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Amor em comporta ( autor @DioghoFernandes)

Sempre me sentia inseguro quando estava em meio à multidão. Não era fácil despistar a timidez, sofria de estomago roncador e suadeira pingam-te à conversa com mulheres bonitas.

A beleza me deixava doente, mas no fim a distância era até prazerosa. Em minha rua chegara uma vizinha nova, ela aproveitou sua garagem e abriu ali uma pequena loja de ervas orgânica. Era costume de a vizinhança manter uma recepção, levando uma torta ou algo do tipo como boas vindas e de certa formar uma maneira de bisbilhotar. Enfim, cheguei junto à torta na porta da garagem e entrei olhando a Loja improvisada. Claro que nesta altura meu estomago já roncava como borboletas selvagens na luta para sair e segurava firme a torta para não escorregar.

- Olá, meu nome e Bob! - Sou seu vizinho de frente. Seja bem vinda!

Ela respondeu cativante em meio às muitas caixas de vidros com ervas.

- Oi, desculpa toda esta bagunça e obrigado.

Então sorri forçadamente deixando a torta sobre o balcão antes que caísse.

Ao caminhar para fora da garagem em partida, avistei em uma das prateleiras um vidro escrito "Acalma Nervosismo". Neste instante a mulher veio ao meu encontro o tirando da prateleira e me dando de presente. Eu a disse que não precisava, mas ela insistiu.

Ao chegar em casa fui lendo o rótulo que dizia ser; um tônico para a timidez e livraria para sempre qualquer mal estar que deixasse nervoso ou com medo, deve se tomar 10 gotas ao dia durante uma semana e o restante serem jogado ao pé da roseira vermelha. Era algo de outro mundo, eu imaginava, mas era i que queria perder toda timidez. Assim sem nada a perder o fiz.

Ao chegar o último dia, eu fui até a loja testar meu nervosismo com Sara. Dona dos produtos orgânicos, cheguei e fui cumprimenta - lá e ela já veio me pedindo ajuda, foi estranho porque minha barrica e mãos não apresentarão qualquer sentimento de medo. O remédio dera certo e eu estava curado. No fim tornamos grandes amigos e durante um bom tempo ainda comprei seus orgânicos, sempre que a insegurança aparecia.

Em outros momentos e lugares eu o tomava. Mas ela dizia que eu estava era viciado no tônico e me convidou certa manha para tomar um café e logo aceitei. Foi um momento comum para mim que a tomava como amiga e ela me tomava como um futuro amor, mas eu ainda não sabia. Até sentia algo, mas preferia ter sua amizade a estragar por algo que eu achava sem chance. E neste dia estava para mudar, ela preparou um grande café da manhã e eu sem nada suspeitar entrei, sentei e a guardei ali seu retorno com o café fresco que acabava de fazer.

Em conversas e risadas, em um momento ela colocou sua mão sobre a minha e senti despertar a fúria que estava enjaulada sobre minha barriga e mãos. E ela sorriu dizendo que eu ficasse calmo e assim o fiz com um respiro profundo. Ela começou então a se declarar para mim seus sentimentos. Eu só pensava em pedir um tônico antes de qualquer resposta. Ela percebeu e também me disse levantando da mesa e vindo mais próximo ao meu ouvido;

- O tônico não funciona.

- Eu vendo mentiras para que as pessoas voltem a sua realidade e você esteve calmo porque acreditou que funcionava, na verdade funcionou.

Logo que disse tudo para mim, beijou lentamente minha bochecha e voltou ao seu lugar na mesa. Em resposta eu sorri e pequei sua mão ao encontro de meus lábios.

Meu primeiro namoro junto a ela veio seguido de um casamento feliz. A Loja hoje ganhará uma filial na cidade vizinha, que nosso filho cuidava com muito carinho as mentiras cheias de verdades para todos voltarem a sua realidade sem qualquer medo de ser feliz.

ANTOLOGIA 1Onde histórias criam vida. Descubra agora