A TOCA (PARTE 2)

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- Já tem tanto tempo tudo isso, eu e Olívio continuamos amigos por anos e eu e seu pai bem... Se existe alma gêmea, o que eu não acho que existe exatamente, eu acho que encontrei a minha – disse Hydra sorrindo, Orion percebeu que ela parecia uma adolescente quando falava isso e não deixava de admirar o amor de seus pais e também como sua mãe pela primeira vez em muito tempo estava falando animadamente sobre o seu passado.

- E como foi namorar alguém de outra casa? – Perguntou Orion, fazendo Dominique abrir um grande sorriso por saber do que se tratava a pergunta.

- Foi bom, eu conheci gente nova, não fiquei presa só a sala comunal da Grifinória e a gente sabia aproveitar o tempo juntos, já que não tínhamos isso sempre, como eu e Olívio tivemos, já que éramos da mesma casa e estávamos juntos o tempo quase todo, tirando na sala de aula, por quê?

- Só curiosidade mesmo – disse Orion rindo.

- Sei... bem, vamos lá para fora? Precisamos almoçar aqui também mesmo que seja um pouco, ou a Sra. Weasley vai ficar ofendida.

- Eu sei, vai mesmo! – Disse Dominique, levantando junto com as duas.

Orion saiu para o jardim, aonde todos ainda conversavam e comiam animados, ela e Tiago disfarçavam de maneira muito ruim, mesmo distantes ficavam dando sorrisinhos bobos um para o outro, Orion percebeu que a mãe do rapaz ficava olhando de um para o outro com desconfiança, ela provavelmente teria que saber mais cedo ou mais tarde, Orion procurou não se focar nisso agora.

- Eu soube que você salvou meu neto Orion, você é uma heroína nessa casa aqui hoje – disse a Sra. Weasley, sentada em uma das cadeiras da grande mesa de jantar aonde todos estavam sentados, sendo ecoada por todos os outros Weasleys (e Potters) que estavam ao redor.

- Depois dizem que na Sonserina não tem gente corajosa – disse Lucy Weasley, filha de Percy, várias pessoas concordaram com ela.

- Obrigada gente, mas o Tiago também me salvou, eu não teria saído dali sem ele – disse ela tentando não sorrir ou olhar em direção ao rapaz para não se entregar.

- Eu sei e também admiramos muito o nosso neto por isso – disse o Sr. Weasley animadamente.

- Eu vivi para ver o dia que dois alunos, um da Sonserina e um da Grifinória se ajudariam em uma prova assim – disse Audrey sorrindo e se servindo de um pouco de purê de batata.

- Sim, bem, os dois campeões são da nossa família de uma maneira ou de outra, podem não ser de sangue, mas são de coração – disse a Sra. Weasley do seu jeito bondoso de sempre, fazendo com que Orion se emocionasse de verdade, apesar de não demonstrar muito, apenas através de um sorriso, era muito difícil para Orion demonstrar sentimentos na frente de todo mundo, por isso o beijo com Tiago tinha sido algo tão impactante para ela, já que foi na frente de praticamente toda a escola.

- Sua filha realmente é diferente de você, Hydra – disse Jorge com seu tom de brincadeira -, se fosse você provavelmente já estaria chorando uma cachoeira agora! – Disse ele fazendo todos rirem.

- Ei, eu não sou chorona! – Disse Hydra fingindo uma grande indignação e colocando a mão no peito.

- Ah, isso é sim! – Disse Peter, fazendo mais uma vez com que todos rissem.

- Que mentira – disse Hydra, rindo e se entregando de vez.

- Melhor parar porque senão já sabe, alguém pode chorar... – Disse Jorge, recebendo uma pequena tapinha no braço de Hydra que ria ao seu lado.

Orion teve um dia maravilhoso com os Weasleys, tão diferente do seu dia com os Malfoys... ela jogou quadribol com os Weasleys, sendo goleira de um dos times dos adolescentes enquanto sua mãe, Hydra, foi goleira de um dos times dos adultos, ela realmente era maravilhosa como goleira, Orion ficou admirada como havia esquecido disso. Ela voltou para casa quando já era de noite, completamente satisfeita e feliz.

Os Quatro escolhidos - Livro 7 (segunda geração) - EM REVISÃO Where stories live. Discover now