Mo dhuine beag

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Havia algo engraçado nessa situação toda: havíamos vencido na simples e poderosa força da teimosia.

Itachi havia virado a cara para as oportunidades que havia recebido todo o tempo de trair Sasuke, e escolhido o ajudar a ver e superar seus defeitos.

Sasuke havia lutado contra Noland dentro de si, sem nem mesmo saber que fazia isso.

Obito havia sido criado para matar e machucar outras pessoas, mas no último momento escolhera salvar Itachi e preferiu se matar a me ferir.

Minha vida havia sido um desastre atrás do outro, e ainda assim quando veio a oportunidade de desistir, de ter paz, eu resolvi lutar e ficar.

Aeron estava certo, o perdão nos salvou, mas eu gostava de pensar que foi também a teimosia. Porque se há alguém mais teimoso que um Uzumaki, possivelmente será um Uchiha.

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KUSHINA MAL CONSEGUIA ACREDITAR. Era como se tudo que acontecera dias atrás houvesse sido apenas um terrível pesadelo.

—Podemos removê-lo da diálise hoje mesmo. — Anunciou à equipe.

Os exames haviam sido repetidos diversas vezes, ninguém conseguia acreditar. A lesão do fígado havia sumido, como se nunca houvesse existido. Os pulmões estavam novos em folha. Hemograma sem nenhum resultado além do normal. Exceto pelos ferimentos superficiais e as fraturas em algumas costelas, ele estava completamente curado. Nem mesmo uma convulsão.

—É um milagre. — Shizune comentou a seu lado, olhando o raio-X. — Se não o tivesse visto com meus próprios olhos dias atrás...

—Eu sei. —Sorriu, balançando a cabeça. — E os Uchihas?

—Sasuke Uchiha está pronto para ser liberado. O irmão mais velho tem um tempo conosco ainda, mas nada de risco de vida. A perna dele, no entanto...Ele nunca irá conseguir total função dela novamente.

Assentiu, o sorriso morrendo. Havia falado com Mikoto A amiga parecia apenas feliz que o filho estava vivo. Depois de ter caído de um penhasco, e ser torturado, ela conseguia entender bem isso.

—Iniciem as sessões de fisioterapia, vou dar uma olhada em quem pode acompanhá-lo quando for liberado. — Olhou o prontuário que lhe era dado, checando os nomes. — Certo. Esses aqui já estão prontos para serem liberados também. Vou fazer minha ronda agora.

Entregou os papéis para o médico mais próximo. Todos sabiam qual era o primeiro quarto que ela visitaria. Agora que Naruto estava acordado, e sem nenhuma dor, não conseguia tirar os olhos de sua criança por muito tempo. Não depois de tê-lo perdido por alguns minutos. Só de lembrar disso um desespero gelado a assolava.

Seguiu pelos corredores calmos, as mãos nos bolsos do jaleco, alguns prontuários debaixo do braço, e não conseguia remover o pequeno sorriso do rosto, de alívio, por ser portadora das boas novas. Esperava encontrar Minato no pé da cama, de onde não havia saído muito nos últimos dias, mas a cena que se deparou foi outra. Por um momento ficou alerta ao notar através do vidro o estranho sentado na cama do seu filho, até ouvir a risada baixa de Naruto ao abrir a porta.

Os dois garotos olharam na sua direção. Notou que eles seguravam as mãos de forma natural, e que o outro garoto usava as roupas do hospital também. Ele pareceu querer se levantar, mas seu filho não permitiu, segurando sua mão e comentando algo baixo que fez o outro corar, e sorrir de forma satisfeita.

—Mam. — a voz de Naruto estava rouca, mas parecia a coisa mais linda do mundo para ela desde que ele acordara.

Sorriu para seu menino, de forma curiosa enquanto se aproximava. Ele estava corado, os cabelos maiores, os cachos caindo pela testa, sentado como estava com as costas apoiadas em travesseiros. Havia removido sua barba, que já voltava a crescer. Ele parecia tão mais velho. Notou curiosa como o outro garoto olhava entre ela e seu filho, e como os olhos puxados suavizavam ao fitá-lo, com adoração. Ela conhecia aquele olhar.

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