Vinte e sete - Mason

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Mason Cooger

O colégio foi a porra do tédio de sempre, não vejo a hora de pegar meu diploma e sair do ensino médio, fico de cara toda vez que lembro do meu entusiasmo parar entrar nessa droga a três anos trás. Quando o sinal soou indicando o fim das aulas, só faltei levantar as mãos pra cima agradecendo de tão feliz.

Camila não tem nada pra fazer então ela vai passar a tarde toda em casa. Victor ficou de trazer minha mãe de voltar para casa, então não tem com o que se preocupar, a supressa vai rolar como planejado.

Pego o tablet em cima do sofá na sala, enquanto ligo-o, vou em direção das escadas e Camila me segue até meu quarto para guarda sua mochila, onde entramos e eu aproveito e me jogo em cima da minha cama e no mesmo minuto já começo a mexer no aparelho.

Ela entra no banheiro para se trocar e enquanto isso vasculho todos os restaurantes da cidade. Meu celular vibra em cima da cama tirando minha concentração. O visor marca uma nova mensagem de texto de um número desconhecido. Aperto no contato pra ver de quem se trata e a foto de Neal invade a tela do meu iPhone.

Reviro os olhos.

Como conseguiu meu número? Que eu saiba eu troquei quando sai da cidade.

Antes que eu possa deitar de volta na cama meu celular vibra indicando uma nova mensagem.

Posso ser bem persuasivo quando se trata do amor da minha vida.

Gargalho alto lendo a primeira mensagem de texto. Me impressiono ao escutar o tom da minha risada, não me lembrava que era tão alta assim. É até estranho sorrir de forma natural sem poder controlar depois de tudo.

Obriguei Victor a me passar.

Tô com saudades, cara.

Não aguento mais ficar com esse bando de menina no almoço, tô me sentindo gay.

Se eu pintar meu cabelo de rosa daqui uma semana a culpa é sua.

Antes que eu possa responde-lo, a porta do banheiro é aberta. Camila sai com um vestido neutro de tecido fino, com o comprimento que vai até suas coxas. Apesar dele ser bem colado no corpo marcando suas curvas, o que mais se destaca é seu cabelo em chamas.

— O que foi? — ela pergunta sem entender a expressão do meu rosto, que só notei que ainda havia um sorriso presente nos meus lábios, no mesmo momento que ela falou.

Fecho a boca.

— Nada. Agora vem ver o restaurante que eu achei — digo já sentando na cama e logo em seguida ela se senta ao meu lado — Aqui tem comida caseira, do jeito que a minha gosta — argumento, já querendo o restaurante.

— Mason, e se nos dois... Bom, e se a gente tentar fazer algum prato. Sei que dá mais trabalho, mas vai que ela fica mais feliz — Camila rebate a minha ideia me fazendo pensar sobre o assunto — e você pode comprar a sobremesa separado — continua.

— Pode ser, mas já vou avisando que eu sou péssimo.


Vou buscar a sobremesa em uma loja de doces que Camila sugeriu enquanto isso ela ficou preparando o prato, uma lasanha. Mandei a cozinheira em bora assim que entrei na cozinha com ela, claro que a mulher ficou olhando com uma cara de "Vocês dois vão bagunçar minha cozinha", na real nem vou com a cara dessa cozinheira. Quando volto com a sobremesa, — que eu já esqueci do nome — mas pelo o que eu vi tem algo com chocolate e morango no meio. Camila guarda na geladeira e volta para seus afazeres, como eu sou inútil com qualquer tipo de culinária, fico com a parte de cortar alguns legumes que deve ir para o molho.

Depois de cotar todas as cebolinhas, sento na banqueta em frente a ilha e volto a falar com Neal que finge estar bravo comigo por ter ficado no vácuo. Trocamos várias mensagens de texto e de áudio, e ele me conta de como as coisas estão diferente no colégio depois que eu sai, mas não dá muitos detalhes. Em nenhum momento ele toca em Lauren, as vezes sinto que as pessoas do meu passado pisam em ovos quando falam comigo. Uma sensação de saudades me invade, acho que ele é um dos únicos amigos que mais me faz falta nessa confusão toda.

Camila pede para mim pegar os pratos e talheres, largo o celular na ilha e me levanto.

— Mason você sabe ligar esse forno? — Camila pergunta, enquanto eu pego alguns pratos de dentro do armário.

— Sei — respondo largando os pratos em cima da ilha e indo até ela.


Enquanto eu ligo o forno na temperatura certa, meus olhos se fixam como um imã em Camila que esta terminando de montar a lasanha. Ela está de costas para mim com o corpo inclinado para ilha, o tecido fino do vestido marca sua bunda redonda e suas pernas praticamente estão tudo amostra, embora ela estivesse normal, algo nela parece ter mudado. Talvez seu cabelo, eu nem reparei muito antes, mas depois que Camila foi ao salão de beleza, ela optou por deixar seu cabelo menos armado e agora seus cachos estão brilhosos. Eu sempre a olhei como uma pessoa que pudesse me ajudar em um plano maluco. Mas agora não... estou diante de uma mulher, não como antes, que era apenas uma garotinha tímida do ensino médio. Neste exato segundo ela parece ser sensual e ate gostosa... eu nunca enxerguei isso com tanta clareza em Camila.

Esse lado lascivo.

— Mas que porra! — grito assustado quando algo quente entra em contato com a minha pele, só ai percebo que encostei meu dedão em uma panela quente que fermenta água, que eu não faço a menor ideia pra que seja. Tudo estava tranquilo demais, para ser verdade.


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