Capítulo 35 - I need to find her

8.6K 424 12
                                    

 "Estou?" Atendo o Daniel, que está do outro lado da linha.

"Dianna? Estás com o Niall?" Daniel pergunta da maneira mais direta e descarada possível. Bom dia para ti também, idiota.

"Sim. O que queres?" Carranco. Agora que sei quem realmente gosta de mim, deixei de ter paciência para aturar quem nunca gostou.

"Um tipo qualquer apanhou-me com dois idiotas chapados e obrigou-me a dizer onde vivias." Ele avisa-me e eu fico à ver navios. Quem é que lhe perguntou e quem eram os dois idiotas chapados?

"Como era o gajo?" Niall questiona cortante. Ele consegue ouvi-lo? 

Só de olhar para o Niall percebe-se que ele desconfia de alguém.

"Era, tipo, moreno, mas tipo, não era aquele castanho escuro, era, tipo, castanho claro. E tinha barba da mesma cor, não muito grande. Alto, forte. E parecia mais preocupado com o Niall do que com a Dianna." Ele replica e o Niall cerra os olhos.

"Disseste onde ela vive?" Niall questiona

"Tipo, sim." Daniel replica e o corpo do Niall fica tenso. "Fiz mal nisso?"

"Vai-te foder!" Ele amaldiçoa-o e tira-me o telemóvel, desligando-o. "Merda! Agora o Jake sabe onde moras! Para além de estúpido, esse gajo ainda estorba." Niall insulta o Daniel.

"Niall, não o culpes, ele não sabia quem era o Jake." Defendo-o. Não é que goste do Daniel. Na verdade, odeio-o mesmo, mas ele não teve culpa nenhuma.

"Não o defendas, Diih!" Ele rosna e continua a conduzir. 

"Desculpa." Refilo e encosto-me à porta.

***

Sexta-feira, 6 de Fevereiro de 2014 

"Aff, que aula de filosofia tão... monótona!" Dudda reclama, abraçando os seus livros enquanto caminhamos até casa.

"Mesmo. O Sr. Finnigan estava a exagerar com a sua conversa sobre o príncipe William." Concordo com a Dudda e rimos no fim. 

O meu olhar prende-se aos três homens encostados à cerca da minha casa. Não conhecia dois deles, mas sabia perfeitamente que o terceiro era o Jake. O meu corpo petrifica a meio do passeio e obrigo, literalmente, a Dudda a parar e a olhar para mim, desentendida.

"Diih?" Ela chama ao mesmo tempo que eu observo o Jake e os seus colegas a vir na minha direção.

"Dudda, sai daqui e diz ao Niall que o Jake me apanhou." Peço e ela faz um ponto de interrogação com a cara.

"O quê?" Dudda interroga.

"Dudda, vai!" Ordeno e ela anda noutra direção.

"Boa tarde, Dianna!" O Jake cumprimenta-me da maneira mais fácil possível.

POV Niall

"Por amor da Santa, que raio de pornografia é esta?" O Zayn critica o filme. Já o está a fazer desde o início e admito que concordo com ele. "Nem um único 69?" 

"As pessoas mudam, Zayn. O porn também, pelos vistos." Harry troça e desatamos os três a rir, até o barulho agradável de um telemóvel tocar. 

O Zayn agarra o telemóvel e fica ligeiramente mais nervoso quando vê o ID. Certamente é a Dudda. Estes dois andam mais pegados do que a Melissa e o Harry. E, para ser honesto, a Dudda até me parece uma tipa porreira. E por falar em Dudda, associando à Diih: Ela não está a demorar muito a chegar aqui? Ela há a casa e depois tinha ter comigo.

"Olá, Dudda." Ele atende, sorrindo da maneira mais parva possível, quase a derreter.

"É assim que tu ficas quando atendes à Diih." O Harry goza comigo num sussurro e depois ri-se.

"O quê? O Jake apanhou a Diih?" Zayn repete a informação que a Dudda lhe deu e foi o suficiente para eu parar de rir e me esquecer por completo da frase anterior do Harry. "Sim, eu digo-lhe, obrigado." Ele desliga.

"O Jake tem a Diih?" Pergunto e o Zayn assente, receoso. "Ah, foda-se!" Carranco e pontapeio uma das almofadas que estava no chão.

