Capítulo 30 - Yes... Niall is my boyfriend

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Claro que ele não me desculpou. Ou isso, ou estava demasiado alterado e zangado comigo para aceitar as minhas desculpas. No entanto, ele não tinha razão nenhuma para embirrar comigo quando eu só não lhe contei uma coisa que ia contar mais tarde. Isso é, definitivamente, ridículo. Eu acho.

E, depois de andar dez minutos da rua do Niall até à minha rua, preparo-me para entrar em casa e calçar mais uns três pares de meias e calçar umas pantufas - se elas me couberem nos pés com tantas meias.

Nem a mãe nem a Daisy estavam em casa. A mãe, provavelmente, está no hospital; a Daisy estará, quase de certeza, com o Louis e festejar o primeiro de Janeiro, alegres, felizes, contentes. A fazer o quê? Eu nem sei. E, sinceramente, nem quero saber. 

O interior da casa está muito mais quente do que eu imaginava. Os ar-condicionados da cozinha e da sala estavam ligados e aqueciam o interior da casa enquanto uma rapariga gelada até aos ossos entrava e fechava a porta, lutando contra o vento para o fazer.

Corro para o andar de cima, subindo as escadas degrau a degrau e continuando a correr até ao fundo do corredor. Preparada para me aquecer em lotes de roupa quente, abro a porta do meu quarto e solto um grito. Mas como é que ele chegou primeiro do que eu?

"Boa tarde." Niall cumprimenta-me, deitado na minha cama.

"Mas como é que tu chegaste primeiro do que eu?" Questiono imediatamente, ignorando o seu cumprimento absurdo. Ele já me tinha visto hoje. Ontem, há dois e há três dias.

"Olha, quanto a ti não sei, mas eu vim de carro." Ele comenta. Estacionou-o onde?

"Ok, não interessa. O que fazes aqui?" Pergunto ao mesmo tempo que fecho a porta do meu quarto lentamente.

"Eu vinha pedir desculpa." Niall responde-me e eu deixo a cabeça tombar na porta.

"Vieste-me pedir desculpa porque..." Interrogo e ele suspira.

"Porque fui um idiota." Niall completa a frase.

"E..." Insisto.

"Porque fui um idiota e não tinha razão nenhuma para te ter gritado." Ele acrescenta.

"Enquanto..." Está a ser interessante ouvi-lo a falar com as minhas palavras.

"Porque fui um idiota e não tinha razão nenhuma para te ter gritado enquanto sabia perfeitamente que não podia fazer nada, mesmo se me tivesses contado." Ele acaba de dizer exatamente tudo o que eu queria que ele dissesse. "Eu só estava zangado. Eu pensei que me ias contar tudo. Só quero que confies em mim." Niall confessa, soltando um longo suspiro no fim.

Viro-me para ele, deixando a madeira envernizada da porta de madeira. Ele estava de cabeça baixa, fitando os seus dedos compridos a entrelaçar-se uns com os outros. Passados uns segundos, ele levanta a cabeça e pude ver no azul profundo dos seus olhos que ele estava arrependido. 

No entanto, a culpa não é só dele, embora ele goste imenso de assumir as culpas de tudo. Eu também errei. Não devia ter dito o que disse, não devia ter gritado com ele quando sabia que ele só queria proteger a sua família. Ele tinha razão naquilo. Não tinha a razão toda, mas tinha parte dela.

Eu nunca soube o que é ser o único capaz de defender uma família de cinco pessoas, onde uma das pessoas está prestes a morrer, a outra tem seis anos e ainda continua inocente e pura e não entende as situações. Sem pôr a Cheryl e a Isabela de parte, o Niall preocupa-se bastante com eles todos. E, mesmo que eu me preocupe muito com a minha família, nunca me irei preocupar ao nível dele.

"Eu também tenho de pedir desculpa." Admito e ele anui com a cabeça. Aproximo-me lentamente dele e sento-me na ponta da cama. "Eu ia contar-te, mas só depois do ano novo. Eu não queria um ano novo estragado como o natal." Confesso. 

Angel of Darkness ➵ horan ✔Where stories live. Discover now