Capítulo 7 - Batalha de Naubusec (Parte 1)

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O ar tremia enquanto as esferas de fogo avançavam em sua queda vertiginosa contra os anões e magos. Havia pelo menos três delas para cada um dos cinco grupos. Os magos de cada batalhão agiram de maneira instintiva e rápida, formando barreiras em conjunto para suportar a pressão do ataque iminente.

Foi um impacto terrível contra os escudos de energia. O solo tremeu e até quem não estava abaixo das chamas intensas pôde sentir os danos causados por elas. Duas das barreiras cederam e dezenas de anões foram subjugados pelo terrível poder de destruição dos taurinos shaman.

A maior parte dos ofensores, porém, saiu intacta da primeira manobra da defesa. Passado o contra-ataque inicial, todos voltaram a correr em sua investida contra a muralha. Escudos e barreiras se ergueram enquanto os goblins disparavam flechas com seus arcos.

Diversos anões tiveram seus escudos e armaduras perfurados pelos projéteis e caíram ao chão, inertes. Várias manchas carmesim começaram a tingir o solo gelado e infértil da região.

Mesmo com todas as baixas as tropas aliadas não fraquejaram ou sequer diminuíram sua marcha. Os magos humanos rechaçaram seus agressores com feitiços variados, entre eles tangrea e crisis.

Assim que os invasores chegaram a uma distância viável, os artesões dos anões começaram a unir esforços numa tentativa de quebrar as muralhas de pedra com seus feitiços da esfera terra. Em contrapartida da investida, os gnolls iniciaram seu próprio trabalho com magia, bloqueando a passagem dos feitiços adversários com barreiras em conjunto.

As primeiras três horas de conflito se passaram desta maneira. Os anões tentavam romper as muralhas externas da fortaleza, porém, quando raro conseguiam, os gnolls as concertavam com seus feitiços de terra. O trabalho dos bárbaros era tosco e mal feito, mas repelia a invasão da infantaria.

Mesmo quando as criaturas que lembravam hienas apareciam sobre as muralhas batendo seus cajados no chão e invocando o feitiço era impossível rechaçá-los, pois muitos outros mantinham as defasas altas.

Os numerosos goblins inundavam as torres e muros exteriores, disparando suas flechas. Nesse combate a distância, muitos deles caíam, assim como derrubavam diversos anões. Os taurinos shaman disparavam seus meteoros a cada, aproximadamente, quinze minutos durante as duas primeiras horas. Após isso, deduziu-se que pararam para poupar energias no caso dos aliados adentrarem Naubasec.

– Até quando nós vamos com isso, Aghata? Não estamos conseguindo derrubar as defesas deles! – Anita gritou para a mestra em meio à confusão da batalha.

– Até que Jonathan decida que é impossível romper as defesas deles – respondeu.

– Não se preocupem, agora não falta muito para o combate corpo a corpo ter início! – Jonatahn gritou para que todos os aliados próximos pudessem ouvir.

Como que atendendo as objeções da garota, a muralha começou a ceder. Já que diversos locais haviam sido danificados, a força das estruturas enfraqueceu-se gradativamente. Em certo momento, uma rachadura se abriu e, antes que esta fosse concertada, uma outra parte do muro foi destruído por um grupo de artesões determinado.

A partir deste momento, as defesas externas começaram a ruir. Diversos pontos começaram a ser arrasados enquanto goblins e até gnolls eram lançados ao chão e soterrados pelo entulho de rocha.

Os aliados avançaram mais uma vez. Invadiram Naubusec e uma sangrenta batalha teve início dentro do campo aberto que separava a arrasada muralha exterior da intacta interior. Nesta nova etapa do combate, os inimigos eram formados pelos goblins que largaram seus arcos e pegaram em lanças, machados e espadas. Os trolls, orcs e gigantes investiam com sua vigorosa força contra os invasores, enquanto os gnolls mantinham-se na retaguarda, protegendo-os com suas barreiras e feitiços.

A Ordem de Drugstrein - Volume IIOnde histórias criam vida. Descubra agora