-O chefe de segurança vai te encontrar lá dentro, Morgan. - murmura Miller. -Você é uma consultora de segurança, e está aqui para vender um novo sistema de detecção de movimento.
-Aham, alguma ideia do tipo de sistema de detecção? - questiono tirando os pés de cima do painel do carro e apertando o telefone.
-Há algumas informações dentro de um panfleto, no porta-luvas.
Abro o porta- luvas e retiro o papel vermelho, lendo alguns pequenos fragmentos para ter noção do produto que venderia.
-Olha! Tem até um número de telefone! É meu? - questiono.
-Não. Boa sorte Agente Morgan. Estaremos esperando na Ala norte.
-Obrigada.
Olho pelo vídro do carro, contando o número de guardas que peranbulavam pelo pátio do outro lado da cerca de arame.
Desço do carro e acomodo os fios do meu cabelo loiro que escapavam do coque. Sim, fui obrigada a pinta-lo e usar óculos. Tudo isso para garantir que ninguém daquela prisão me reconhecesse.
Atravesso a portaria, com autorização liberada graças ao crachá falso que Noah fez, e deixo-me ser revistada. É frustrante entrar num lugar como esse sem as minhas armas. Por sorte, Sara teve a brilhante ideia de me emprestar um Hashi pontiagudo para prender o cabelo. Talvez ele tivesse alguma utilidade.
A grande prisão secreta da CIA se localizava no meio de uma floresta. Na verdade, essa é uma prisão conhecida, mas o que as outras pessoas realmente não conhecem é a parte subterrânea, onde ficavam os prisioneiros da agência.
Sigo um homem Baixinho até uma sala separada, onde um homem me fez sentar numa cadeira fria e dura para o interrogatório. Colocando cada fio e mecanismo necessário no meu corpo, para iniciar as perguntas.-Seu nome é Natália Morse?
-Sim.
-Tem 24 anos?
-Sim.
-Com quantos anos terminou o ensino médio?
-17.
Seguro um suspiro. Tudo estava indo bem. Era só ficar calma.
-Em que ano você nasceu?
-1993.
-Pra que companhia trabalha?
-Segurity and Privacy.
-Já esteve numa prisão antes?
-Sim.
-Já foi presa?
-Não.
-Já foi acusada de algum comportamento ilícito?
-Não.
Ouso um apito, e a máquina que escrevia a minha frequência cardíaca no papel treme. Ele me olha, repetindo a pergunta.
-Bom... Já dirigi bêbada, isso conta? - minto.
Fico aliviada quando a máquina volta a funcionar e ele parte para a próxima pergunta.
-Já matou alguém?
-Não.
O apito soa novamente.
-Matei um pássaro, mas foi sem querer, foi ele que não saiu da pista! Isso conta como "alguém"?
-Não. - responde.
Ok, estou me saindo bem... nesse pique consigo convence-los.
- Por qual motivo você mataria alguém? - indaga.
Por perguntas como essas...
-Não sei... Por medo?
-Responda, não pergunte.
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Agente Morgan 3
ActionEncarar uma traição nunca é fácil... ainda mais quando foi ela que te levou a ser uma ameaça mundial. Natasha Morgan luta contra todos os seus instintos, deixando de lado aquilo que é certo, para fazer o que acredita ser o melhor. Mas antes, s...