Capítulo 14

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-Tem certeza disso?

-Absoluta, nunca colocaria a vida do meu filho em risco!

-Mais que droga!

-O que está acontecendo?

- Não olhe para os lados! Finja que ainda estamos conversando e me siga.

-Eles vão atirar! O meu filh...

-Não vou deixar que nada aconteça a ele, é uma promessa!

Tales suspira claramente preocupado, e levanta do banco, me ajudando a carregar a criança até o seu carro. Quase que imediatamente os carros que ali estavam deram partida, e os outros, procuraram estar atentos a qualquer movimento do veículo.

-Você vai nos matar! - murmura Tales.

-Vai ficar tudo bem. - Digo, olhando pelo retrovisor.

-Tem certeza disso?

-Não.

-Como não?! Se meu filho morrer por sua culpa eu nunca vou te perdoar!

-Perdoar? Logo você? Sua dívida é grande!

-Você prometeu que não deixaria que nada acontecesse ao James. Cumpra a sua palavra!

Olho mais uma vez pelo retrovisor, alguns homens armados se aproximavam discretamente do carro. Se quisesse manter aquela criança em segurança, teria que agir agora, ou tudo estaria perdido.
Aperto os olhos, tentando enchergar alguma pista que identificasse a qual lado aqueles agentes pertenciam. Viro para trás, e sorrio para o bebê. Posso ter o sequestrado, mas nunca deixaria que algo acontecesse a essa criança, e minha presença nesse carro é um risco para sua saúde.
Abro a porta do carro, e saio com as mãos erguidas atrás da cabeça. Os agentes que ali estavam, apesar de surpresos, se aproximaram com cautela, prontos para me algemar. Pelo canto dos olhos conto o número s agentes com carros, e aqueles que estavam apé. Eu poderia resistir, mas no final, com certeza seria pega. Por isso, a decisão mais sabia foi esperar, até ter a oportunidade perfeita de escapar.
Ajoelho no chão, ainda com as mãos na cabeça, e a última coisa que sinto são dedos frios segurarem minha cabeça enquanto injetavam algo no meu pescoço.

(...)

Abano a cabeça sobre a luz que machucava os meus olhos, tentando espantar aquela sonolência incômoda. Não sei exatamente onde estou, ou o que é essa droga de luz, mas sei que não estou em casa. Franzo a testa, me acostumando com a claridade, e verificando a lateral do meu corpo, minha arma e meu celular ainda estavam lá. Provavelmente a pessoa que me sequestrou já sabe disso.
Apoio às mãos no que parecia ser uma espécie de maca e levanto, lembrando de firmar os pés antes de soltar o peso sobre o chão.
Olho ao redor buscando alguma porta, mas a sala era inteiramente branca, tornando impossível a tarefa de identificar a saída, já que nenhum lugar da parede tinha uma maçaneta. Batuco a extensão branca, em busca de um espaço oco que denúnciasse a localização da porta.
Entretanto, antes que pudesse encontra-lá, dois homens de preto entram na sala, carregando seus fuzis ao lado do corpo, de forma ameaçante.
Permito-me ser arrastada por corredores ainda mais brancos. Aquilo, de certo modo, começou a me lembrar da OSCU. Tudo parecia igual, e a hipótese de ter sido pega pela organização começou a me aterrorizar ainda mais quando notei que o ritmo dos passos dos agentes diminuíram. Após três batidas, de algum modo estranho, eles sabiam que poderiam entrar. Sou posta para dentro do cômodo, sem o mínimo de cuidado possível.
Levanto do chão com rapidez, sentindo uma leve dor no meu braço direito, olho para o local, e somente então me dou conta de que além do sonífero, algo mais foi injetado. Endireito a postura, sobre o olhar superior de Dylan. Noto pelo canto dos olhos, a presença de Alex no local.

Agente Morgan 3Where stories live. Discover now