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Quando abri meus olhos, o carro estava parado. Endireitei as costas e me espreguicei.

Joalin pigarreou.

— Acordou.

— Cadê o Noah?

Ela apontou para a janela, vi Noah e Bailey em pé ao lado de uma bomba de combustível.

— Ah. - peguei minha carteira e tirei uma nota de cinquenta.

Joalin olhou para o dinheiro por um instante e disse:

— Seu irmão é um babaca, Sina. Não estou falando porquê estou com pena, é verdade.

— Tudo bem. - disse.

— Não está. Você não é superficial do jeito que ele tentou fazer você parecer. Eu achava antes de te conhecer, confesso. Mas estamos todos tentando melhorar a cada dia, você fingiu namorar meu irmão para ajudá-lo com Daniella. Falou comigo na escola na frente da sua amiga sabendo que poderia estragar o seu disfarce. Pense, Sina. Estamos nessa viagem juntas faz horas e eu ainda não quis te matar, isso significa algo.

Sorri.

Noah voltou ao carro e se sentou diante do volante e me olhou. Ainda parecia preocupado. Odiava isso.

— Toma. - coloquei o dinheiro em sua mão.

— O que é isso?

— Pela diversão que foi essa viagem. - tentei fazer brincadeira com a situação, eles riram mas parecia forçado.

Meu telefone tocou.

— Oi, mãe. - atendi e logo me lembrei que tinha prometido ligar pra ela, o que eu tinha esquecido. — Desculpa. Me esqueci de ligar. Estou voltando para casa.

— Estava preocupada. Pensei que tinha saído com seu irmão para comemorar. Como não me ligou, liguei pra ele.

Droga. Droga.

— O que ele disse?

— Não atendeu. Eu deixei um recado.

— Que recado você deixou? - tinha esperança que ela não tivesse mencionado que eu fui até a cerimônia.

— Só perguntei se você estava com ele.

— Desculpa. - repeti mas agora só conseguia pensar que meu irmão sabia que eu estava lá, e que eu tinha visto o vídeo. O que ele diria para mim? — A gente se vê daqui a pouco.

— Ele sabe? - Joalin perguntou assim que eu desliguei o celular.

— Não. Mas vai saber em breve.

Uma hora mais tarde, depois de deixar o Bailey, paramos na casa de Noah e eu olhei para ele, tentando entender porquê não tinha me levado para casa.

— Tchau. - ele falou para Joalin. Eu sai do carro e a abracei antes que ela se afastasse.

— Disse que não queria te matar, isso não significa que quero te abraçar. - a voz dela sugeria um sorriso. Eu sabia porquê um segundo depois ela me abraçou de volta. — Obrigado por me ajudar com Bailey. Eu percebi seus planinhos. - ela disse antes de entrar.

Noah também tinha saído do carro e fez um gesto para segui-lo. Em vez de me levar a porta principal ele deu a volta e entrou na garagem.

— Meu estúdio. - ele sorriu. Entrei no local e observei tudo, era maravilhoso. Tinha um ar meio "vintage", posters de bandas na parede, algumas fotos e sem contar todos os aparelhos de música. Sorri imaginando Noah gravando músicas aqui, era um lugar aconchegante. — Senta. - ele apontou para o sofá enorme no canto.

(fake) love  • noartDove le storie prendono vita. Scoprilo ora