XII- Amor por correspondência

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"E eu sou apenas eu quando estou com você. Quando eu estou com outra pessoa é tão difícil ser eu mesma" - I'm Only Me When I'm With You - Taylor Swift

Os dias de Alison Grace na Geórgia estavam passando muito mais rápido do que ela gostaria, e ela não houvera conseguido cumprir com todas as coisas para as quais havia se planejado

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Os dias de Alison Grace na Geórgia estavam passando muito mais rápido do que ela gostaria, e ela não houvera conseguido cumprir com todas as coisas para as quais havia se planejado.

O culpado disso era John, e do seu hábito de aparecer no meio da tarde sem avisar. Alison sempre conseguia arrumar um tempinho pra ele em sua agenda lotada, aliás, ultimamente, a sua agenda lotada é que precisava arrumar um tempinho em meio a todo tempo que ela dispendia ao lado de John.

Surpreendentemente o horário era a última coisa com que se preocupava quando estava ao lado dele.

No domingo, ela acompanhou a sua avó a igreja, mas John não estava lá. Embora não seja habituada a frequentar rituais religiosos, Alison fora educada pra saber se portar em qualquer ocasião, e também sabia discutir sobre quase qualquer assunto, então não teve problemas para se enturmar.

Após o culto, o pastor Frederick lhe contou sobre como o filho havia se afastado dos estudos e da igreja depois da morte da mãe, e também falou sobre como a sua amizade vinha sendo boa para o garoto.

− Fazia muito tempo que eu não via o meu filho sorrir assim – ele contou.

Alison sorriu também com essa informação. Ela gostava de fazer bem para John, mas, mais do que isso, precisava admitir que ele fazia bem para ela também.

Conversar com John não era como conversar com todas as outras pessoas. Com ele as conversas fluíam de maneira natural, e ela não se preocupava em seguir todas as regras de etiqueta e debate que ela aprendera em casa e na escola.

Estar com John era natural, tão natural quanto os cabelos cacheados que ela resolvera utilizar sem medo durante as férias, mesmo sabendo que, se a visse, sua mãe iria acusa-la de parecer uma garotinha irresponsável. Alison não era irresponsável, mas gostava daquele cabelo, e John também.

Alison adorava a maneira como John elogiava a sua aparência ainda que ela estivesse sem maquiagem, com os cabelos embaraçados e vestindo a camiseta mais larga e confortável que encontrou no armário.

Ele sempre a fazia sentir-se bela.

Embora a casa ficasse há poucas quadras da igreja, dona Judith chamou um táxi para levá-las de volta.

− Ora, ora, se não é Judith Jones – O senhor no volante esboçou um sorriso assim que estacionou junto ao meio-fio.

− Você está me perseguindo, Newton? – A avó perguntou e riu, ao saltar para o banco da frente ao lado do sujeito.

Alison reconheceu-o do dia em que ele a trouxe do aeroporto e o cumprimentou também, saltando no banco traseiro.

− Eu estou apenas atendendo a um chamado – ele respondeu e riu. – Pra onde vamos?

Todas as Estrelas da GeórgiaWhere stories live. Discover now