Capítulo 22

2.6K 248 107
                                    

Philip sorri satisfeito, procurando entre seus pertences algo que parecia perdido na sua gaveta. Descruzei as pernas, sabendo que tomei a decisão certa e tomei o objeto metálico que ele me estendia. Era uma carteira, e dentro, havia minha identidade de agente com um distintivo. Ele já tinha tudo pronto?

-Bem vinda ao FBI.

-Obrigada.

-Quer informar os seus colegas, ou eu mesmo faço? - indaga.

-Pode deixar, falarei com eles.

-Muito obrigada, estarei realmente ocupado, mas se precisar de qualquer coisa, venha diretamente a mim.

-Ah, e quanto a Miller, ela está a cargo da força tarefa, mas vocês duas estão no mesmo nível. Ambas são agentes de elite.

-Obrigada, já posso ir?

-Claro Srt... quer dizer, Agente Morgan.

Sorrio de forma simpática antes de sair da sala e tomar o elevador para o andar onde trabalharia. Agente. É tão esquisito ser chamar assim. Passei anos sem ter esse nome atrelado ao meu, e agora, me sinto incomodada por voltar a ser chamada desse modo. Talvez seja a falta de costume.
Guardo a pequena carteira no bolso, e adentro a sala que minutos antes discutíamos sobre a missão, me assentando ao lado de Alfie, o único lugar vago na mesa. Ele logo tratou de me atualizar sobre o que estavam conversando. Aparentemente o homem que encontraram no cassino se chama Felix Doyle e não apresenta nenhum antecedente criminal. Ao que tudo indica, o homem desempenha uma função de informante entre os criminosos, ele diz á aqueles que pagam bem onde está o que procuram. No geral, é um bom ramo, não suja as mãos e devido a importancia das suas o informações, sempre será mantido vivo.
Não sei exatamente o que fizeram, mas depois de quase quatorze horas de interrogatório, Felix finalmente decidiu abrir a boca. Segundo ele, negociou a alguns meses a localização de Ducler com um casal de jovens criminosos. Não conhecia os dois, mas sabia pelo modo de agir, que trabalhavam para alguém importante. Doyle até tentou descrever o casal, mas o fato de que tudo tenha ocorrido a um bom tempo, não ajudou a sua memória.

-Talvez existam câmera no cassino. -sugere Simon.

-Acho pouco provável, lá é um lugar de negócios, e câmeras não garantem privacidade.

Noah e Simon, cada um em um notebook, digitam freneticamente. Ambos pareciam competir entre si, buscando saber quem era o mais rápido e competente entre os dois. Olho para as pessoas que esperavam pacientemente o resultado das pesquisa, só eu notei esse sentimento de rivalidade?

-Aqui. - diz Simon, quase que gritando. - Existe uma câmera na entrada.

-Isso não ajuda muito. -murmura Diogo.

-Ajuda se Doyle conseguir identificar o casal, com um vídeo é muito mais fácil. - diz Miller.

-Conseguiram as filmagens? - questiona Jack.

-Ainda não. - responde Simon.

-Mas eu consegui! - intervém Noah.

- Como você...?

-É um novo programa que inventei.- se gaba.

Simon revira os olhos, e cruza os braços com um leve ar irritado.

-Agora só precisamos chamar Doyle e esperar que ele identifique os suspeitos. - diz Alfie.

-Isso pode demorar a tarde toda, a menos que ele saiba a data, não há como saber o dia em que se encontraram.

-Posso usar um programa de reconhecimento facial, assim podemos filtrar e descartar algumas filmagens.

-E como pretende fazer isso espertinho? Não sabemos a identidade do casal! - fala Noah.

Agente Morgan 3Where stories live. Discover now