Capítulo 5 - Batalha de Gynoloock (Parte 1)

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– Spaak... morto...

– Ah! Nem vem Kayan, você acha mesmo que o Spaak que conhecemos iria morrer assim, pra um simples tourinho?

O mago forçou um sorriso. O grande problema era que Turenhead não poderia ser chamado de tourinho; ele era o mais poderoso dentre todos os taurinos. Porém, o mestre também era muito experiente e não seria derrotado assim tão facilmente.

– E agora, o que vamos fazer? – perguntou apenas para mudar de assunto.

– Vamos para Gynoloock. Os aldeões e soldados se separaram e se dirigiram para outras cidades ou vilarejos. A cidade de Firenzzer está sob a proteção direta de Kaz Barak, então vamos reforçar os anões ao invés deles.

– Certo. Só mais uma dúvida: eu já sei que você me curou, mas quem foi que deu banho em mim?

A garota corou com a pergunta.

– Todos estavam muito ocupados cuidando dos feridos da própria equipe que... que eu fiz isso.

Kayan continuou a encará-la, sério e incrédulo.

– Ma... mas eu não tirei suas roupas debaixo, então não vi nada que não devia – corou ainda mais.

– Certo, então estamos quites com aquela vez dos centauros.

– O quê?! Já disse pra você apagar isso da sua memória.

– E eu já disse que é impossível. Foi uma visão muito bonita – respondeu com um sorriso malicioso.

– Você não presta mesmo – respondeu Sarah, cruzando os braços em sinal de irritação.

– De qualquer forma, obrigado de novo, te devo mais essa.

Novamente o comentário fez com que a garota se sentisse constrangida.

– Eu quero ver como está todo mundo. Vamos lá pra fora?

– Espere, está meio frio fora da barraca, então é melhor você vestir o seu uniforme. Tome cuidado com ele porque só restam mais dois.

Sarah moveu-se no interior do pequeno acampamento e alcançou uma das duas mochilas que estavam no canto do mesmo. Remexeu algumas coisas e, por fim, retirou de lá um conjunto completo do uniforme de Kayan, entregando-lhe em seguida.

Sem pudor algum, o rapaz retirou a calça que vestia, ficando apenas com sua roupa debaixo, e começou a vestir-se.

– Hei! Tem uma garota aqui com você, sabia?

– Eu sei, mas depois do que você já viu, acho que não tem problema nenhum, não é?

– Humph.

Novamente constrangida, a garota cruzou os braços, virando-se de costas para o rapaz, e esperou, pacientemente, que ele terminasse de se trocar. Tinha ficado óbvio demais que o último comentário fora apenas para provocá-la.

– Pronto, agora me espere lá fora que eu vou me trocar.

– Não posso ficar? – perguntou com uma expressão esperançosa.

– Não! – respondeu-lhe Sarah, rispidamente enquanto o empurrava para fora da barraca.

Assim que saiu do abrigo, o jovem mago observou tudo o seu redor. O acampamento era constituído de cinco barracas, incluindo a que ele havia acabado de sair. Todas estavam posicionadas de forma estratégica formando um círculo em toda a volta da clareira onde eles estavam. Vestígios de uma fogueira podiam ser vistos no centro. Nas árvores ao redor, algumas runas foram transcritas, provavelmente para alertar a todos se algo ou alguém se aproximasse.

A Ordem de Drugstrein - Volume IIWhere stories live. Discover now