Capítulo 17

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 -Como foi?

-Ter como comemoração do seu primeiro aniversário de namoro, cuidar de crianças? -Faço uma expressão pensativa.

–Uma experiência agradável.

-Nem acredito que ele fez isso.- Sophia anda pra lá e pra cá no meu quarto mantendo os braços cruzados.

-Acho que devia agradece-lo por isso. –Imagine se eu tivesse saído sozinha com ele?

-Porque você está vermelha? -Minha amiga pergunta curiosa seguindo em minha direção e colocando o torso de suas mãos em meus rosto.

-Não estou vermelha. Você está imaginado coisa Sophia. – Retiro suas mãos de meu rosto e sigo para o espelho pra checar meu reflexo.

-Claro que está. -O que aconteceu depois que vocês saíram da casa dos Serra?

-Nada.

-Você tem certeza?-Parece que a relação entre vocês evoluiu de alguma maneira de ontem a noite para hoje.

-Não. Na verdade não aconteceu nada de mais.

-Ele te trouxe direto pra casa?

-Sim.

-E vocês conversaram no carro?

-Sim.

-E?

-Nada.

-Você é muita chata, Lucinda. Não é possível que não tenha acontecido algo de diferente.

-Aconteceu uma coisa estranha.

-O quê?

-Ele me agradeceu.

-Agradeceu?

-É. Foi estranho. -Quando eu estava pronta pra descer do carro ele segurou o meu braço e sorriu e disse obrigado.

-Obrigado do tipo que a gente pede quando alguém dá tipo um presente ou faz algum favor pra gente?

-Desse tipo.

-E que favor você faz pro coração frio em Lucindinha?- Minha amiga estava com um olhar meio descompensado e com um sorriso que cobria quase o seu rosto inteiro.

-Sophia, se aquieta garota. Não sei o que eu posso ter feito pra ele ter dito obrigado.

-Vamos recapitular a noite passada. –o que vocês fizeram passo a passo exatamente. Quero vírgula por vírgula sem faltar nada. –Nadinha mesmo Lucinda.

Depois de passarmos quase a tarde inteira relembrando a noite passada. Passei cada informação para minha amiga que insistia em pausar minha narração e fazer "comentários" sobre meu comportamento e o rumo que meu relacionamento, não relacionamento, estava tomando.

-Você bateu nele?

-Foi só um soco.

-Você é louca.

-Eu não coloquei força e aquilo foi um impulso.-Não conte pra ninguém. –Aponto o dedo pra minha melhor amiga e imploro com o olhar.

-Porque eu contaria?-Você é minha melhor amiga, sua louquinha. –Mas e ele? Não fez nada?

-Foi brincar com a gente.

-Que bonitinho. Colocando o namoradinho na linha. –Mas você sabe que isso é errado, não é ? Nenhuma violência traz realmente conseqüências boas e você não devia ter feito isso Lucinda. –Ela brigava comigo como se eu fosse uma criança que tinha feito besteira, mas seus olhos brilhavam o suficiente para que eu não levasse suas palavras a sério.

-Não acho que ele te agradeceu por ter batido nele. Você deve está deixando algum detalhe de lado.

-Dentro do carro estava um silêncio e nenhum de nós estava a fim de falar muito, então no segundo semáforo ele sorriu de lado me olhou e disse: -Eu acho que nessa nossa disputa, estou ficando muito pra trás e se não tomar uma medida drástica vou ter que aprender muitas histórias infantis. –Apesar de tudo foi divertido.

E depois antes de descer ele me disse um Obrigado.

-Sabe o que eu acho?

-O que?

-Que vocês deviam terminar esse falso namoro o mais rápido possível.

Antes do Sim (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora