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Sentamos no chão com as costas apoiadas no carro.

— Obrigado. - ele disse.

— Pelo que?

— Por ter me mandado aquela mensagem. Por ter me dado uma segunda chance.

Eu olhei para seu rosto e franzi as sobrancelhas.

— O que foi? - ele perguntou.

— Eu te mandei uma mensagem?

— Mandou.

— Que mensagem?

— Não lembra?

Estendi a mão.

— Deixa eu ver seu celular.

Ele inclinou um pouco para o lado para pegar o celular no bolso e me estendeu o aparelho.

A mensagem dizia: "Noah, me encontre na casa do Will. Sou aquela que está destruindo um carro. Precisamos conversar"

Como Joalin sabia que eu estaria destruindo um carro?

— Não foi você? - ele perguntou.

— Joalin roubou meu celular.

Ele balançou a cabeça.

— Bom, normalmente eu ficaria indignado. Mas dessa vez estou feliz. - ele beijou meus lábios. Quando se afastou, ele disse — Sabe há quanto tempo queria fazer isso?

— Hm. Não sei. Em algum momento depois da festa da Daniella?

— Na verdade, desde a festa da Daniella. - ele riu. — Mas não achei justo te beijar naquela noite. Não queria que você pensasse que era um jogo, Daniella poderia aparecer. E eu queria te beijar sem pressa.

— Não teve pressa mesmo. - eu ri.

— Eu não sabia se você queria. Você me dava sinais confusos.

Como assim?

Eu segurava sua mão e você deixava mas quando queria conversar você se fechava.

— Hum. Não sei. Eu pensava que era tudo uma encenação, não queria ser mais uma que você estava contracenando, trocando falas.

— Uau. Essa doeu.

— Desculpa. É que eu gostava..gosto, muito de você...- sorrimos e eu me aproximei e segurei seu rosto e dessa vez não pude deixar de notar alguns cortes e hematomas. Provavelmente da briga com Nick. Meu coração se despedaçava ao pensar que ele tinha se machucado de verdade, e querendo ou não, por minha causa.

— Você devia ver o outro cara. - ele disse quando notou que eu observava seus machucados e eu dei um tapinha em seu braço. Não sei como ele brincava com coisas assim. — Tá tudo bem. Sério. Ele merecia pelo o que fez com Any, com você e sei lá quantas outras. Eu não me arrependo, Sina. Faria de novo, se fosse preciso.

— Eu sei. E eu te amo por isso.

— O que? - ele abriu um sorriso enorme e então eu me dei conta que era a primeira vez que eu falava que o amava.

— Eu te amo, Noah. - repeti.

Ele sorriu e me beijou. Me levantei um pouco, sem parar o beijo e coloquei as minhas pernas entre a cintura de Noah, me sentando em seu colo.

(fake) love  • noartWhere stories live. Discover now