XVI - Sobre Tudo

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"Acabei de perder a saída, na noite passada eu perdi minhas chaves, estou tateando sobre as palavras, não estou me sentindo eu mesma esses dias" - Lie a Little Better, Lucy Hale

Desculpem a demora em atualizar capítulo, as duas últimas semanas foram uma doideira absurda.

Alison sabia com certeza que, caso entrasse no carro preto de luxo parado bem em frente à casa onde ela estava, seu pai aceleraria sem olhar para trás, e ela não teria tempo para convencê-lo do contrário

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Alison sabia com certeza que, caso entrasse no carro preto de luxo parado bem em frente à casa onde ela estava, seu pai aceleraria sem olhar para trás, e ela não teria tempo para convencê-lo do contrário.

Sendo assim, correu para o quarto e sentiu as lágrimas escorrerem dos seus olhos contra a sua vontade. Sentiu-se confusa, estúpida e impotente. Sentiu o mundo inteiro desmoronar ao redor de si. John estava certo. Ela não podia ter controle sobre todas as coisas. Sobre coisa alguma.

Ela o amava. Tinha certeza disso a essa altura. Ninguém jamais houvera feito com que ela se sentisse daquela maneira. Ela sentia como se eles se completassem. Como se houvessem sido feitos um para o outro. E sabia que ele se sentia da mesma maneira.

Ela não queria desistir de tudo que houvera planejado para a vida. A faculdade, o trabalho, os sonhos, aquilo era tudo que ela conhecia antes de John. Mas agora tinha ele, e ela não queria desistir dele também.

Não poderia ficar com tudo. Sabia que seu coração teria de escolher, cedo ou tarde, entre a Geórgia e o Tennessee. Ela gostaria que aquela escolha não precisasse ser feita, ou, ao menos, que tivesse mais algum tempo, só mais alguns dias com John. Só o resto da vida com ele.

Estava chorando já há algum tempo envolvida nos braços carinhosos da avó quando ouviu o pai dar alguns toques suaves na porta de madeira. Afinal, ele não houvera ido embora sem ela como disse que faria.

Bennet abriu a porta com cuidado, e sentiu um aperto comprimir o seu peito sob o terno social quando viu sua pequena garota com os olhos inchados e o rosto envolvido em lágrimas.

Fez apenas um sinal com um olhar e Judith entendeu que era o momento de dar alguma privacidade para pai e filha.

– Seja paciente, Ben – ela pediu tocando em seu braço. – Eu sei que você se lembra de como é ter essa idade.

Ele assentiu e fechou a porta cautelosamente. Sentou ao lado de Grace na cama, e deixou que seu braço envolvesse seu ombro e puxasse o seu corpo para perto, mas a garota sacudiu os ombros e afastou-se do seu abraço.

Ela estranhava aquele contato gelado, que não era nem um pouco habitual e também estava com raiva. Com raiva não, ela estava furiosa e também frustrada.

– Você está errado – ela disse fungando, e forçou a si mesma a se recompor. Ela sabia que devia ser forte, sua mãe sempre lhe houvera ensinado. Esse não era o momento de fraquejar.

– Sobre o quê? – ele quis saber, embora já desconfiasse da resposta.

"Sobre tudo" ela quis responder. Sobre cada palavra que ele houvera lhe dito durante toda a sua vida, mas, especialmente, sobre uma coisa.

Todas as Estrelas da GeórgiaWhere stories live. Discover now