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O vale encantado ( autora @mariavandasilva)

Após aproximadamente uma hora de caminhada na Serra São José chegamos ao vale encantado. Nome que dei pela sensação que tive, parecia que pisávamos em solo sagrado. Todos ficamos perplexos. Até o sol que há pouco fazia escorrer suor em nossa face, ali entrava tímido por pequenos raios de luz, completando assim a magia desse lugar. São árvores de troncos finos, porém, muito entrelaçados, uns se transformam em lindas esculturas, no encontro de troncos e raízes. Outros se embaralham tanto que impedem nossa passagem, parece que protegendo algo. O clima é fresco, puro, meio úmido, junto a uma brisa suave. Não se vê a terra, somente vegetação. Pois o chão é coberto de musgos que sobem pelos troncos das árvores, ambos felizes por essa união. Pedras enormes em formato de banco, cobertas também por plantas que formam um tapete, e nos convidam a um merecido descanso. Vidas minúsculas de insetos e outros seres crescem silenciosamente nesse lugar nos causando mais admiração! É um momento único! Muita paz e silencio. A voz que ouvimos é a voz da natureza que nos fala no mais íntimo de nosso ser. Ela parece nos abraçar em agradecimento por estarmos ali. E em gratidão revigora nossa energia.

É impossível expressar tamanha beleza! São tantos detalhes. Tanta delicadeza. E ao mesmo tempo de uma imponência, força e vigor. Esse vale não é um lugar para se ver, mas para sentir. E se você quiser sentir algo parecido, só mesmo indo lá...

 E se você quiser sentir algo parecido, só mesmo indo lá

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Pequena prosa ( autor @dioghofernandes)

Na entrada da floresta, um mata-burro com placa já dizia:

- Não passastes deste ponto com correria.

Na teimosia e curiosidade, todos passavam sorrindo. O mais esperto pela cerca rolavam.

Uma boa lição era tirada dos animais que ali respeitavam. Nenhum se quer ousava desrespeitar tal anúncio.

Maria Zinha coitada da bonequinha de vestido rodado. Foi levar almoço para o pai certo dia na correria e nem viu o que a placa dizia e logo só havia caindo entre as armadilhas.

Calma. Isto não é uma história de rimarias. São apenas tropeços que todos já sabiam que aconteceriam.

Senhor Tonho, na brasa das pingas ele caminhava lento, sem correria. Seus passos incertos, o levavam para qualquer lugar. Em questão de momentos já caia sobre o barro. 

No meio vazio do mata-burro a enxurrada passava, deixando o senhor Tião que era bem espertalhão, na pescaria e cantoria junto aos tombos das moçarias.

ANTOLOGIA 1Donde viven las historias. Descúbrelo ahora