Odd e Nora.

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Capítulo vinte e cinco


Youngjae estava nervoso no carro, não sabia exatamente se cantava baixinho junto com a música ou se tentava começar alguma conversa com Jaebum. Não fazia muito tempo que tinham saído da casa deixando para trás apenas Mark e Yugyeom — que em ordem de se reconciliarem estavam agindo como amigos e evitando um contato maior. Não que fosse seu primeiro compromisso com os pais de alguém que estava saindo, mas era obviamente bem diferente. O mais velho assegurara que tudo daria certo, contudo essa informação simplesmente não era processada por Youngjae na situação quase desesperadora que ele se encontrava. O Choi ainda estava muito sensibilizado pelos acontecimentos recentes e tivera alguns pesadelos em seus intervalos de descanso, então a situação toda era quase que compressível. Jaebum estava disposto a sacrificar alguns dias ao lado dos progenitores se isso fizesse Youngjae mais calmo e seguro, entretanto o mais novo não queria ser um fardo para o outro e decidiu apenas aceitar calmamente que em questão de alguns minutos estaria na companhia dos pais de Jaebum. Mark emprestara o carro tão rápido naquela manhã que pareceu certo continuar com sua decisão.

— Mark pretende pintar o carro de preto novamente — Jaebum comentou casualmente.

— Acho que a pintura não é o real problema a se lidar — Youngjae apontou para as janelas quebradas — Por que não pegamos um táxi?

— Porque na fazenda tem algumas peças, meu pai adoraria conserta-lo — sorriu — E se eu posso dirigir um carro desse, por que gastar dinheiro com o táxi?

— Você é tão pão duro — soltou uma risada alta, daquelas que arrancavam sorrisos de Jaebum — Esse carro está se arrastando e você continua fazendo tudo mais difícil para ele! Que homem horrível!

— Não aja assim, eu vou dar um jeito nele quando chegarmos — fez carinho no painel — Você vai ver, Mark mal vai perceber que capotou com ele.

— Diga isso para os horríveis cortes que ele tem — rolou os olhos — Oh, estamos chegando.

— Quase me esqueço que você esteve aqui anteontem — o Im murmurou procurando um lugar para estacionar — Não mencione isso com os meus pais, não quero que eles pensem que eu entrei para a vida do crime tão cedo.

Tão cedo? — estreitou os olhos.

Jaebum sorriu animado.

— Sempre tive o sonho de roubar um banco e depois desfrutar de uma vida cheia de adrenalina.

— Vamos sair desse carro antes que o espirito corredor de Mark impregne em você — Youngjae sorriu levemente, o mais velho por outro lado gargalhou — Estou começando a ficar cada vez mais assustado quando te conheço melhor.

— Você se acostuma — o Im piscou e ambos saíram do carro juntos, ele fez questão de roubar a mão de Youngjae para si na pequena caminhada até a casa principal.

Youngjae não tinha tido tempo o suficiente para prestar atenção nos detalhes de todas as construções das terras Im por conta da correria e ansiedade, mas agora que olhava melhor com ajuda da luz do sol percebia que ele vinha de uma família provavelmente muito rica. A casa principal não era uma mansão, mas era grande em medidas e muito sofisticada. As grandes janelas de vidro iluminavam os cômodos, a decoração simples do interior podia ser vista do lado de fora. Ao fundo da casa, onde o campo começava a se estender, estavam as enormes plantações de uva. Havia um espaçamento bom entre cada planta e elas formavam enormes fileiras, ao fundo a fazenda onde tinham se escondido estava formosamente estendendo ao sol. Alguns animais estavam descansando perto da fazenda, Jackson reclamou por vários minutos o quanto tinha medo de cavalos e porcos. Jaebum já tinha explicado antes sobre eles, dizia que seu pai gostava de cuidar de animais menos comuns, ao contrário de sua mãe, que tinha dois gatos e um cachorro. Youngjae agradeceu por ter se lembrado de tomar remédio para controlar sua alergia a felinos ao entrar na casa e sentir uma gata pequena se esfregar em si, ela já estava acomodada entre os sapatos na entrada.

Absorto em vocêWhere stories live. Discover now