Angel of Darkness ➵ horan ✔

Capítulo 25 - Talk...

Os meus maus pressentimentos costumam estar certos. Alias, sempre estiveram. E, hoje, tenho um mau pressentimento acerca do Niall me vir buscar à escola. Não sei porquê. O que ele está a fazer é demasiado perigoso. Tudo só porque me quer dar uma relação normal. Mas será que ele não entende que eu não quero uma relação normal?

Eu gosto dela como ela está. Simples, divertida, diferente. É um sonho tornado realidade - ter um príncipe que faz tudo por mim. Ou melhor, que faz demais por mim. Não sei o que é que faço se ele for apanhado enquanto me vem buscar à escola. Estou com medo. Talvez, com mais medo do que ele. Talvez, eu entre em pânico. Primeiro do que ele.

Ele não me mandou nenhuma mensagem desde ontem à noite. Ele não é de mandar mensagens. Mesmo assim, eu estou a recear que algo lhe tenha acontecido.

Quando saio da calçada de paralelos e entro numa estrada de terra, o vento para de levantar os meus cabelos graças às árvores altas, que fazem um ótimo escudo contra ele. O chão tem marcas de pneus de motas e de carros. Espero que ninguém se lembre de vir aqui enquanto o Niall e eu cá estivermos. Contudo, as marcas dos pneus parecem muito frescas. Demasiado frescas.

Uns segundos depois, avisto mais do que um carro. Quando me aproximo mais, vejo carros da polícia. Do carro preto do Niall não há sinal. Oh meu Deus, eu espero que não lhe tenha acontecido nada!

Decido dar meia volta e ir para casa. Porém, um dos homens vê-me e chama-me. Age normalmente, Diih, age normalmente. Tu não conheces o Niall Horan, tu não fazias a menor ideia de que ele vinha para aqui, neste dia, neste preciso momento.

- Boa tarde, em que posso ajudar? - pergunto, tentando engolir o pânico que apareceu em forma de cacos de vidro, arranhando a minha garganta.

- Bom tarde, menina... - ele cumprimenta-me...

- Dianna. - respondo e tento sorrir. Tenho um enorme nó a formar-se na minha garganta.

- Posso saber o que está a fazer aqui, menina Dianna? - o homem robusto questiona, fitando-me com o olhar negro. Engulo seco.

- Eu costumo ir a pé para casa e passo sempre por aqui. É o atalho que mais rápido me leva a casa. - minto, mas acho que pareço convincente. Vamos lá ter esperança de que o polícia não é como o Niall - que sabe quando as pessoas mentem.

- Então, aconselho-a a deixar de vir por estes caminhos, se não deseja uma morte dolorosa. - ele aconselha.

- Porquê, o que se passou? - interrogo e vejo na face do homem que ele falou de algo que não devia.

- Não quero alarmar, mas ligaram para nós a dizer que o senhor Niall Horan foi avistado aqui, há cerca de cinco minutos. - oh, bolas.

- Apanharam-no? - pergunto.

- Não, ele fugiu. Como sempre. - ele volve, desiludido.

- Ok, obrigada pelo conselho. Nunca mais volto aqui. - despeço-me e volto para trás.

Após entrar na calçada novamente, desato a correr em direção do apartamento do Niall. Se eu chegar lá e não o vir... dá-me uma coisinha má. Definitivamente. No entanto, o caminho parece ser ainda mais longo do que o habitual, mesmo que esteja a correr. Estou cansada, não costumo correr assim tanto, mas não consigo parar. O coração parece estar a bater na minha boca, à medida que o sangue pulsa rapidamente nas minhas veias.

Foram uns sete minutos a correr desesperadamente até virar a esquina e ver a rua deserta. Pela janela da varanda, vejo que a luz está desligada, o que diminuí as minhas esperanças de o Niall estar em casa. E de estar bem.

Entro no prédio e subo as escadas até ao apartamento. Abro a porta com a chave que estava debaixo do tapete e dou com o Niall na sala. A sua cabeça enterrada no sofá e o espaço completamente vazio.