O sangue pulsa violentamente nas minhas veias. O meu coração bate mais depressa e tenho um estranho fogo a percorrer todo o meu corpo. Eu vou rebentar com aquele sacana se acontecer alguma coisa à Diih! 
Mas onde é que ele está?
Alguém bate à porta e o Harry vai lá abrir, após aperceber-se que estou num estado de dinamite que ao mínimo incómodo explodir! Segundos depois, aparece o Liam! Ótimo! Era mesmo dele que eu estava a precisar.

"Localiza-me a Diih." Imploro-lhe e ele olha para mim, confuso. "O Jake tem-na, caramba! É difícil de perceber?"

"Espera um pouco." Ele pede e senta-se no meu cadeirão, indo à mochila e tirando de lá o seu tablet.

O ecrã do seu tablet fica preto com códigos verdes a preenche-lo. Não percebo nada de nada do que está na tela, mas prefiro esperar pela explicação do Liam. A certa altura, ele franze as sobrancelhas e fica a olhar pasmado para a informação recebida.

"Ou o meu sistema pifou ou a Diih está no teu carroo." Ele avisa-me e eu fico em estado pokerface. "Oh, espera. Tens o telemóvel da Diih?"

"Ya, ela deixou-o cá ontem." Respondo e ele leva as mãos à cabeça, desesperadamente.

"Merda! Sem o telemóvel, eu não a consigo encontrar, Niall!" Liam alerta-me, deixando-me num estado que eu nunca fiquei. 

Espera... o fio que eu lhe dei no aniversário! É isso.

"Tenta procurar naquele chip, ou seja lá o que for. Ela costuma andar com o fio que lhe dei." Sugiro.

O Liam vai a uma das suas milhentas pastas e procura o código do chip da Diih. Não sei como é que ele tem cabeça para decorar toda esta cena e conseguir trabalhar com estes números todos. Só de ver mais de quatro números juntos dá-me enjoos, como é que eu serei com este tablet durante um dia!? 
De repente, um mapa da cidade aparece no ecrã e vai-se aproximando de uma seta vermelha em andamento. De momento, eles estavam na rua Chancery Lane, a caminho de Holborn. O problema é que os tablets ainda não adivinham o futuro. Ou seja, não temos o destino deles.

"Não consegues saber para onde eles vão?" Interrogo desesperadamente.

"O Jake alguma vez te ligou?" O que é que isso tem a ver com a minha pergunta?

Ok... lembra-te... ele alguma vez te ligou? Sim! Na noite de Natal, o Jake ligou-me em número privado. Eu até passei o telemóvel à Diih! Mas era número privado, como é que ele vai conseguir encontrar o número. E, o maior problema, será que eu ainda tenho a chamada no registo?

"Sim, no Natal." Replico e ele parece que fica aliviado. "Mas não devo ter o registo da chamada, eu apago tudo passado umas horas!" 

"Eu arranjo-me, dá cá." Liam pede e eu dou-lhe o telemóvel.

O Liam pega no seu tablet cheio de códigos e tenta localizar o telemóvel. O que eu acho estranho, afinal, se o Jake estiver com o telemóvel, provavelmente vai-nos dar a mesma localização da Diih, não é? 
Entretanto, vamos andando para o meu carro e eu tiro-nos do espaço da casa do Harry, dirigindo-me à estrada principal. Enquanto o Liam me explica o que vai fazer, percebo melhor e, raciocinando bem, a ideia não é tão estúpida. Ele quer tentar saber onde o telemóvel do Jake costuma estar, pois, certamente, é na sua casa. Se o Jake andar sempre com o telemóvel e o telemóvel estiver muitas vezes localizado no sítio X, o Jake também se localiza lá mais vezes. Podemos descobrir onde ele vive com isto. 
Eis a questão : Que certeza temos nós de que ele a vai levar para casa? Como é que não sabemos que ele vai para uma fábrica abandonada ou para o meio do mato ou outra coisa? Eu não consigo acalmar-me enquanto conduzo. Não faço a menor ideia do que ele está a fazer ou vai fazer à Diih e só de pensar nisso...

"Ora bem, em primeiro lugar, acalma-te, ela não vai morrer!" Liam resmunga e eu tento não nos mandar de uma ponte a baixo. "Em segundo lugar, o telemóvel do Jake costuma estar quase todos os dias numa pequena vivenda, em Woking, no Surrey. Eles estão a sete minutos de lá e nós a 35 minutos, Niall."

"35? Foda-se!" Gesticulo bem a palavra e ele manda-me uns olhos arregalados"Atalhos, não há?" Questiono impacientemente. Se acontecer alguma coisa à Diih, o Jake é um homem morto!

