Capítulo 3 - Batalha em Tubbler (Parte 2)

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Spaak corria através das pedras salientes e robustas da região montanhosa. Logo atrás dele, vinha Aghata, que demonstrava visível urgência em seu rosto preocupado. Ela surpreendeu-se ao ver o outro mestre parando bruscamente.

– O que foi Spaak? – perguntou ao parar ao seu lado.

– Siga em frente, logo eu te alcanço.

– Por quê?

– Cinco ou seis dos taurinos guerreiros se aproximam pelo norte. Vou enfrentá-los. Você deve chegar até os shamans e impedi-los de lançar um novo Taz Rashon, senão os garotos estarão perdidos.

– Mas não posso te deixar sozinho contra cinco deles.

– Não se preocupe comigo. E você deve me esperar para lutar. Apenas os distraia e os separe, evitando um confronto direto.

– Você quer dizer que não sou capaz de enfrentá-los sozinha?

– Não dificulte as coisas, Aghata. Não quero ver nenhum de meus amigos mortos. Sei que estou te pedindo algo muito perigoso, mas não podemos ficar os dois esperando aqui, logo eles vão atacar os garotos de novo.

– Certo. Eu vou – respondeu contrariada.

– Aghata, não tente bancar a heroína.

– Faça o que digo, mas não faça o que eu faço.

Spaak sorriu com o comentário.

– Exatamente. Agora vai!

Ela correu para a direção em que seguiam e o Firyn ficou ali esperando. Não levou nem mais um minuto para que poderosos taurinos surgissem com suas enormes maças. Eles eram em número de seis e já investiam contra o mestre.

Ao conjurar um crisis katris duas esferas em chamas se formaram nas palmas das mãos de Spaak. A seguir, ele movimentou os braços com velocidade, transcrevendo uma meia lua com cada um e deixando-os apontados para os inimigos. As chamas se espalharam e avançaram provocando explosões intensas. O taurino que estava na frente acabou ficando no epicentro das explosões e teve o corpo totalmente carbonizado e desfigurado.

Os dois últimos taurinos conseguiram escapar ilesos, mas os outros três sofreram queimaduras, sendo que um perdeu o braço esquerdo e teria de carregar a maça apenas com o direito. Spaak os observou tentarem se reagrupar, mas não permitiria que isso acontecesse. Para tal, partiu em direção ao inimigo mais ferido, no caso, aquele que teve o braço amputado.

* * *

Kayan ainda observava os meteoros se formando no céu. Nesse meio tempo, seu cérebro trabalhava em ritmo frenético na tentativa de imaginar um meio de salvar a si mesmo e aos amigos. Recorreu à única alternativa que pode imaginar no momento.

– Corram para o mais longe que conseguirem! Tentarei ganhar algum tempo pra vocês!

– O que quer dizer com isso? – perguntou Sarah em um tom de voz que deixava transparecer sua aflição.

– Vai! – ele gritou em tom autoritário.

– Não! – a maga gritou de volta. – Nunca que eu vou te deixar aqui.

– Droga, Sarah! Não tem como todos escaparem ou resistirmos. Fujam vocês, vou dar um jeito de escapar.

Mentiu para tentar tirar todas dali, ele não tinha plano algum para escapar, apenas não deixaria que as três morressem ali, principalmente Sarah.

– Sem chance, Kayan. Ou morremos todos ou sobrevivemos todos – Anita se aproximou do casal.

– Acho que sobreviveremos. Olhem para lá.

A Ordem de Drugstrein - Volume IIUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum