Os Guardiões: Parte I - Correntes de Fogo

Epílogo

O iate balançava, acompanhando as ondas brandas do mar. No deck, algumas pessoas estavam caídas, ainda com os olhos abertos. Aqui ou ali, elas tinham marcas de presas pelo corpo. O silêncio fúnebre tomava conta de todo o lugar, menos dentro de uma das cabines, onde dois homens, idênticos, imploravam por sua vida:

— Eu já disse, eu não sei onde ela está — de joelhos, o homem encarava o chão, não se atrevendo a olhar para a mulher que estava de pé, à sua frente.

— Então, vocês não servem de nada. Que pena.

A mulher apontou para o homem que tinha acabado de falar. De repente, uma cobra de escamas brancas apareceu no meio do nada, e o atacou:

— Vitor!! — gritou o outro homem, ao ver o irmão ser atacado pela cobra.

Sem poder se defender, Vitor Kenar morreu. Seu irmão, chorava, mas ainda não se atrevia a falar:

— E então, onde ela está?

— Não sabemos, apenas vimos a prisão de ossos. Os filhos estão indo para lá tomar a prisão.

— Ótimo, isso que eu queria saber. Qual é seu nome mesmo? — o homem falou muito baixo. — Desculpa não ouvi.

— Gabriel.

— Olá, Gabriel, meu nome é Nádia. E agora, você virá comigo, pois acho que vou precisar de sua assistência.

— O que você vai fazer comigo?

— Nada, se você colaborar. Só quero saber tudo o que vocês sabem sobre a prisão.

Assim, Nádia pegou o homem pelo braço e o levantou com tudo. Gabriel estava tão assustado, que não tinha reação alguma. De repente, Nádia conjurou um portal e atravessou com seu refém. Para trás, ficaram apenas os corpos e o silêncio.