carinho estava a olhar para o Jake como se quisesse analizar as suas intenções. Como o Jake é pouco paciente disse:

- Se está preocupado majestade não precisa. Não ganho nada em ferir alguém aqui. Se ainda fossem uma encomenda mas nem isso.

O que ele disse não é bem verdade. O nosso território e dividido em nove reinos, cada um com o seu rei. O Jake não sente afeto por nenhum deles então matá-los era como matar qualquer outra pessoa tirando a aparte de ser mais prazeroso matar um rei do que um camponês.

- Podem soltar. Bom vocês já sabem o que tem de fazer. matam o rei e trazem-me a coroa. O pagamento também já sabem qual é. Agora vocês dois eu não admito traição e não vai ser por seres minha filha que vou ter pena de ti.

-Preciso de um exercito. não sou doida para entrar sozinha naquele reino assim.

- Levas alguns soldados experientes e dos novatos leva tudo até. Não estão cá a fazer nada. Agora retirem-se da sala por favor. Vocês dois vem comigo até aos aposentos da rainha.

- Não precisa de tentar mais majestade. na verdade não deviam era tentar outra vez. ainda provocam uma infecção ou lesão na pobre criança que vive dentro da barriga da mãe sem ter culpa nenhuma do que acontece no mundo a sua volta.

Os olhos assustados do rei direccionaram-se a mim. Eu sabia perfeitamente que a rainha Matilde estava grávida mas ele deve querer manter isso em segredo visto que os guardas ficaram todos espantados como se não soubessem dessa novidade real. Resposta? Não tive. na mesma hora fui arrastada da sala do trono pelos guardas que não me deixaram ouvir a grande resposta do rei. Fiquei triste, estava a espera de fazer com que o mesmo pegasse fogo mas não permitiram. É a vida. Por falar em vida tenho de ir ver como vai ser a minha ida até Green Emerald.

A Princesa Da MorteWhere stories live. Discover now