A Princesa Da Morte

part 19

Mesmo eu tendo estado com os reis durante bastante tempo, o rei Conor voltou a chamar-me e agora estou a ir para os aposentos dele.

Quando cheguei lá a porta já estava aberta então eu só entrei.

-Helena já sabes quem vais levar na busca?

-O Jake majestade.

-Só?

-Sim. É o suficiente.

-De certeza? parece-me muito poucas pessoas.

-Sim majestade. Eu e ele já fizemos isso muitas vezes. Já é algo que não apresenta qualquer dificuldade para nós.

-Tudo bem mas eu quero que o meu filho acompanhe nessas buscas.

- Não acha muito arriscado? Eu sou uma princesa mas já perdi a coroa a muito tempo agora ele que é seu filho pode sofrer algum ataque por causa da sua coroa.

-Não estou preocupado com isso. Ele ofereceu-se para ajudar e já que ias fazer uma busca tão extensa eu decidi que ele vai contigo. Ele também te irá ajudar em tudo o resto ás minhas ordens a partir de agora. Desde de organização de estratégias até a confronto.

-Mas majestade não acha....

-Helena há cousas que apenas passando por certas situações conseguimos aprender. Eu nunca vou conseguir ensinar o meu filho a lutar num confronto dentro de um campo de treino. Estar lá fora é muito diferente da sala. Ele precisa de saber mais e de aprender mais e com isto acredito que ele aprenda muito.

-Tudo bem.

-Agora acompanha-me. Vamos até ao jardim que eles estão lá e ele já vai contigo para verem o que vão fazer e como o vão fazer.

- Majestade ele não precisa de ir já. Eu não sou boa a planear antecipadamente. Eu quando chegar lá vejo como faço porque aqui eu não sei em que situação nos vamos encontrar e planear antes prende-nos muito a algo que pode não resultar.

-Mesmo assim vens comigo pelo menos para ele saber que vai contigo.

Fomos até ao jardim. Ainda não tinha vindo até aqui desde que aqui estou. A rainha Aurora está lá com a esposa do rei Conor e os filhos do mesmo. O rapaz está cada vez mais bonito. Não sei como mas está. Eu tenho é de me concentrar, se eu me distraio não vai correr bem.

- Boa tarde minhas senhoras.

O rei Conor é um verdadeiro cavalheiro. Trata a sua mulher como se ela fosse o seu maior presente e exibiu sem qualquer medo ou desconfiança.

-Sempre tão cavalheiro Conor. O que e trás por cá? Tu não quiseste vir conosco.

-Eu tinha de falar com a Helena antes de para cá vir.

-Helena! Quase que nem te via atrás desse brutamontes. Senta-te aqui conosco.

O único lugar livre era ao lado do príncipe bonito. Eu vou trabalhar com ele e ainda nem sei o nome dele. Eu não queria mostrar qualquer tipo de sentimento de vergonha ou alguma coisa assim então sentei-me na mesma.

-Ei e eu. Sai filho.

-Porquê eu?

-Eu além de ser teu pai sou rei. Tira o rabo da minha cadeira.

Mesmo contrariado ele estava para se levantar. Eu não queria estar na cadeira. Em baixo de nós estava uma relva bem verde e bonita.

-Majestade fique com o meu lugar por favor.

-E tu ?

Eu sentei-me no chão e fiquei a brincar com a relva como se fosse uma criança. Os reis riram-se. Não me controlei e ri também mas a relva estava realmente muito fofinha.

- Helena pareces uma criança querida.

-A rainha Aurora diz isso porque ainda não tocou nesta relva. Está super fofinha e verde.

Ela colocou a mão para ver e constatou que era verdade.

Como a relva atrai jumentos, o jumento verde apareceu.

- Ainda idolatram essa garotinha de rua. Acham mesmo que ela é um a princesa? Ela é apenas uma pobre coitada.

-Sou uma pobre coitada que te vai cortar a garganta se tu não te puserem a andar daqui. A relva aqui está cortada não precisamos de jumentos aqui para a comer.

Nessa altura eu já estava de pé frente a ele. Eu senti alguém segurar-me os braços e pelo aperto era o rei Conor. Porque raio é que nunca me deixam acabar com este monte de esterco? Até parece que ele tem alguma importância. A única coisa que sabe fazer é chatear e atrapalhar.

-Sai já daqui. Se continuas com essa provocações vou deixar que ela te mostre de que cor é a tua tripa.

O rei Conor não falou com o seu tom habitual. Era um tom forte e ameaçador. Fazia tremer qualquer um. O jumento a ver que não tinha por onde se safar foi embora.

-Tens de te controlar Helena.

-Não consigo. Só ouvi-lo a respirar já me irrita.

- Não vou aqui estar sempre para te parar. controla-te ou vais arranjar problemas.

- Eu vou treinar um pouco. Com licença majestades.

Eu estou possessa de ódio. Se não fosse o rei eu teria mesmo morto o jumento hoje. Agora só há uma pessoa que me pode ajudar: Jake.