Capítulo 3 - Batalha em Tubbler (Parte 3)

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Aghata ouviu uma grande explosão e o som de chamas, isso a deixou extremamente surpresa pelo fato de ainda estar viva. Significava que o alvo teria sido outra pessoa, ou...

Concentrou-se e percebeu que uma aura diferente da dos taurinos shamans estava no local. Resolveu espiar e olhou por detrás das rochas onde se escondia. Viu e percebeu exatamente o que tinha acontecido: Spaak havia derrubado um dos inimigos com um crisis katris e lutava contra os demais.

O mestre esquivou-se com velocidade dos ataques que se seguiram ao seu. As chamas enchiam o ambiente com explosões e fumaça, mas, em sua grande agilidade, ele escapava de todas ileso.

Com um clayn, Spaak criou uma espécie de onda de terra, que foi direcionada contra os taurinos. Após isto, lançou um crisis katris na intenção de criar uma cortina de poeira. Seu intento foi bem sucedido e, com a explosão das rochas e terra que se propagavam, uma espessa nuvem de pó surgiu, deixando a visão do ambiente próxima de nula.

Antes de correr para o lado, o Firyn conjurou um feitiço que ele próprio havia desenvolvido: crisis char. Cerca de dez correntes de elos largos e flamejantes surgiram dos antebraços do mestre. Ele, então, manejou seu feitiço especial contra os inimigos, que se defenderam com perfeição.

Em um movimento rápido, Spaak fez com que as correntes recuassem. A seguir, todas tomaram para si uma ponta afiada e flamejante. Ele as lançou novamente, desta vez em um movimento retilíneo e contra apenas um adversário, que acabou tendo o corpo perfurado em diversos locais.

A poeira começou a se dissipar e, com ela, a vantagem do mestre. Vendo seu inimigo novamente, os shamans puderam retomar seu ataque. Turbilhões de chamas surgiram através do Raz Rashon dos taurinos. Spaak foi obrigado a voltar à defensiva, mas, mesmo assim, não pôde evitar uma queimadura superficial no braço direito e perna esquerda.

Vendo o amigo em perigo, Aghata reuniu suas últimas forças para lançar um feitiço poderoso suficiente para derrubar um dos inimigos.

Uma rajada elétrica foi lançada com baixa velocidade, porém, com grande poder. Atingiu as costas de um dos shamans com precisão e este tombou no ato. O último deles lamentou-se mentalmente por ter se esquecido daquela adversária e se concentrado apenas no recém chegado. Resolveu reparar o erro cometido.

– Jaz Rashon – urrou em sua voz grossa.

Aghata fechou os olhos sem ter forças para se defender ou esquivar do feitiço inimigo. Mais uma vez surpreendeu-se em estar viva, mas, não em ver o outro mestre salvando-lhe a vida novamente.

As chamas entraram em confronto. No entanto, bastou um segundo para que as do mestre de Drugstrein provassem sua superioridade e consumissem as demais junto com seu conjurador.

– Spaak...

– Aghata, tudo bem?

A moça não respondeu a pergunta. Apenas deixou que seu corpo caísse de encontro ao do mestre, os olhos marejados em lágrimas.

– Desculpe-me, eu... eu fui imprudente e quase botei a missão a perder.

– Aghata... a missão não era minha maior preocupação, e sim sua vida – respondeu abraçando-a leve e carinhosamente. – O importante é você estar viva.

Ao ouvir essas palavras, a mestra aninhou-se ainda mais nos braços do Firyn , porém, ainda permaneceu sem dizer uma palavra.

– Algumas costelas quebradas, queimaduras pelo corpo e alguns hematomas. Foi uma luta difícil ao que parece.

– Você também sofreu queimaduras.

– Não é nada comparado com seus ferimentos. Vou ver o que eu posso fazer. Magia branca não é meu forte, mas a Sarah pode te curar quando nos juntarmos a eles.

A Ordem de Drugstrein - Volume IIWhere stories live. Discover now