epílogo

216 24 6
                                    

A castanha sentiu algo úmido em seu rosto, fez uma careta antes de abrir os olhos e se deparar com o par de olhos verdes a encarando, a bebê sorriu apertando com a sua mãozinha gorda a bochecha da mãe. Silvia a tirou de cima de sí, a pegando em seu colo, a bebê sorriu esticando a mão para tocar novamente o rosto da mãe.

- Bom dia - a castanha murmurou sorrindo enquanto depositava um beijo no rosto da filha, que sorriu junto com ela - como você consegue ser tão fofa?

Ela olhou para o lado onde seu marido dormia tranquilamente, ele tinha uma mamadeira em cima da sua cabeça, Silvia curvou-se para pegá-la.

- A cada dia que passa você fica mais parecida com o seu pai - ela passou a mão pelos cabelos negros da bebê que sorria brincando com o próprio pé - menos esses olhinhos - a castanha mudou a voz falando com a criança - esses olhinhos é da mamãe, né meu amor - ela tocou o nariz da bebê que continuou a sorrir.

A castanha a pegou no colo e as duas sairam do quarto, ela desceu as escadas estranhando o silêncio na casa, até lembrar que a cunhada não estava mais lá. Jhenny havia ido embora há quase três meses. Silvia caminhou até a cozinha, onde sabia que Virgínia preparava o café da manhã.

- Bom dia Virgínia - a castanha disse entrando na cozinha sorridente com a filha em seu colo.

- Bom dia senhora - disse a mulher de cabelos grisalhos, ela se virou para a bebê de oito meses e abriu um sorriso enorme - você já está acordada? - ela mudou a voz enquanto falava com a criança.

Silvia sorriu, e colocou a filha sentada na cadeira onde ela fazia sua refeição, depois de ter certeza que a bebê estava segura a castanha caminhou até a geladeira.

- Eu já cortei a manga e o abacate dela, está no prato dela - Virgínia disse vendo que a castanha procurava por isso na geladeira.

- Você é um anjo Virgínia, não imagina o quanto eu odeio corta esses abacates assim em cubinhos e é só assim que a Anna come - ela disse e levou o prato que tinha o formato de um peixe para a filha, que sorriu assim que viu a comida - as vezes eu fico impressionada em como ela gosta de abacate.

- Sim, o senhor Salinas teve que dar abacate para ela de madrugada porque essa mocinha não queria a mamadeira e estava chorando de fome.

- Por que você é tão malvada com o seu pai - a castanha olhou para a filha que estava concentrada em pegar sua manga e levar até a boca, quando a bebê conseguiu Silvia sorriu - eu fico boba com ela comendo frutas sozinha.

- Eles crescem tão rápido.

- Nem me fale, eu não estou emocionalmente pronta para ver a Anna andando - ela disse sem tirar os olhos da filha - o Jorge tem certeza que ela vai começar a andar antes de fazer um ano.

- Eu também tenho certeza, ela é tão esperta.

- Puxou a mãe.

As duas mulheres gargalharam o que fez a bebê também sorrir, a castanha aproximou-se da filha dando um beijo em seu rosto.

- Eu vou subir para tomar um banho, você fica de olho nela?

- Claro, quando ela terminar eu limpo ela e depois vamos brincar.

- Obrigada Virgínia - a castanha disse saindo da cozinha.

Ela subiu as escadas olhando para os brinquedos que a filha havia deixado espalhados pela casa, abaixando-se para pegar alguns que estavam pelo corredor, desde que Anna começará a engatinhar os cômodos da casa sempre estavam cheios de brinquedos, a castanha entrou no quarto da filha e sorriu ao ver que lá também estava uma bagunça, mas era algo que ela gostava. Colocou os brinquedos dentro do berço da filha e caminhou até o seu quarto, onde Jorge continuava dormindo, Silvia subiu na cama e deu um beijo nos lábios do marido.

Memory • Parte IIWhere stories live. Discover now