16° Dia

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O estudante ( autora @mariavandasilva)

Passava das três horas da manhã, o cansaço lhe roubava o pouco de vontade que restava. Mas era preciso lutar contra os limites do próprio corpo. Iluminar a consciência, o saber!

Operário de uma grande indústria automobilística, trabalha oito horas diárias e após essa jornada vai para universidade em busca de seu grande sonho: se tornar um jornalista conceituado. Não um jornalista qualquer, mas um jornalista competente e respeitado. Cursava o último semestre, por isso tanto estudo, até tarde da noite. As lâmpadas já não mais conseguiam iluminar as minúsculas letras do livro tão importante para o término desse trabalho. Nessa hora é crucial a lembrança dos motivos que o incentivam a tornar real essa grande empreitada. Trazer seus pais, pessoas simples e humildes, já com idade avançada do interior do Sertão para morar com ele na cidade grande. Após uma breve recordação dos momentos felizes ao lado deles levantou-se, tomou um café preto e voltou a estudar. Já são seis horas da manhã, o relógio desperta. Sorte que ele mora em um alojamento dentro da própria empresa. E assim começa um novo dia... 

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Lumina ( autor @dioghofernandes)

Luzes acesa sobre meu corpo bêbado na noite. Lolita cantava poesias sobre sexo e drogas. Era errado, mas ficamos bêbados juntos. No minimo ela só queria dizer á sociedade que era livre. E não, não usávamos trocas ou fizemos sexo. Apenas estávamos bêbado esquecidos ao fundo da boate.

Um mundo se diminuía sobre aquelas luzes vermelhas. Vermelhas como sangue da mais doce amora. Carregada de espinhos, deixa meu coração cercado para nenhum amor entrar e destruir.

Mais uma rodada e não era o fim para uma noite tão jovem. Jovens nascem á noite sobre as estrelas e se alimentam com o clarão do luar.

Dançamos sem musicas, sem sermos reprendido pelo sol. Sol que ao surgir pelas montanhas, nos destruirá como sorvete esquecido sobre a mesa.

Mais um drink e lavamo-nos a loucura da grande e longa curta noite. Somos indestrutíveis ao abraço. Ele nos pertence ate a chegada do amanhã. Torna se claro meus pensamentos sobre Lolita. Eu a amo!

Meu toca fita pelas ruas, respira canções lentas e românticas da brilhantina. E um toque a mais da liberdade que se vai esvaindo entre a partida. O galo grita para lembrar a volta da realidade. Um desastre! Acordamos no meio do nada e no meio de tudo, Infelizes por ter que se distanciar em horas longas até o próximo anoitecer.

ANTOLOGIA 1Where stories live. Discover now