"Está muito trânsito, és capaz de demorar quase uma hora, mas, de qualquer das maneiras, alguém pode ver-te se ficares parado no meio da multidão durante uma hora. Vais ter de ir pela estrada nacional..." Ele avisa-me e eu baixo a cabeça. Merda. "Isso é uma hora e quarenta minutos."

"Se eu acelerar, podemos demorar só uma hora!" Clico no acelerador e preparo-me para uma longa viagem. Porque é que ele mora tão longe?

POV da Dianna

"Não, por favor, para!" Grito e tento soltar-me da fita-cola preta que amarrou as minhas pernas e braço à mesa da sala do Jake.

A lâmina prateada e aguçada da sua faca perfura novamente na pele da minha perna. Ela desliza de uma maneira suavemente dolorosa, cortando a minha pele e fazendo-me gritar e chorar ainda mais. Ao todo já lá iam 19 compridos e marcantes cortes. Quatro num braço, sete no outro, cinco numa perna e agora um na minha outra perna. Ainda tenho um na minha barriga e outro na minha anca.

"Talvez seja o suficiente para ele vir aqui ter." Jake supõe, olhando para os seus colegas. 

O sangue escorre pelos meus membros enquanto a dor penetra no meu ser. A dor que sinto de momento é enorme e as lágrimas não param de ser derramadas pelos meus olhos verdes. Mas eu já sei que o Niall vem a caminho. A Dudda avisou-o, não avisou?

"Ele está a demorar." James critica e o Jake acente.

"Pega no meu telemóvel e liga-lhe." Ele ordena e o meu coração parece parar de bater durante uns segundos.

James procura o telemóvel do Jake pelo amontoado de tenda perto do sofá e liga ao Niall mal o encontra. Assim que ele atende, Jake agarra o telemóvel e olha para mim de uma maneira maliciosa.

"Então, Horan? Estás a demorar para chegar." Ele solicita e eu consigo perfeitamente sentir a irritação do Niall do outro lado da linha.

"O que é que tu lhes estás a fazer?" Ele brada de tal maneira que é possível ouvi-lo de onde eu estou.

"Porque não lhe perguntas?" Jake troça e aproxima o telemóvel da minha cara.

No exato momento em que eu ia falar, ou, pelo menos, dizer o seu nome num murmúrio, a lâmina afiada volta a perfurar a minha pele e, tudo o que sai da minha boca, é um berro de dor e desespero que serviu perfeitamente como resposta ao Niall. Mais sangue é derramado e eu acho que vou entrar em paranóia se ele não chegar cá num instante.

"Quando eu chegar aí tu vais morrer, Jake!" Niall ameaça num rugido e desliga o telemóvel.

Por momentos, posso admitir que vi o Jake ficar ligeiramente assustado. O telemóvel dele voa das suas mãos e pousa nas do James. A faca é pousada ao meu lado à medida que o sangue escorria para fora do meu corpo e o Jake andava de um lado ao outro. 

"Eu sou capaz de tudo, Dianna." Ele informa-me e eu engulo seco. "Sou capaz de maltratar um homem que salva vidas no mar e esfaquear uma rapariga tão bonita como tu. Enquanto o Niall não fazer o que eu mando, talvez continues a visitar-me mais vezes."

Os três abandonam a sala e eu sou deixada ao frio, na dor, no sofrimento, a desesperar e a tentar libertar-me. Não sei quanto tempo é que eles vão demorar a chegar, mas eu sei que estão para vir, ou o Niall, pelo menos. Assim que o Liam me conseguir localizar, eles virão em minha ajuda. Eu sei que sim. Só tenho de esperar.
No entanto, à medida que o tempo vai passando, a minha esperança vai diminuindo. E se eles não me conseguirem encontrar? Quanto tempo é que eu vou ficar aqui, amarrada, quase nua, cortada em quase todo o meu corpo e a desesperar? Todo o meu corpo está, literalmente, embebido em sangue. Se não sair daqui rapidamente, vou ficar sem sangue, vou morrer, eu vou entrar em paranóia! 
Embora esteja sem forças, eu tento soltar-me. A fita-cola preta resistente dá voltas às pernas da mesa, passando pelos meus pulsos e tornozelos. Cada pulso e tornozelo está preso a uma das pernas de de ferro da mesa de madeira e eu acho que nunca em um milhão de anos eu ira conseguir sair daqui. 
Quase uma hora depois de ter sido abruptamente maltratada, o som repentino de um tiro acorda-me do meu leve sono de impaciência e esperanças quase nulas. Rapidamente, o ambiente fica mais barulhento e eu tenho quase a certeza que ele chegou. 
Não sei o que estão eles a fazer uns aos outros, não quero saber, não gostava de assistir, só quero que uma das pessoas que gosta de mim entre por aquela porta e me tire daqui! E acho que Deus ouviu as minhas preces. A porta abre-se num estrondo e um rapaz loiro entra por ela, correndo até mim.

