Murder

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Harry's P.O.V.

Não consigo me acalmar!

Desde que chegamos em casa Louis está dormindo, e enquanto ele dorme eu não consigo parar de andar de um lado para o outro. Eu não sei qual será sua reação quando despertar, e isso é o que mais me assusta. Pela primeira vez em muito, muito tempo eu posso dizer que estou com medo. Um arrependimento enorme pesa sobre minha consciência, até porque se eu tivesse lhe contado antes, talvez tudo fosse diferente...

De fato ele descobriu a verdade em uma das piores situações possíveis...

- Se você continuar andando dessa forma vai acabar abrindo um buraco no chão. - Meu sogro ri, porém não consigo achar a menor graça. - Hey, relaxa um pouco, Harry!

- Como eu posso relaxar depois do que aconteceu hoje, Mark?! - Questiono, e seu silêncio já é a resposta perfeita.

- Olha, eu sei que a situação é delicada...

- Põe delicada nisso! - O interrompo.

- Sim, mas veja pelo lado positivo: Vocês estão conectados, tem um imprinting, e nada nunca será capaz de desfazer isso!

- Isso não quer dizer que ele vai ficar comigo pra sempre! - Esse pensamento faz meu coração se apertar.

Mark suspira e se dá por vencido. O alfa se levanta e vem até mim, repousando uma de suas mãos em meu ombro, me fazendo parar de andar pela primeira vez em quase duas horas. Olho o mais velho e vejo seu olhar, quase como se estivesse com pena, porém não é piedade. É compaixão! Esse simples gesto é capaz de fazer eu me acalmar. Suspiro pesadamente, logo me sentando em uma das poltronas da sala.

- Eu vou ver como ele está. - O homem diz, e sai do cômodo, me deixando completamente sozinho.

Fico sozinho na sala por alguns minutos, porém já não consigo mais me segurar de tanta ansiedade. A espera me corrói tanto que não me aguento sentado, e decido ir até Louis também. Subo as escadas apreensivo, algo dentro de mim me incomoda, como um sentimento de que tudo está completamente errado.

Assim que entro no quarto de Louis sinto o ar pesar consideravelmente. Mark está sentado na beirada da cama com o ômega ao seu lado, também sentado. Quando o vejo acabo sorrindo, algo automático, porém ele não sorri de volta como costuma fazer e isso faz meu sorriso diminuir aos poucos. O alfa suspira, deixa um beijo na testa de Louis e se levanta, saindo do quarto, nos deixando à sós.

- Você... Está bem... - É estranho mas parece que eu não consigo falar com ele como deveria.

- Sim. Consideravelmente bem. - Ele dá de ombros.

- Isso é bom, amor...

Vou até o mais novo e tento beijar sua testa, porém ele se afasta. Olho para Louis confuso por sua atitude incomum, porém ele não esboça reação nenhuma. Algo dentro de mim começa a crescer, como uma sensação enorme de mágoa, raiva e medo.

São os sentimentos dele...

- Lou, eu...

- Harry, por favor, não. Não tenta dizer nada agora. - Fala.

- Mas eu preciso, não? Eu te devo um monte de explicações!

- Eu não quero suas explicações! Eu sempre soube que tinha algo errado, mas... Por Deus! O nome falso, a arma, você agindo estranho as vezes, mas... - O ômega parece perturbado com seus próprios pensamentos.

- Amor... - Ele se levanta e se afasta rápidamente de mim quando tento o alcançar.

- Não, não me chame assim! Eu... E-Eu não sei quem é você... - Sua voz começa a embargar, logo ele irá chorar, e isso parte meu coração. Louis segura sua barriga de maneira protetora, e me lança um olhar mortal. - Eu não quero mais você nessa casa. Quero você fora da minha vida, Harry! Isso se esse for realmente o seu nome, né?

DUPLE (Larry A.B.O.)On viuen les histories. Descobreix ara