Capítulo 1- Wrong way

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"[...] As aulas estão a ser uma seca. Devia estar a prestar atenção, mas hoje não consigo. É tipo, um mau pressentimento, como se o meu corpo me estivesse a tentar transmitir que algo de mau, mas ao mesmo tempo bom, iria acontecer. O quê!"

O som da campainha é incrivelmente alto e quando todos e levantam eu fecho o meu diário e guardo-o na mochila. A Kimberly queria dar-me boleia até casa, só que eu recusei. Eu gosto de andar a pé. Vou a ouvir música, lentamente ou rapidamente - como me apetecer - , se quiser, paro numa pastelaria ou algo assim e compro o meu lanche.

O professor Belpois dá-nos autorização para sair e toda a turma amontoa-se na pequena porta. Eu fico no fim da fila. Não me queria magoar e sei que se me meter ali no meio vou ficar dorida de certeza.

O caminho até casa é demasiado longo. As nuvens negras no céu mostram que em breve vai começar a chover e se eu não me despachar apanho uma molha, pois não trouxe o guarda-chuva. Tento-me meter por todos os atalhos. Pequenas ruas que me ligam ao outro lado, sem me obrigarem a dar uma enorme volta para seguir a estrada de alcatrão. Pingas finas e translúcidas de chuva começam a cair e eu acelero o meu passo.

Ao virar uma esquina, entro numa rua estreita e escura. Tinha algumas lojas, mas não muitas. No meio da rua, sentado na beira do passeio, estava um rapaz alto e loiro, a aguçar um ramo de uma árvore. As pessoas de ruas assustadoras são sempre como a própria rua - são assustadoras. Caminho normalmente pelo outro passeio e o rapaz levanta a cabeça. Oh meu Deus. Aqueles olhos azuis claros e brilhantes, aqueles cabelos loiros e aquelas pestanas compridas. Oh meu Deus. Niall Horan! O criminoso mais procurado desde há quatro anos!

A minha respiração fica cada vez mais ofegante e o meu corpo treme. Niall levanta-se imediatamente, atirando o pequeno ramo de árvore para um canto. Todas as pessoas que viram o Niall foram mortas por ele. E eu vou ser uma dessas pessoas.

Tento fugir, mas não consigo! O meu corpo fica colado ao chão até ele me empurrar contra a parede de pedra cinzenta. Uma arma é apontada cabeça e eu só sinto lágrimas a escorrerem pela minha cara, como cascatas.

Porque estará ele a demorar tanto? Eu já devia estar morta. Sem eu fazer a mínima ideia do porquê, Niall volta a colocar a arma na parte de trás das calças e eu fico sem saber se isso é um bom sinal, ou um mau sinal.

- Não devias andar por aqui sozinha. - ele fala severamente e um arrepio escorrega pela minha coluna vertebral.

                                                                                                                         

O máximo que eu consigo fazer é assentir com a cabeça. Pois não, não devia, teria evitado isto. Apesar de Niall ter guardado a arma, continua a prender-me entre ele e a parede gelada. Porque não me matou?

- Como é o teu nome? - ele pergunta e eu abro a boca para falar, mas não consigo, os meus lábios vibram com o medo.

- Di.. di.. Dianna. - respondo e, com o seu mais pequeno movimento, fecho os olhos com força.

- Que fazes aqui? - ele volta a fazer uma pergunta.

- V-vou... para casa... - respondo de uma maneira tremula e pausada.

Ele olha-me de cima a baixo, em silêncio. Os seus olhos azuis claros tinham ficado escuros de um momento para o outro e ao observar bem o seu rosto percebo o quão bonito ele é.

- Ouve, Dianna : Eu quero que amanhã venhas aqui, entendeste? Sozinha! - ele carrega na última palavra - Se não vieres, ficas só a saber que não é difícil eu arranjar maneira a saber onde vives e acabar com toda a tua família. - Niall ameaça - Vais voltar, não vais? - ele sorri maldosamente.

- Vou. - confirmo rapidamente.

Ele dá outro sorriso e acaricia a minha bochecha. Mas o quê?

Niall dá um passo para trás e eu verifico se ele me vai voltar a agarrar. Quando sei que não o vai fazer, começo a correr para o fim da rua. Felizmente, ele não vem atrás de mim.

Chego a casa exausta de tanto correr. Mesmo a saber que ele não me iria perseguir, eu não conseguia parar de correr. O pior é que vou ter de ir lá amanhã, senão adeus Mãe e adeus Daisy.

Fecho a porta e caminho para o interior da casa. Como sempre, a mãe não estava. Só a Daisy.

- A mãe já foi para o hospital. - ela informa-me de um modo rabugento e eu assinto.

Louis estava sentado com a Daisy no sofá. Não consigo entender o como a Daisy não vê que o Louis só a quer para lhe baixar as calças todas as noites, mas enfim. Eu e a Daisy nunca nos demos assim muito bem. Ela acha-se superior não só por ser mais velha : é conhecida na escola, mesmo que tenha reprovado três vezes, diz que é mais bonita que eu, diz que tem um estilo melhor do que o meu e, o pior : acha-se superior por ter tido não sei quantos namorados e por eu nunca ter tido nenhum e também porque eu sou virgem e ela não. Ela liga muito a isso, mas eu deixo para lá.

- Que foi, Diih? Estás branca! Viste um fantasma? - a Daisy pergunta no gozo.

- Oh... provavelmente só se viu ao espelho. - Louis continua a gozar.

- Por acaso eu vi... - começo, porém decido não acabar.

- Viste quem? - Louis sorri de um modo estúpido e eu prefiro ignora-los.

Sei que devia ter contado o que me aconteceu nem há quinze minutos atrás, mas não. Ela iria armar escândalo e eu não queria. Só não consigo entender uma coisa no meio de tudo o que aconteceu... Porque é que ele guardou a arma e não me matou? Porque quer ele que eu vá lá amanhã e nem sequer me faz mal nenhum? É estranho.

Importante: Olaaaaaaa!! Gostaram do capítulo? Volto a relembrar que a fic não é minha.

Questões do capítulo:

-Porque é que o Niall não a matou?

-Porque é que ele a quer lá amanhã?

Ponho o próximo se tiver 5 votos e 1 comentário.

Adeus crazy mofos!!

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