"Oh, merda, Dianna!" Niall ajoelha-se ao meu lado e tenta tirar a fita-cola com uma pequena navalha. 

Pouco a pouco, o meu corpo vai sentindo-se mais livre e aliviado, apesar de todas as feridas e do sangue a caminhar em minha volta e a cair no chão. Niall pega nas minhas roupas e entrega-mas e eu sinto-me envergonhada por estar à frente dele... de lingerie. Fantástico.
Começo pelas minhas calças, camisolas e depois visto o casaco. O tecido a raspar de leve na minha pele arrepia-me e faz a minha epiderme e derme gritarem por ajuda! Por fim, peço ajuda ao Niall para me calçar as Air Force e ele calça-mas com cuidado e vai apertando os cordões.
Assim do nada, começo a sentir-me tonta ao mesmo tempo que os tecidos ficam manchados de sangue. Um grito de dor vagueia e ecoa pelos corredores e Niall coloca o meu braço sobre os meus ombros e começamos a correr. Não tenho força minimamente nenhuma nas minhas pernas. Estou, metaforicamente, a ser arrastada. Mal saio da sala, o Liam vem ter comigo e coloca o meu outro braço sobre os seus ombros.

"O Jake?" Niall pergunta e el bufa.

"Fugir, aquele covarde fazendeiro devia ser atropelado por um trator em andamento!" Liam amaldiçoa-o e não tenho nem forças para rir.

"E os outros?" Ele insiste. 

"Um está no chão." Liam aponta e olhamos para o chão, onde o colega loiro aruivado do Jake estava, acho que desmaiado. Ou isso, ou levou forte pancada... do Niall ou do Liam?

"E o outro? Eles não eram dois?" Niall continua a insistir.

"Não sei do outro! Eu ia dar-lhe um biqueiro, mas ele voou antes de eu lhe acertar! Deve ter ido com o Cake*" Ele goza e o Niall revira os olhos. [*Cake, que rima com Jake, é bolo em inglês, uma expressão que eu uso para chamar as pessoas de covardes e medricas *-* "pareces um bolo, ca...ra...lh0 xD]

Sou deitada delicadamente nos bancos de trás do carro antes do Niall e do Liam entrarem para os lugares da frente. As mãos do Niall quase esmagam o volante e o Liam atira-me o meu telemóvel. Consigo agarrar o pequeno objeto e pergunto-me para quê que ele mo atirou... para o devolver?

"Liga à tua mãe ou para o hospital e diz para ela ir para casa o mais depressa que puder. Vais ter de ser tratada e acho que não vais explicar essa história a nenhum outro médico sem ele te chamar de maluca." Ele esclarece-me.

"Eu não consigo falar." Gemo no tom mais baixo que consigo e o Liam volta a pegar no telemóvel.

"Eu ligo. Descansa..." Ele diz e eu meio que assinto ao mesmo tempo que tento respirar calmamente. Já que, certamente, não vou morrer com falta de sangue, ao menos não morro com falta de oxigénio nos meus pulmões.

***

POV Niall

"Ah! Dianna Sparks!" Caroline guincha ao ver a sua filha entrar pela porta de vidro que dava para o jardim das traseiras. "O que é que lhe aconteceu?"

Não consigo responder a esta pergunta. As palavras dela no dia em que descobriu tudo foram bem guardadas na minha mente - '[...]se acontece alguma coisa à minha filha por tua causa, ficas a saber que eu sei o número da polícia de cor e salteado!". Eu pouco me importa se vou preso agora. O que me importa agora é que eu vou para uma prisão da Irlanda e não poderei ver a Diih, nunca mais. 

"O Niall tem um inimigo muito fixe que está meio obcecado pela Diih e pelo seu rabo." O Liam explica tudo e eu lanço-lhe um olhar aborrecido. A sério que ele disse aquilo? "Leve-a para o hospital, ela está toda cortada à machado."

