A chance é enorme

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        Capitulo 5 da fase
" Péssimas notícias"

      — Titia Jéss. — o espaço que os separava era estreito. — Titiaaa. — chamou Justin com mais persistência.

      Foi Holden quem ouviu o pequeno chamar e despertou primeiro, se afastando devagar de Jéssica. Ela em seguida também acordou, se ajeitou no acento e voltou a realidade daquele quarto de hospital. Um único pensamento invadindo sua mente e acusando-a pela noite rendida ao sono no tórax daquele veio para lhe fazer companhia.

     — Oi, meu lindinho. Como você está se sentindo? — ela se aproximou de Justin, falando com ternura. — A sua mamãe já deve estar chegando.

     — Com sede, titia. — respondeu o pequeno paciente com tranquilidade. — Quero água.

     Holden trouxe um copo com água e serviu o sobrinho que bebeu apenas metade do líquido e não quis mais.

     — Bom dia, Justin. — o tio apoiou o cotovelo na cama que o menino repousava, acariciou a cabecinha dele e sorriu amigável. — Sua mamãe está atrasada e sua titia é uma dorminhoca, não é mesmo?

     — Como ousa? — Jéssica fez biquinho, se espreguiçou e resmungou de brincadeira quando notou que Justin gostou da provocação feita pelo tio.

     — Como? — Holden riu mais. — Um pouco tarde para se defender. O Justin te viu dormir. — apontou o dedo indicador na direção dela.

     — Eu vi a titia dormir. — ele também ria apontando o dedinho igual o tio para confirmar.

     — E como punição, o que acha dela ter que nos contar uma história, Justin? — perguntou sabendo que ele se agradaria da sugestão.

     — Conta dos três porquinhos, titia. — a alegria do pequenino era reconfortante. — Titio Holden gosta.

     — É conta, sim. Você provavelmente deve ter uma boa versão. — Holden deu uma piscada de olho antes de sair de fininho deixando Jéssica se apoiar na cama para narrar a história preferida do menino.

     Holden foi a procura do Dr Derek. Arregalou os olhos, surpreso, quando após bater na porta e entrar no consultório do médico, encontrar Stephanie e Edith ali. Elas estavam pálidas e tinham a horrível sensação de que suas lágrimas estavam por um triz. Stephanie, principalmente ela, não esperava pelas notícia que recebeu.

     — O que está havendo? — Holden perguntou ao Dr Derek, enquanto se aproximava das duas com semblante de preocupação.

     — Os novos exames mostraram que a criança tem um nível crítico de bactérias que causam inflamação no órgão renal. Essas bactérias, inclusive, estão se alastrando na corrente sanguínea dele. — Derek olhou para ele com um olhar sério. — Fazendo com que ele não reaja bem aos medicamentos à base de antibióticos. — relutou, mas era necessário continuar. — Sinto informar que precisamos iniciar hoje o tratamento de hemodiálise ou diálise peritoneal.

     — Holden, fique com Stephanie. — pediu Edith aproximando um ao outro. Ela precisava sair dali o mais rápido possível. Não queria demostrar fraqueza diante da sobrinha. — Vou ficar um pouco com meu sobrinho neto. Estou morrendo de saudade. Licença. — saiu ligeiro.

     — Fique a vontade. — respondeu a Edith e se voltou ao médico. — Como isso pode estar acontecendo ao nosso pequenino? — Holden sentia como se estivesse caindo bruscamente em um pesadelo. Por instinto ele se encontrava abraçado a Stephanie. Ela não era só sua secretária, era a mãe de seu único sobrinho, quase sua cunhada.

Uma Paixão InterrompidaWhere stories live. Discover now