-Como foi?
-Ter como comemoração do seu primeiro aniversário de namoro, cuidar de crianças? -Faço uma expressão pensativa.
–Uma experiência agradável.
-Nem acredito que ele fez isso.- Sophia anda pra lá e pra cá no meu quarto mantendo os braços cruzados.
-Acho que devia agradece-lo por isso. –Imagine se eu tivesse saído sozinha com ele?
-Porque você está vermelha? -Minha amiga pergunta curiosa seguindo em minha direção e colocando o torso de suas mãos em meus rosto.
-Não estou vermelha. Você está imaginado coisa Sophia. – Retiro suas mãos de meu rosto e sigo para o espelho pra checar meu reflexo.
-Claro que está. -O que aconteceu depois que vocês saíram da casa dos Serra?
-Nada.
-Você tem certeza?-Parece que a relação entre vocês evoluiu de alguma maneira de ontem a noite para hoje.
-Não. Na verdade não aconteceu nada de mais.
-Ele te trouxe direto pra casa?
-Sim.
-E vocês conversaram no carro?
-Sim.
-E?
-Nada.
-Você é muita chata, Lucinda. Não é possível que não tenha acontecido algo de diferente.
-Aconteceu uma coisa estranha.
-O quê?
-Ele me agradeceu.
-Agradeceu?
-É. Foi estranho. -Quando eu estava pronta pra descer do carro ele segurou o meu braço e sorriu e disse obrigado.
-Obrigado do tipo que a gente pede quando alguém dá tipo um presente ou faz algum favor pra gente?
-Desse tipo.
-E que favor você faz pro coração frio em Lucindinha?- Minha amiga estava com um olhar meio descompensado e com um sorriso que cobria quase o seu rosto inteiro.
-Sophia, se aquieta garota. Não sei o que eu posso ter feito pra ele ter dito obrigado.
-Vamos recapitular a noite passada. –o que vocês fizeram passo a passo exatamente. Quero vírgula por vírgula sem faltar nada. –Nadinha mesmo Lucinda.
Depois de passarmos quase a tarde inteira relembrando a noite passada. Passei cada informação para minha amiga que insistia em pausar minha narração e fazer "comentários" sobre meu comportamento e o rumo que meu relacionamento, não relacionamento, estava tomando.
-Você bateu nele?
-Foi só um soco.
-Você é louca.
-Eu não coloquei força e aquilo foi um impulso.-Não conte pra ninguém. –Aponto o dedo pra minha melhor amiga e imploro com o olhar.
-Porque eu contaria?-Você é minha melhor amiga, sua louquinha. –Mas e ele? Não fez nada?
-Foi brincar com a gente.
-Que bonitinho. Colocando o namoradinho na linha. –Mas você sabe que isso é errado, não é ? Nenhuma violência traz realmente conseqüências boas e você não devia ter feito isso Lucinda. –Ela brigava comigo como se eu fosse uma criança que tinha feito besteira, mas seus olhos brilhavam o suficiente para que eu não levasse suas palavras a sério.
-Não acho que ele te agradeceu por ter batido nele. Você deve está deixando algum detalhe de lado.
-Dentro do carro estava um silêncio e nenhum de nós estava a fim de falar muito, então no segundo semáforo ele sorriu de lado me olhou e disse: -Eu acho que nessa nossa disputa, estou ficando muito pra trás e se não tomar uma medida drástica vou ter que aprender muitas histórias infantis. –Apesar de tudo foi divertido.
E depois antes de descer ele me disse um Obrigado.
-Sabe o que eu acho?
-O que?
-Que vocês deviam terminar esse falso namoro o mais rápido possível.
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Antes do Sim (CONCLUÍDO)
ChickLit"Ele acredita que o casamento é uma história falida. Ela sonha em se casar." Os livros de romances sempre fizeram parte da vida de Lucinda. Enquanto, para Felisberto o romantismo sempre fora motivo de recuar. Quando são obrigados a perceberem a pr...