"Foi com uma faca." Diih corrijo-o e ele encolhe os ombros.

"Uma faca de nome machado." Isto é uma das coisas que o Liam tem de bom : até nos piores momentos, ele consegue pôr um pouco de humor. Mas não nestes momentos!

"O que é que ele quer da Diih?" Daisy questiona e o Liam encolhe os ombros.

Caroline passa gentilmente a sua mão pelo braço da Diih. Os olhos entreabertos dela, quase a fechar-se, mostram que ela está a precisar de um tratamento, urgentemente. Durante a demonstração de afeto e preocupação entre a mãe e a irmã da Diih para com ela, a minha mente navega até às imagens do Jake e aumentam o meu desejo de querer pegar nele e enfia-lo na porra da guilhotina!
A próxima vez que eu vir aquele gajo, posso garantir que ele não sai da minha beira sem levar uns quantos socos, uns ossos partidos, não sei quantos estalados, e é para não levar um tiro! Quando eu for apanhado - que mais tarde ou mais cedo vou ser - não tenciono ficar preso por merdas que não fiz e se ele morrer, a verdade morre com ele. A quantidade de pessoas que ele matou em meu nome!
Por isso, por mais vontade que tenha de vingar a Diih e acabar com a vida de merda dele, não posso. Pode parecer egoísta, mas prefiro uns 20 a 40 anos de prisão. 20 anos sem a Diih. Eu não vou ficar com ela para sempre, o para sempre já nem na Disney é usado, mas eu não espero que acabemos tão rápido. Ela tornou-se parte de mim em tão pouco tempo que só de olhar para ela neste estado me doi o coração.
Oh, mas ele vai paga-las. 
É só encontra-lo.

"Eu vou leva-la ao hospital." A sua mãe avisa-nos e tenta levar a sua filha na direção do carro. "Posso dizer que tiveste uma crise adolescente e te auto-mutilaste de uma maneira exagerada, assim não arranjamos problemas nem para ti, nem para o Niall e Liam." Ela acrescenta.

O Liam ajuda a Caroline a levar a Diih para o carro. Sento-me no sofá e tombo a cabeça nas minhas mãos, apoiando os meus braços nos meus joelhos. O meu estado vulnerável capta a atenção da Daisy e, muito sinceramente, não acho que me apeteça falar com ela.

"Está tudo bem?" Ela interroga e eu reviro os olhos por de trás das minhas mãos. 

"Ya, não dá para ver?" Resmungo e ela suspira.

"Ela vai ficar bem. Fica sempre." Daisy assegura-me, mas eu preciso mais do que isso, porra! "O que é que se passa?"

"Tu não estivesta cá no dia em que eu apareci misteriosamente nesta sala, foda-se?" Estou demasiado irritado para ser simpático com a minha cunhada momentanea.

"Ela não vai chamar a polícia." Ela garante e eu rio.

"E que chame a polícia, bombeiros, a C.I.A. e não sei mais quem, nao quero é que ela me separe da Diih." Refilo e é ela que se ri agora.

"Oh, que fofo." Daisy elogia e eu vou precisa de contar até dez mentalmente. Eu não quero ser irritado, enervado, chateado, espezinhado agora! "A minha mãe não se mete no meio de vocês dois, não te preocupes."

"Ya, nem estou preocupado nem nada." Nem sei como falei num tom tão neutro e não usei ironia, meu Deus!

"Pode parecer que não, mas a minha mãe até que gosta de ti. Ela está sempre a tentar saber o que é que tu e a Diih fazem quando estão sozinhos. Ela pensa que vocês estão constantemente enrolados, mas eu não acho, a Diih é a santinha da família." Conta até dez... conta; até; DEZ!

Um. 
Dois.
Três...

"Ou estou enganada?" Quatro. Cinco. Seis. Sete. "Estás a ouvir-me?" Oito. Nove. Dez... suspiro e tiro a cabeça das minhas mãos olhando para ela.

Porra, agora que a observo melhor, vejo mesmo que elas duas são iguais. Era só a Daisy ter olhos verdes e ser mais bonita. E ter mais tetas, meu Deus. 
O que é que eu estou para aqui a dizer?

"Estou!" Respondo, fingindo estar feliz e contente e alegre. Ela revira os olhos.

Foda-se, é mesmo chata.

Angel of Darkness ➵ horan ✔Where stories live. Discover now