Capítulo X

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Jorge continuou a beija-la, levando suas mãos ao traseiro da esposa. Ele apertou o corpo dela mais perto de seu e voltou a distânciar os lábios do da castanha para tomar fôlego e invadir o pescoço dela. Jorge adora o cheiro dela. Silvia abriu um pequeno sorriso quando ele recomeçou a beija-la, e logo em seguida ela deu uma gargalhada que o chamou atenção.

- O que foi? - perguntou ele acariciando a cintura dela, também sorridente

- Eu acabei de lembrar de algo - respondeu Silvia dando um beijo leve nos lábios de Jorge - estou rindo de nervosa.

Jorge tirou o sorriso dos lábios e a encarou sério.

- O que?

- Três semanas, o médico disse que nada de sexo nas próximas três semanas - ela disse mordendo os lábios - desculpa, eu esqueci mesmo.

Ele jogou a cabeça para trás bufando.

- Mas podemos ficar só nos beijinhos - disse a castanha beijando o pescoço do marido - hein.

- Não - Jorge tentou afasta-la - melhor não, vamos dormir já que teremos que esperar mais uma semana para poder fazer sexo.

- Você está com raiva?

- Não, Silv, está tudo bem mesmo, mas você precisa sair de cima de mim, ou eu não...

- Oh desculpe - disse a castanha saindo de cima do marido, e deitando ao seu lado, com a cabeça encostada em seu peito, como fazia antes do acidente dele - eu estive pensando que poderíamos fazer um jantar amanhã, pra falar a sua mãe sobre a gravidez e também a alguns amigos nosso.

- Eu acho ótimo - ele disse abraçando o corpo da esposa para mais perto do seu - estava com saudades de dormir assim com você.

- É mesmo? Se não tivesse me tratado como um nada poderíamos ter dormido assim todos esses dias...

- Silv - ele a interrompeu em um murmuro - não vamos voltar a esse assunto.

Ela levantou o rosto, deu um beijo no queixo dele e voltou a sua posição para dormir. Teve a melhor noite de sono das últimas semanas. Quando acordou pela manhã, por conta de um barulho da porta do quarto se abrindo, ficou surpresa ao ver a sogra entrando. Carmem também pareceu surpresa, afinal imaginava que o filho e a nora não estavam em um bom momento.

- Bom dia - disse a castanha sentando na cama ao lado do marido que ainda dormia.

- Bom dia, eu vim acordar o Jorge para levá-lo a fisioterapia.

- Claro, mas... Eu poderia acorda-lo, por favor.

Carmem assentiu e saiu do quarto. Silvia voltou a atenção para o marido e aproximando-se para beijar os lábios dele de forma suave, o que fez ele abrir os olhos.

- A bela adormecida acordou - brincou a castanha, Jorge fez uma negativa com a cabeça.

- A melhor maneira de acordar - disse ele tocando o rosto da esposa - dormiu bem?

Silvia assentiu.

- Nós dois dormimos muito bem - ela disse passando a mão na barriga, o marido colocou a mão em cima da dela - irei falar com a Virgínia sobre o jantar.

- Claro, mas você vai sair?

- Estava pensando em ir com você para a sua fisioterapia, se importa?

Jorge sorriu.

- Eu vou adorar.

Minuto depois eles desceram para contar a Carmem que Silvia iria acompanhar o marido hoje, ela não gostou muito, mas não tinha como impedir, Jhenny também quis ir junto com os dois. Eles caminharam ( menos o Jorge que ele não anda ) até a saída. Luan ajudou o chefe a entrar no carro, e logo as duas mulheres sentaram ao seu lado.

- Ainda não vi necessidade da sua vinda - disse Jorge para a irmã que revirou os olhos.

- Deixa de ser chato, estou indo porque não tem nada melhor preço fazer e também... - ela colocou a mão na barriga da cunhada - quero ficar perto da mamãe aqui.

Silvia sorriu.

- Você fica parecendo uma boba quando se trata da minha gravidez.

- Ainda bem que vocês vão contar pra mamãe hoje, eu já estou louca pra comprar várias roupinhas para a minha sobrinha.

- Ou sobrinho - Jorge disse - quero que seja um menino.

- Se ele não parecer com você, vai ser lindo.

- Parem de implicar um com o outro é vamos ficar em silêncio - disse a castanha deitando a cabeça no ombro do marido.

Os três foram o resto do caminho em silêncio. E não demorou muito para que eles chegassem a clínica onde Jorge fazia a fisioterapia, o motorista ajudou o chefe novamente a sentar na cadeira de rodas e logo os três entraram. Ficaram esperando a fisioterapeuta  de Jorge chegar.

- Sr. Salinas.

Silvia e Jhenny que estavam viradas olhando o jardim da clínica viraram ao escutar a voz feminina, a castanha engoliu em seco ao ver a mulher loira de olhos azuis cumprimentando o seu marido, logo a fisioterapeuta se voltou sorridente para as duas mulheres.

- Dra. Alvarez - Jorge cumprimentou também sorridente - essa é a minha irmã, Jhenny e a Silvia...

- Esposa dele - a castanha disse o interrompendo, forçando um sorriso enquanto cumprimentava a loira.

- Ah, eu não imaginei que o senhor fosse casado.

Jorge sorriu.

- Sou, sim...

- Muito bem casado - Silvia disse ainda com o sorriso forçado nos lábios.

- Claro - disse Alvarez - vamos iniciar a fisioterapia, sr. Salinas.

- Por favor, me chame de Jorge.

Silvia revirou os olhos de forma exagerada encarando o marido.

- Então, me chame de Elizabeth - a médica disse sorrindo.

- Eu vou no banheiro, fiquei um pouco enjoada - a castanha disse ainda com o sorriso forçado nos lábios.

Jhenny a acompanhou até o banheiro onde a castanha entrou em uma das cabines e de ajoelhou para vomitar todo o café da manhã. Logo Silvia ficou de pé e caminhou até a pia, onde abriu a torneira e lavou o rosto.

- A médica bonita, não é? - Jhenny disse encarando a cunhada.

Silvia revirou os olhos fechando a torneira.

- Você nem soube controlar seu ciúmes.

- Jhenny!

- O que? Estou mentindo? Está escrito na sua testa que você ficou com ciúmes da loira bonitona.

- Você viu como ela estava olhando para ele? - Silvia perguntou encarando a cunhada - " eu não imaginei que o senhor fosse casado." " Por favor, me chame de Jorge." - ela disse com desdém - ah por favor.

Jhenny gargalhou.

- Não tem graça, Jhenny! - a castanha disse a repreendendo.

- Claro que tem - a mulher se defendeu - até parece que o Jorge vai ter olhos para outra mulher que não seja você.

Silvia abriu um pequeno sorriso.

- Eu sei.

- Então deixa desse ciúmes - Jhenny disse abraçando a cunhada.

Silvia respirou de forma aliviada e as duas voltaram para a sala onde Jorge fazia a fisioterapia.


Memory • Parte IIOnde histórias criam vida. Descubra agora