Capítulo 28

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-O chefe de segurança vai te encontrar lá dentro, Morgan. - murmura Miller. -Você é uma consultora de segurança, e está aqui para vender um novo sistema de detecção de movimento.

-Aham, alguma ideia do tipo de sistema de detecção? - questiono tirando os pés de cima do painel do carro e apertando o telefone.

-Há algumas informações dentro de um panfleto, no porta-luvas.

Abro o porta- luvas e retiro o papel vermelho, lendo alguns pequenos fragmentos para ter noção do produto que venderia.

-Olha! Tem até um número de telefone! É meu? - questiono.

-Não. Boa sorte Agente Morgan. Estaremos esperando na Ala norte.

-Obrigada.

Olho pelo vídro do carro, contando o número de guardas que peranbulavam pelo pátio do outro lado da cerca de arame.
Desço do carro e acomodo os fios do meu cabelo loiro que escapavam do coque. Sim, fui obrigada a pinta-lo e usar óculos. Tudo isso para garantir que ninguém daquela prisão me reconhecesse.
Atravesso a portaria, com autorização liberada graças ao crachá falso que Noah fez, e deixo-me ser revistada. É frustrante entrar num lugar como esse sem as minhas armas. Por sorte, Sara teve a brilhante ideia de me emprestar um Hashi pontiagudo para prender o cabelo. Talvez ele tivesse alguma utilidade.
A grande prisão secreta da CIA se localizava no meio de uma floresta. Na verdade, essa é uma prisão conhecida, mas o que as outras pessoas realmente não conhecem é a parte subterrânea, onde ficavam os prisioneiros da agência.
Sigo um homem Baixinho até uma sala separada, onde um homem me fez sentar numa cadeira fria e dura para o interrogatório. Colocando cada fio e mecanismo necessário no meu corpo, para iniciar as perguntas.

-Seu nome é Natália Morse?

-Sim.

-Tem 24 anos?

-Sim.

-Com quantos anos terminou o ensino médio?

-17.

Seguro um suspiro. Tudo estava indo bem. Era só ficar calma.

-Em que ano você nasceu?

-1993.

-Pra que companhia trabalha?

-Segurity and Privacy.

-Já esteve numa prisão antes?

-Sim.

-Já foi presa?

-Não.

-Já foi acusada de algum comportamento ilícito?

-Não.

Ouso um apito, e a máquina que escrevia a minha frequência cardíaca no papel treme. Ele me olha, repetindo a pergunta.

-Bom... Já dirigi bêbada, isso conta? - minto.

Fico aliviada quando a máquina volta a funcionar e ele parte para a próxima pergunta.

-Já matou alguém?

-Não.

O apito soa novamente.

-Matei um pássaro, mas foi sem querer, foi ele que não saiu da pista! Isso conta como "alguém"?

-Não. - responde.

Ok, estou me saindo bem... nesse pique consigo convence-los.

- Por qual motivo você mataria alguém? - indaga.

Por perguntas como essas...

-Não sei... Por medo?

-Responda, não pergunte.

Agente Morgan 3Where stories live. Discover now