6° Dia

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Em Busca do amanhã ( autor @dioghofernando)

Quero viver dias calmos, agitados, felizes, tristes, com abraço, sem abraços, com bons dias, sem bons dias, com uma mesa farta, ou nada na mesa, ser convidado, ou ser esquecido, juntar um lixo, esparramar os lixos, correr ao longe, parar por instantes, subir em uma árvore, ou só olhar, gritar com alguém, ou ouvir gritos, olhar tudo em minha volta, ou me cegar com paredes. Quero, não quero.

Questiono os dias vividos e me pergunto se vivi todos corretamente. Falta muita coisa para fazer e desfazer. Não darei conta! Percebo que as coisas boas feitas e recebidas foram as melhores, e as ruins que aconteceram, sem duvida fostes necessária a ser vivida. Com elas eu revi meu jeito de pensar e agir, com o tempo era melhorar e curar-se de cada erro.

Ainda jovem, procurei ser rica de formas injusta. O dinheiro não trazia a felicidade, porem deixaria livres de uma boa parte dos problemas. Assim procurei correr o máximo possível para alcançar está meta. Mas percebi que deveria doar tudo. Consegui tudo ao meu alcance e ao mesmo tempo eu não era alguém com tantos desejos de crescer. "Observação" ("crescer e conseguir os sonhos é algo bom"). Mas eu não sentia mais a minha alma falar comigo como nas noites em minha casa simples.

A riqueza que fui prometida não era a justa a seguir. Doei cada centavo, cada bem material. Tudo conseguido eu doei. Até mesmo a roupa do meu corpo eu troquei com quem mais precisava. Então após minha mudança eu voltei à velha vila junto à casa que ainda mantive trancada. Ali retomei toda minha vida e decidi crescer de forma justa em comunidade.

Ao fim, depois de anos ainda estou no mesmo lugar. Com os mesmos panos e casa simples. Alcancei minha meta! Sou feliz novamente.

 Alcancei minha meta! Sou feliz novamente

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Hiroshima ( autora @JucimaraLara)

Vivo hoje as consequências de atos de homens insanos. O ano era 1945. O mês, agosto. Eu era jovem, alegre e cheia de vida, como todos os meus amigos. Ríamos, brincávamos, namorávamos, amávamos... eram dias felizes... A guerra, essa nos parecia tão longe. Naquele canto em que vivíamos, os dias passavam devagar, sem pressa, sem medo. Até aquele dia...

Os pássaros não cantaram na janela do meu quarto, como sempre faziam. O sol parecia se esconder, buscando refúgio nas nuvens. Eles já sabiam, misteriosamente.

Estávamos na escola quando tudo aconteceu. O barulho do avião e, de repente, um clarão. Não me lembro de mais nada até acordar no hospital.

Descubro que perdi todos que amava: pai, mãe, irmãos, primos, tios, amigos...

ANTOLOGIA 1Where stories live. Discover now