Capítulo 6 - Batalha na Península de Darthan (Parte 1)

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Os cinco anciões dos anões estavam reunidos em torno da enorme mesa redonda de madeira de carvalho. O salão onde estavam também era em formato circular e situava-se na casa comunal dos Truin, maior clã de anões de Gynoloock. Era uma sala feita com pedras cinzentas e cortadas em blocos. Diversas tochas mantinham a iluminação enquanto armas feitas em ouro e prata decoravam o ambiente.

Juntamente aos anões estavam todos os mestres das três ordens de magos presentes naquela guerra, assim como o granmestre de Kaz Elenak. Quem lhes dirigia a palavra era Spaak.

– Sim, podemos confiar na informação que eu obtive de Turenhead. Ele tem usado a fortaleza de Naubusec, dos orcs, como uma central de operações nesta guerra.

– Não queremos duvidar de suas palavras, Spaak, mas gostaria de entender como você conseguiu essa informação – um dos mestres de Kaz Barak argumentou.

– Digamos que o general dos taurinos tem uma boca muito grande e gosta muito de contar vantagem. Ele nunca iria imaginar que eu poderia escapar dele sem alguma ajuda.

– Então, Artesão das Correntes em Chamas, o que sugere que façamos com essa informação?

O mestre sorriu ao ouvir o título recém adquirido depois da batalha da noite anterior. Em seguida, voltou com sua ideia.

– Vamos atacá-los em seu próprio covil.

Uma discussão começou a tomar forma no ambiente. Os anciões anões argumentavam entre si. Os mestres comentavam sobre a declaração entre os de suas respectivas ordens.

– Spaak, acho que entrar em território inimigo seria extremamente perigoso – contestou-o Jonathan.

– Talvez. Mas não podemos nos esconder para sempre. Quanto mais tempo hesitarmos, mais vidas serão perdidas.

– Concordamos com o Artesão das Correntes em Chamas – o mais venerável dos anões ergueu sua voz. – Enquanto ficamos protegidos em Gynoloock, nossos clãs sofrem com a guerra. Além das cidades humanas que não tem nem uma fração da defesa que temos. Concordamos em marchar sobre a Península de Darthan e derrubarmos a fortaleza que os orcs levaram tantas décadas para levantar.

Com a decisão dos anões tomada, ficou muito mais fácil para que os mestres concordassem que essa era a melhor possibilidade de exterminar a guerra de uma vez por todas. Se a fortaleza caísse e a península ficasse livre de povos bárbaros, era possível que não houvesse mais guerra durante vários anos.

* * *

Kayan permanecia com os olhos fechados apenas ouvindo. Sabia que estava sendo observado, mas isso não lhe incomodava. Ele estava recostado em uma árvore de tamanho colossal. Seu tronco era escuro e retorcido e ela estendia-se a mais de dez metros de altura, ao seu redor, pequenas vegetações cercavam o local, assim como algumas rochas.

Algo que o jovem mago ouviu fez com que ele se pusesse em movimento. Avançou de maneira veloz e, em seguida, girou o corpo, erguendo ambos os braços. Em suas mãos estava bem seguro o punho de uma espada. A lâmina desta tinha quase um metro de comprimento e era estreita, reluzindo a luz do sol.

Com o movimento que ele havia feito no instante passado, conseguiu amparar o golpe fulminante da arma de um anão: uma espada mais curta e mais larga que a sua própria. O som do impacto foi estridente e faíscas saltaram ao ar com ele. O atacante, que havia investido com um salto, foi arremessado para trás e caiu em pé.

Kayan deixou escapar um pequeno sorriso quando viu que Grinllin aproximava-se com o mesmo armamento do irmão de clã. Eles combatiam com espadas de treinamento, que eram cegas para que não cortasse quem fosse atingido por elas. Mesmo assim, hematomas poderiam surgir no caso de um impacto.

A Ordem de Drugstrein - Volume IIHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin