Capítulo 20

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Faz exatamente cinqüenta minutos e quarenta e um segundos que Sophia foi embora. Cinquenta minutos e quarenta e dois segundos que encaro o teto branco do meu quarto e estou tão concentrada em meus pensamentos que se alguém me perguntar se pisquei durante todo esse tempo falaria que simplesmente não lembrei de realizar essa simples ação. Ele gosta de mim. Isso é completamente surreal.Ele não gosta de mim. Sophia enlouqueceu. Isto é real.

Quando nos conhecemos ele tinha os seus dezessete anos e eu estava com meus quinze, não posso negar que quando nos conhecemos ele me chamou atenção, seus olhos me desprendiam da completa realidade e me faziam querer naufragar pela aquela imensidão azul, submergir para sempre em seus olhos. Seu sorriso me cativou da primeira vez, era um sorriso ingênuo e alegre.Ao Contrário do de hoje e por mais que eu repreenda essa sensação é o sorriso irritantemente presunçoso de agora que eu prefiro, talvez seja porque me transmitam mais verdades ou me desafiem a algo que ainda não compreendi.

O que eu estou pensando?Ele não gosta de mim.

Naquela época ele já estava namorando e como uma garota cristã que entende que não se pode cobiçar o que é dos outros, simplesmente apaguei qualquer indicio de outro sentimento que não fosse amizade que eu pudesse sentir por ele, apesar da sua namorada ser alguém não tão admirável. Eu dominei meus sentimentos e eles se conformaram.

Na nossa primeira aula de violão, quando ele cantou pela primeira vez eu não prestei atenção na música e nem em nada do que ele falou em seguida sua voz já tinha inundado minha alma e cérebro já tinha se derretido por completo. Contudo, eu era uma adolescente e como uma eu fantasiava demais e levava tudo ao extremo. Ele tinha namorada, portanto ele era proibido.

Nada de sonhos, suspiros, olhares ou aqueles sorrisinhos. Nada de nada.

- Eu mantive minha promessa naquela época Felisberto, foi difícil, pois eu só tinha quinze, mas eu consegui. Você era diferente naquela época e eu também. Agora é tarde demais e aconteceu muita coisa nesse meio tempo.

Sophia está louca e ele não gosta de mim. Mesmo se ela estiver certa, não adiantaria agora.

Preciso falar com Beto e esclarecer tudo entre a gente. Se eu estiver errada eu só vou pagar de boba! Sophia é melhor você está certa ou eu vou te matar.

Decido me levantar da minha cama e caminho até meu guarda-roupa e devo admitir que demoro tempo demais para escolher uma simples roupa para ir encontrá-lo. Pego qualquer coisa que seja no mínimo apresentável e checo minha imagem no espelho algumas vezes até está certa de que fiz uma boa escolha.

Não deixo de revirar os olhos para minha própria imagem.

Vou enviar uma mensagem para ele só pra checar que ele está realmente em casa;

Lucinda: Oi. Você está em casa?

Beto: Talvez lindinha. Por quê?

Bufo.

Lucinda: Está ou não?

Beto: Estou.

Lucinda: Posso ir até sua casa?

Beto :Então, minha namorada quer me fazer uma visitinha?

Lucinda:Fala logo. Posso ou não?

Beto:Depende.

Lucinda-De quê?;\

Digito irritada perdendo meu resquício de paciência.

Beto:Você está se sentindo melhor para sair de casa?

Sua preocupação me rouba um pequeno sorriso.Contudo, logo volto a realidade e foco no meu celular que pesa em minha mão e volto a digitar:

Lucinda: Estou melhor.Sua casa também não fica tão distante da minha assim.

Beto: Então, você pode vir me visitar lindinha.

Lucinda:Estou saindo agorinha mesmo.

Beto: Estarei te esperando.;)

 Não sei como conseguirei adentrar essa conversa com ele sem parece uma lunática fantasiosa, tão pouco sei como criei coragem de digitar essas mensagens. Agora já foi, preciso resolver logo essa confusão antes que vire uma bola de neve fora de controle.

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E aí? Podem comentar eu deixo.
Inspira, respira e ñ deixa de dá aquela estrelinha e aquele comentário.Pra todas as amigas que estão lendo este livro e as irmã delas "você mesma", o meu muito Obrigado e milhões de beijocas..................

OBS: EU ADORO ESSE EMOJI🐣<-

Antes do Sim (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora